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Agricultor pertencente a cooperativa verificando o milho.

Cooperativa agrícola: história e importância para o agronegócio

Uma cooperativa não é um modelo de negócio novo no Brasil, o que justifica tamanhas importância e relevância para o agronegócio. 

Em termos estatísticos, um levantamento realizado, em 2021, pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) revelou que existem, hoje, 5.314 cooperativas no país

Dessas, 1.223 são do setor agrícola, com cerca de 992.111 cooperadores e mais de 207 mil funcionários empregados em todo o país

Só por esses dados, é possível começar a entender o porquê de esse modelo de negócio estar longe de encerrar as atividades. 

Neste artigo, você entenderá tudo sobre as cooperativas no Brasil. Boa leitura!

Cooperativa: o que é? 

Antes de explicarmos a história do cooperativismo no Brasil e a sua importância para o agronegócio, é importante que você entenda o seu conceito. 

Basicamente, a cooperativa agrícola é uma sociedade de agricultores que tem como objetivo dividir igualmente os lucros e as responsabilidades que estão por trás do cultivo e da exportação de grãos, por exemplo. 

Sua importância está no fato de terem o cooperativismo – associação que busca ajudar no processo de produção, contribuindo para o crescimento do negócio –, como principal pilar. Mas não é só isso. 

Como surgiram as cooperativas no Brasil

A cultura da cooperação começou a ser notada ainda durante o período da colonização portuguesa. 

Na época, foi bastante incentivada por funcionários públicos, militares, profissionais liberais, operários e imigrantes europeus. 

Por aqui, tudo começou em 1889, em Minas Gerais, com a fundação da Cooperativa Econômica dos Funcionários Públicos de Ouro Preto, cujo foco era voltado para o consumo de produtos agrícolas. 

Depois, outras cooperativas foram surgindo aos poucos, em Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul. 

A importância das cooperativas para os agricultores 

Os pequenos agricultores, de modo geral, têm dificuldades para terem acesso aos suprimentos e mercados competitivos, principalmente quando as grandes corporações também estão no jogo. 

Isso faz com que os riscos relacionados ao crescimento de safras ou, até mesmo, a relação com essas grandes empresas se tornem insustentáveis. 

Logo, a falta de lucro pode encerrar os pequenos negócios definitivamente. 

Hoje, existem três motivos pelos quais os agricultores se unem às cooperativas: acesso facilitado aos mercados e suprimentos; diminuição de riscos; e sistema de gestão mais justo

Talvez o maior desafio para eles seja o de compartilhar a responsabilidade econômica. 

É imprescindível que todos os integrantes participem de todas as atividades e assumam suas responsabilidades para que as cooperativas agrícolas funcionem de forma justa e igualitária. 

Como funciona uma cooperativa?

Uma cooperativa é uma empresa de propriedade e interesses coletivos. Por isso, a administração é conjunta e totalmente democrática. 

Assim, tudo é baseado em ajuda mútua, solidariedade e, também, responsabilidade compartilhada pela associação

Então, os produtores se juntam para promover a produção em grande escala no mercado. 

Falando de forma mais conceitual, a cooperativa é uma guia de preço, que busca garantir um custo mais baixo ao mesmo tempo que gera uma remuneração justa para os produtores. 

Desse modo, ela vende o produto agrícola ao produtor. 

Por isso, as decisões, embora tomadas por poucas pessoas, são realizadas em assembleias, democraticamente. 

Você pode visualizar a operação coletiva da cooperativa aqui

Como é a divisão de lucros dentro de uma cooperativa?

Como mencionamos, para que o lucro seja justo, os membros precisam estar em sintonia e trabalhando para atingirem os mesmos objetivos. 

Então, os lucros são pagos com base na participação, como parte proporcional para usar. 

Além disso, é importante estar ciente de que o lucro pode flutuar de um ano para o outro; tudo dependerá do bom funcionamento da cooperativa. 

À primeira vista, a distribuição proporcional de lucros pode soar meio contraditória. 

Vale lembrar, contudo, que as cooperativas agrícolas não visam à maximização dos lucros. 

A ideia é fornecer serviços aos membros, assegurando que suas necessidades de negócio e econômicas sejam supridas. 

Como os representantes são escolhidos? 

Cada integrante devidamente registrado está apto a votar e eleger seus representantes como diretores. 

A diferença entre uma cooperativa e outros modelos de negócio é que aqueles que não são membros não podem votar nem ser eleitos. 

Além disso, os partidos externos não podem impor sua política nas atividades econômicas das cooperativas.

Elas são econômica e politicamente independentes do governo, assim como as cooperativas privadas, graças à isenção oficial nas legislações antimonopólio dos EUA.

Principais vantagens de uma cooperativa de agronegócio 

Além das vantagens que já mencionamos até agora, uma cooperativa também pode garantir benefícios relacionados à produção e seus trabalhadores. Confira a seguir. 

Assessoria técnica

Diversas cooperativas oferecem assessorias técnicas para os produtores. 

Sem dúvidas, essa é uma das mais importantes vantagens, já que são indispensáveis para um bom rendimento e funcionamento da produção. 

Além disso, podem ser direcionadas para diversas áreas. As assessorias não só mantêm a produção operando de forma saudável, como também contribuem para a evolução do setor.

Os profissionais responsáveis pela assessoria precisam estar sempre atualizados. Desse modo, os produtores terão melhor absorção do conteúdo, entendendo as alterações do setor, novas tecnologias e aprimorando sua produção.   

Para os produtores que estão começando a dar os primeiros passos, essa ajuda é bem-vinda. 

Afinal, os técnicos e especialistas já estão prontos para entender e prever futuros problemas que, por enquanto, não são compreendidos pelos iniciantes. 

Com as assessorias, os produtores estão prontos para atuar nos mercados nacionais e internacionais. 

Serviços especializados 

As cooperativas são sempre vistas como referência para os agricultores

Assim, facilitam bastante na hora de contratar mão de obra especializada, o beneficiamento de matérias-primas e comercialização dos produtos. 

A maior parte delas atua diretamente no escoamento da produção, acelerando o processo. 

Para isso, mantém um estoque de produtos e abrem lojas para atender à comunidade local e aos cooperados. 

Existem, também, as cooperativas especializadas em comércio exterior, que permitem que os pequenos e médios produtores entrem no mercado internacional, facilitando e dando suporte durante o processo de exportação.

Direitos trabalhistas

A garantia dos direitos trabalhistas é uma vantagem bem interessante das cooperativas. 

Sendo devidamente regulamentados, os produtores que estão de acordo com a legislação e cumprindo suas obrigações corretamente podem se beneficiar dos direitos trabalhistas e, inclusive, ter acesso às certificações nacionais e internacionais.

A eles é garantida uma remuneração equivalente aos serviços prestados, o recolhimento de INSS e FGTS, 13º salário, além de assistência educacional e médica. 

Então, pensando na informalidade que o trabalho no campo ainda representa, esses benefícios garantem o sustento de uma família que depende exclusivamente dessa fonte de renda.

Faturamento das cooperativas nos últimos anos 

No Brasil, o faturamento das cooperativas agropecuárias cresceu 30,50% em 2021, o que representa R$ 239,2 bilhões, conforme consta no Anuário do Cooperativismo Brasileiro, divulgado pela Organização das Cooperativas do Brasil (OCB)

Os lucros chegaram a atingir R$ 9,6 bilhões, valor 74,50% maior que o de 2019. Para os especialistas, o crescimento está relacionado à alta dos preços das commodities agrícolas.

Mesmo depois de um período de incertezas, em razão da pandemia da covid-19, as cooperativas continuaram investindo, totalizando R$ 12 bilhões ainda em 2020

Mas, para reduzir custos e garantir eficiência, muitas encontram nas fusões e incorporações uma ótima saída. Isso fez com que tivessem uma queda de 4% nos custos no agronegócio

Breve história das cooperativas no Brasil

Em 1847, no Paraná, os franceses fundaram a primeira cooperativa agropecuária do país, que recebeu o nome de Colônia Thereza Cristina. 

No entanto, o setor só começou a ganhar força em 1907. Isso porque o então governador no estado de Minas, João Pinheiro, lançou um projeto cooperativista que visava acabar, de uma vez por todas, com os intermédios da produção agrícola. 

Na época, a venda de produtos como o café era controlada pelos estrangeiros. 

Por isso, podemos dizer que foram as cooperativas que deram início ao processo de nacionalizar a comercialização dos produtos agropecuários brasileiros. 

Mas a importância não para por aí. Ainda alavancaram a produção, trouxeram mais modernidade para o campo, investiram em novas tecnologias e conquistaram o mercado internacional. 

Ao longo do século XX, foram reafirmando ainda mais sua relevância para a economia do país. 

Uma cooperativa agrícola tem muito mais a continuar proporcionando de melhorias para os produtores e o país. Tudo isso foi possível notar ao longo deste artigo.

Que continuem conquistando mais espaço e dando novas oportunidades de expansão e bem-estar para a população de modo geral. 

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