Crédito como fator determinante na produção de alimentos

Com uma posição consolidada no cenário internacional, a agricultura brasileira se destaca a cada safra. Aumentar a produtividade, melhorar as margens de lucro e ampliar a comercialização são os grandes desafios, no curto prazo, para o setor.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no seu 10º Boletim de Safra, apontou uma estimativa de safra de 272,5 milhões de toneladas, o que representa um aumento da área plantada de 5,8%, ou 4 milhões de hectares, em relação 2020/21; ou seja, algo em torno de 73,8 milhões de hectares. Para chegar a essa posição, o crédito sempre foi um produto fundamental para o setor agrícola.

Para a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o financiamento é fundamental para a ampliação das áreas plantadas. O assunto foi discutido em Brasília, durante o evento “O papel do financiamento na retomada da economia brasileira”, no qual ficou evidente que a segurança alimentar global passa pelo crédito destinado à produção no campo, ainda mais com a alta nos custos.

Já de acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o acesso ao capital define como vão ser feitos os investimentos. São atividades rotineiras como plantio, colheita ou a compra de um equipamento. Sem esse dinheiro, é praticamente impossível que ocorra a produção de alimentos, ainda mais em um momento no qual os custos da produção sofrem os efeitos da inflação.
Mesmo assim, a expectativa é que o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro fique em torno de 26,24%. Isso se deve principalmente à persistência do setor em produzir e aumentar sua produtividade. Para isso, os recursos liberados por intermédio dos financiamentos são responsáveis por negociações de insumos e produtos necessários para expansão da cadeia.

Assim, além dos conhecimentos técnicos, é necessário ter boa saúde financeira para que os investimentos ocorram no momento exato do ciclo da produção. É com o dinheiro na mão que a produção de alimentos está garantida. E se comprometer com segurança alimentar é assegurar que o crédito vai estar disponível no montante necessário e com custos viáveis.

Nesse contexto,  as alternativas de  acesso ao crédito devem ser estimuladas e alternativas inteligentes com o uso de tecnologias devem ser cada vez mais divulgadas para o setor poder empreender e crescer. É com crédito desburocratizado e acessível que a produção de alimentos vai poder continuar a crescer.