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O mercado de capitais e o agro em 2019

Tempo estimado de leitura: 3 minutos

Com a brusca queda dos juros em 2019, os investidores tiveram que começar a buscar novas opções com retornos mais interessantes. Eles começaram, então, a encontrar no agronegócio uma boa opção – principalmente com a emissão dos Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs).

Apoiadas pela tecnologia, as operações financeiras nesse mercado com riscos tão instáveis tem se tornado cada vez mais seguras e já apontaram um crescimento extraordinário no ano passado.


O crescimento da emissão de CRAs

Segundo a Uqbar, em 2019 foram captados R$11,8 bilhões em CRAs, o que representa um crescimento de 76% na emissão dos certificados de recebíveis em comparação com o ano anterior. Além do valor total, o número de operações também aumentou: foram 58 em 2019, 35% a mais que 2018.

A isenção fiscal para esse tipo de aplicação atraiu os investidores pessoa física, tornando esse perfil responsável pela aquisição de 70% do montante emitido.

Um impulso extra ao crescimento da emissão de CRAs aconteceu por conta da Instrução 600 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que tratou de questões específicas desses papéis – antes as ofertas eram baseadas nas normas dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI). Com a normatização específica, o interesse de grandes empresas do setor como JBS, Marfrig e Minerva, para acessarem essa fonte de funding aumentou, complementando-a com as captações no exterior.

Juliana Mello, sócia da securitizadora Fortesec, apesar de com boas expectativas, destaca que o segmento de CRA ainda é menos desenvolvido do que o de CRIs. Sendo assim, é natural que demore mais para que outras operações de risco e estrutura mais diferenciada ganhem volume.

“Ainda falta um mercado mais maduro na percepção de risco do agronegócio”, declara.

Nós da TerraMagna ficamos felizes em reduzir o risco dos financiamentos do agronegócio e facilitar o acesso desse segmento essencial do nosso país ao mercado de capitais.

Vale destacar que os CRAs não são a única forma do agronegócio chegar ao mercado de capitais. Devido à intensa regulamentação e baixa flexibilidade, outras estruturas, tais como FIDCs de agroquímicas, têm tido grande aceitação do mercado, a exemplo do FIDC Syngenta.


O suporte da tecnologia

Apesar do potencial de CRAs para produtores rurais, a regra tem sido a criação dos chamados “crabêntures”. De todas as operações de CRA feitas em 2019, 88% teve o risco de crédito concentrado em uma única empresa.

“…o CRA ainda não atende o propósito para o qual foi criado, de financiar o pequeno produtor rural, com operações mais pulverizadas”, diz Pedro Junqueira, sócio da Uqbar.

O agronegócio é conhecido por ter riscos intrínsecos difíceis de serem previstos como a instabilidade climática e a capacidade produtiva real de uma propriedade, o que torna as operações nebulosas para os investidores que não estão acostumados com o segmento. Por isso, normalmente eles dão preferência em apostar em operações centradas em uma única grande empresa, cujo risco de crédito pode ser mais facilmente avaliado.

Se analisar e calcular o risco de uma ação focada em uma empresa já é complexo, é humanamente impossível acompanhar e analisar o risco de uma operação com várias fazendas em diversos lugares diferentes do Brasil. Mas a tecnologia já começa a mudar esse cenário. Em 2019, por exemplo, avaliamos o lastro do CRA pulverizado de R$100 milhões para a Gaia Agro e CCAB Projetos, que contou com a participação de diversos produtores em todo o Brasil, bem como monitoramos o CRA da Focoagro, estruturado pela Octante Securitizadora.

A tecnologia traz recursos para que o investidor consiga não só pré-avaliar a capacidade produtiva dos produtores, como para acompanhar todo o desenvolvimento da lavoura, desde o plantio até a colheita.

Isso faz com que um cenário visto com preocupação se torne muito mais seguro e previsível. O exemplo vivo disso é que em 2019 todas as operações monitoradas pela TerraMagna foram bem-sucedidas, com um resultado de 0,0% de inadimplência em uma carteira histórica de R$15 bilhões.


Quase duplicar a emissão de CRAs foi uma grande evolução para o agronegócio brasileiro. Agora, o próximo passo é, com o suporte da tecnologia, viabilizar a pulverização desse tipo de título para que o credor tenha mais opções de investimento e o produtor rural mais acesso ao crédito que tanto precisa.

Os CRAs têm o potencial de trazer um alto retorno para esse investidor. Basta que a operação seja fundamentada em dados concretos e isentos para que o recebimento seja garantido.

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