Cientista manipulando planta usando a biotecnologia

Biotecnologia: a ferramenta que o agro precisa

É natural do ser humano sempre buscar melhorias em processos e atividades, sobretudo para facilitar o dia a dia e os resultados de suas ações. Assim, a biotecnologia surgiu para melhorar a produção agrícola, com soluções mais sustentáveis e seguras. 

A ciência evolui a cada dia e traz novidades que ajudam a resolver problemas no campo. 

Por exemplo, a biotecnologia ajuda no melhoramento genético, a exemplo das plantas transgênicas. 

Acompanhe este post para entender o que é biotecnologia, seus principais tipos, como usá-la na agricultura e outras informações importantes sobre o assunto!

O que é biotecnologia?

Segundo a Convenção de Biodiversidade de 1992, a Organização das Nações Unidas (ONU) definiu a biotecnologia como: “Aplicação tecnológica que utiliza sistemas biológicos, organismos vivos, ou seus derivados, para fabricar ou modificar produtos ou processos para utilização específica”.

Portanto, a biotecnologia utiliza a ciência para melhorar o nosso cotidiano, por meio de processos acadêmicos, experimentos e outras inovações com base científica.

De origem grega, a palavra é a união de “bio” (vida), “tecnos” (técnica) e “logos” (conhecimento). Ou seja, são técnicas e conhecimentos que geram vida. 

Ligada à engenharia genética e também a setores como medicina e meio ambiente, a biotecnologia consiste em procedimentos com organismos vivos para modificar e até mesmo fabricar produtos. De modo geral, o desenvolvimento ajuda no combate de doenças e até da fome.

Atualmente, a biotecnologia tem diferentes ramos. Os objetivos são bem variados, como redução da pegada ecológica, geração de energias limpas, combate à fome e doenças, entre outros aspectos.

Não é à toa que o setor foi um dos mais rentáveis nos últimos anos, segundo informações do índice NASDAQ Composite. Portanto, o crescimento é constante e os investimentos continuam em alta.

Para se ter uma ideia, a biotecnologia faz parte do nosso dia a dia há séculos. A princípio, a civilização babilônica já usava microrganismos vivos para fazer a fermentação de pães, cerveja e outros alimentos.

Com o passar do tempo, as técnicas se aperfeiçoaram e, hoje, são muitas ferramentas e aplicações — o que levou à biotecnologia moderna. 

Entre os avanços, estão os estudos sobre:

  • genética;
  • química;
  • fisiologia;
  • biologia molecular;
  • microbiologia. 

O que são organismos geneticamente modificados?

Basicamente, os organismos geneticamente modificados (OGMs) recebem esse nome devido às mudanças realizadas na sua sequência de DNA. 

Para isso, o pesquisador manipula o material genético dos organismos, seja de uma planta ou de outro microrganismo, e acrescenta ou retira alguma característica.

Vamos a um exemplo! 

A bactéria Agrobacterium spp. afeta plantas, contudo os cientistas observaram que nem todo tumor contém esse microrganismo que provoca a doença.

Dessa maneira, foi possível descobrir que a bactéria tinha uma característica de transferir o DNA em diferentes organismos. Então, os pesquisadores viram que a manipulação genética ajudaria na agricultura.

Desde então, a Agrobacterium passou a dar diversas contribuições à biotecnologia. 

Entre os benefícios promovidos pela biotecnologia, podemos destacar a tolerância a metais pesados, abióticos, salinidade, temperaturas mais elevadas, mudança climática e até às secas que atingem várias regiões do país.

Dessa forma, a modificação genética contribui para que os produtores tenham maior potencial nas suas lavouras. 

A biotecnologia ajuda a criar cultivares mais resistentes, que aproveitam os nutrientes do solo (até em casos de escassez) e se adaptam a diversas regiões. 

Além disso, também conseguem ter maior resistência a doenças e ataque de pragas.

Quais são os tipos de biotecnologia que existem?

A biotecnologia trabalha em variadas aplicações e, por isso, ela é separada em grupos. No total, são sete áreas de pesquisa e desenvolvimento, divididas por cores. 

Conheça o trabalho de cada uma das áreas a seguir.

Biotecnologia branca

É voltada ao ramo industrial e à melhoria de processos de fabricação, como a criação de biocombustíveis e outras tecnologias que deixem a indústria mais sustentável e eficiente.

Biotecnologia azul

Utiliza recursos marinhos para aquicultura, produtos de saúde e cosméticos, além de produzir biocombustíveis usando microalgas.

Biotecnologia amarela

O foco é na produção alimentar, como o segmento de pesquisas para redução de gorduras em certos alimentos.

Biotecnologia verde

Beneficia mais de 13 milhões de agricultores no mundo e trabalha no combate de pragas e doenças, aumento da produtividade no campo e fortalece os cultivos para reduzir riscos de eventos climáticos extremos.

Biotecnologia vermelha

Trabalha na medicina e no ramo sanitário, como elaboração de vacinas, terapias regenerativas, medicamentos, antibióticos e até fabricação de órgãos artificiais.

Biotecnologia cinza

Tem o intuito de regenerar ecossistemas contaminados e conservar áreas.

Biotecnologia dourada

A evolução também chegou à informática. A bioinformática serve para coletar, armazenar, analisar e fazer a separação de informações biológicas, principalmente em relação a aminoácidos e sequências de ADN.

Qual a importância da biotecnologia na agricultura?

A biotecnologia tem um importante papel na agricultura. De antemão, uma das possibilidades é a criação de plantas geneticamente modificadas que aumentam a produtividade nas culturas.

Também chamadas de transgênicas, essas plantas apresentam diversos benefícios, como tolerância a herbicidas, resistência a pragas e até combinação de espécies para produzir plantas únicas.

São muitas oportunidades que se abrem a partir da aplicação de biotecnologia no campo. A produtividade elevada se deve à resistência às doenças e pragas capazes de devastar plantações.

Além disso, também podemos destacar que há espécies modificadas que chegam ao ponto de maturação mais rápido, diminuindo as perdas e reduzindo custos. 

A biotecnologia é utilizada no Brasil desde 1998, quando foi adotada a primeira variedade de soja transgênica do país. 

A partir disso, outras culturas foram beneficiadas e as variedades de transgênicos chegaram ao algodão, milho e cana-de-açúcar.

A agricultura 4.0 utiliza recursos para melhorar toda a cadeia produtiva, e a biotecnologia está incluída, pois seu objetivo é trazer melhorias ao campo.

Os estudos identificam genes que servem como marcadores moleculares. Assim, é possível fazer o melhoramento genético nos processos de seleção assistida.

Os marcadores moleculares consistem na seleção de quais características são desejáveis nas plantas. 

Isso é feito por meio da observação do fenótipo das espécies para identificar suas vantagens.

A prevenção de doenças por meio da biotecnologia ocorre quando a região do DNA que abriga o patógeno é identificada. 

Então, os cientistas conseguem fazer a manipulação genética para evitar a transmissão da patologia. 

Quais são os benefícios para o campo?

Os resultados do uso de biotecnologia na agricultura são bastante perceptíveis. 

O Brasil ocupa o segundo lugar entre os maiores produtores de culturas transgênicas do mundo; são mais de 30 milhões de hectares de cultura destinada aos transgênicos! 

Conheça os benefícios do uso da biotecnologia no campo.

  • Aumento da produtividade em várias culturas;
  • Redução de custos com insumos;
  • Plantas mais resistentes a herbicidas, insetos, doenças e pragas;
  • As culturas transgênicas que têm plantas Bt expressam proteínas tóxicas a insetos (como lagartas e besouros), mas não afetam a saúde humana e de outros animais;
  • Agricultura mais sustentável;
  • Alimentos mais nutritivos e saudáveis, isentos de alergênicos e toxinas;
  • Diminuição do uso de produtos químicos e poluição do solo;
  • Maior oferta de alimentos;
  • Redução de custos;
  • Diminuição na emissão de gases poluentes;
  • Otimiza o uso de água;
  • Plantas mais tolerantes a mudanças climáticas e ambientais;
  • Redução da taxa de infecções e efeitos secundários da utilização de medicamentos no plantio.

Como saber se os transgênicos são seguros?

Os produtos transgênicos são estudados há décadas e sempre existe um controle de qualidade, sobretudo para garantir a segurança alimentar.

Um estudo conduzido pela empresa PG Economics (consultoria especializada em agricultura) mostrou os impactos econômico e ambiental da produção de transgênicos no mundo.

A conclusão foi de que os alimentos geneticamente modificados são tão saudáveis e rentáveis quanto os convencionais — além de contribuírem para o meio ambiente. 

A cultura transgênica passa por vários testes e os estudos podem levar décadas. Dessa maneira, a liberação só acontece quando a pesquisa conclui que os transgênicos são seguros. 

São diversos critérios que precisam ser atendidos, principalmente para ser aprovado pela legislação brasileira — que é uma das mais rígidas do mundo.

O aumento mundial na demanda de alimentos mostra a importância de investir em culturas que utilizam tecnologias mais avançadas. 

Nesse sentido, a biotecnologia foi capaz de levar avanços significativos na produção de culturas.

Portanto, é possível produzir mais em áreas menores, respeitar o meio ambiente e ter alimentos de qualidade. 

Como a TerraMagna pode ajudar?

Aqui na TerraMagna, nós trabalhamos para que a sua lavoura seja produtiva e os resultados melhorem cada vez mais. 

A partir do momento que você começar a entender mais sobre biotecnologia, perceberá todas as vantagens oferecidas nas práticas agrícolas.

O agronegócio precisa de opções que impulsionem as atividades e contribuam para o desenvolvimento no campo. 

Portanto, o investimento em transgênicos e em outros produtos originados da biotecnologia é uma excelente alternativa.

Converse com nossos especialistas para tirar suas dúvidas sobre o assunto e começar a investir em tecnologias de última geração no seu negócio!