A sustentabilidade ambiental é uma preocupação do setor rural e um auxiliador na obtenção de crédito para o agronegócio. Os cuidados com as áreas de reserva, floresta e biomas nativos estão incluídos nas atividades ligadas à produção de alimentos. Com a intensificação de ações como o plantio associado a práticas de conservação da vegetação nativa, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) apresentou, no seu relatório sobre o estado das florestas do mundo em 2022, que a produtividade agrícola pode aumentar em 1 bilhão de hectares se 1,5 bilhão de hectares e terras que foram danificados e perderam sua capacidade produtiva forem recuperados com ações como o plantio de árvores.
Também faz parte da regularização ambiental cuidar das áreas privadas de preservação onde as lavouras estão inseridas; trata-se de uma exigência legal na hora de tomar algum tipo de financiamento.
Assim, cada vez mais é preciso investir na preservação e na recuperação de áreas degradadas. Para que isso ocorra, são necessárias várias ações, entre as quais estão fazer o controle de erosão, proteger nascentes e cuidar da vegetação nativa. Para essas práticas, é preciso fazer compras de insumos, sementes e outros produtos que são de responsabilidade do dono das terras a serem conservadas; em suma, é necessário investir capital.
Para incentivar o setor do agronegócio a cuidar e a recuperar áreas que estão degradadas, o Plano Safra 2022/23 lançou uma linha de crédito especial para as práticas de preservação ambiental: um montante de R$ 6,19 bilhões, com taxas de 7% ao ano em casos de recursos para recomposição de reserva legal e Áreas de Preservação Permanente (APPs).
Assim, investir para preservar ou recuperar uma área degradada é também uma forma de estar em conformidade com a legislação ambiental, o que, no médio e longo prazo, entra no atrativo mercado de crédito de carbono, uma opção de negócio em expansão no país.