Barter é uma negociação que acontece entre o produtor rural, a distribuidora de insumos agrícolas e a trading.
A operação de Barter consiste na troca de insumos pela produção, onde o distribuidor libera os mesmos e o produtor paga essa compra a prazo, com parte do que ele vai produzir.
Sendo assim, ela é formalizada através da CPR – Cédula do Produtor Rural, devidamente registrada em cartório contendo todas as informações da transação.
Segundo a Conab, 42% da safra 2020/21, do estado da Bahia, já tenha sido comercializada por meio de contratos Barter, venda antecipada ou travamento de preço.
Mas quais as vantagens da operação de Barter e como funciona?
Como funciona?
Na prática, a operação de Barter funciona assim:
- É disponibilizado uma linha de crédito rural, se baseando no relacionamento e capacidade de pagamento do produtor rural.
- É emitida a CPR, onde o produtor rural garante entregar uma quantidade previamente estabelecida para a distribuidora de insumos.
- Ao decorrer da safra, o produtor pede e retira os insumos que necessita, assinando notas de romaneio e entregas.
Romaneio
É um documento que informa como o insumo está organizado em relação aos volumes.
- No final, a distribuidora de insumos faz o fechamento, levando em conta tudo que foi retirado, e com o acerto de contas ele emite a autorização de baixa da CPR ao homem do campo.
Essa negociação é rápida e permite ganhar precioso tempo que o produtor não tem a perder com a burocracia dos bancos.
Vantagens do Barter
Vamos conferir algumas vantagens da operação de Barter:
O Barter protege o produtor contra a variação de preço de commodities e produtos, pois a negociação é prévia, ou seja, antes da entrega.
O produtor rural não precisa se preocupar com o refinanciamento de capital de giro, já que a negociação já estabelece os insumos que ele irá precisar desde o plantio até a colheita.
Todo o acordo é fixado na CPR, que legaliza e formaliza todo o procedimento fornecendo maior segurança às partes envolvidas.
Mas como toda operação, o Barter não é livre de riscos, fique atento!
Riscos do Barter
O produtor rural deve se preocupar em não perder o controle de tudo que é pego ou devolvido, o que pode ser facilmente resolvido com uma boa estrutura administrativa e contábil.
Se isso não acontecer, pode haver uma diferença enorme nos insumos retirados e devolvidos.
Funciona como um cartão de crédito, porém sem extrato, onde o produtor não vê quanto saldo resta.
Problemas na autorização de quitação pode acontecer, pois costuma-se ser feito CPR’s de um valor maior do que realmente varia, e talvez o produtor não precise usar a linha de crédito total disponibilizada.
Há registro de casos, onde empresas entraram em recuperação judicial, pois os produtores endossaram as CPR’s aos seus próprios credores.
Nesse caso, os produtores não receberam insumos e ainda foram obrigados a pagarem os insumos que outras pessoas utilizaram.
Outro ponto de atenção é a taxa de juros , segundo a lei devia ser de 1% ao mês.
Já temos registros de casos onde, por exemplo, se o produto a vista custa R$ 1.000,00, no Barter o produto chega perto de R$ 1200,00, representando 3% ao mês, isso em um período de 6 meses.
Mas tem maneiras de utilizar o Barter de forma segura e mitigar os riscos, com uma empresa com monitoramento e inteligência artificial exclusiva ao seu lado.
Barter seguro do início ao fim é com a TerraMagna, leia nosso artigo completo sobre Barter: Você sabe o que é BARTER?
