Mesmo diante da pandemia e da crise mundial, o agronegócio continua firme, mantendo o protagonismo na recuperação econômica do Brasil.
Prova disso é que, mesmo com dificuldades de escoamento de produção devido à fatores como a escassez de voos para o exterior, assunto que já tratei em outro artigo, as exportações se mantém em ritmo acelerado.
Segundo o governo federal, durante as três primeiras semanas de junho foram embarcadas quase 9,4 milhões de toneladas de soja, número superior ao volume total de todo o mês de junho do ano passado. Durante o mesmo período, o açúcar também foi destaque, com 2,12 milhões de toneladas exportadas, aumento de quase 40% se comparado com a totalidade de junho de 2019.
Já nos cinco primeiros meses do ano, de acordo com as informações do Ministério da Economia com dados compilados pela CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), as exportações registraram alta de 15,3%, em comparação ao mesmo período do ano passado. Foram embarcados 86,8 milhões de toneladas, com movimentação total de US$ 42 bilhões, alta de 7,9%.
Sobre o destino dessas transações, houve aumento de embarques para a Ásia, com destaque para a China, que representou 39,3% das exportações. Entre os produtos se destacam a soja, farelo de soja, carne bovina e de frango.
As boas notícias não param por aí!
De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a safra de grãos de 2020 pode chegar a 251 milhões de toneladas. A soja deve liderar, com 121 milhões de toneladas, aumento de quase 7% se comparado com a última colheita.
Ainda nesse cenário positivo, vale lembrar que o PIB (Produto Interno Bruto) do agronegócio registrou alta de 3,3% no primeiro trimestre deste ano.
O que contribui para essa aceleração?
O aumento da área plantada e a presença cada vez mais ativa da tecnologia no campo e na concessão de crédito – fundamental para que o produtor possa ter dinheiro para investir na safra -, tem sido fatores que sustentam esse crescimento e mantém o agro como protagonista na recuperação econômica do Brasil.
Já a exportação tem se favorecido com a desvalorização do real perante o dólar e outras moedas. A compra de nossa produção se torna mais atrativa para outros países, aumentando consideravelmente nossos números.
O agro mostra mais uma vez que representa toda a força e garra do homem do campo, que não para, que não desiste, não só para levar sustento para a família, como para alimentar milhões de pessoas do Brasil e do mundo!