A busca por crédito rural se intensifica a cada dia. Produtores e distribuidores de insumos buscam financiamentos para expandirem os seus negócios. Seja para custeio da safra, para investimento em tecnologia ou para aumento da produção, sem crédito nada funciona.
Segundo informações do MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária), as contratações do crédito, em dez meses do Plano Safra, somam R$ 230 bilhões, o que significa alta de 22% se comparado com o mesmo período da safra anterior. Desse valor, referente ao período de julho de 2021 a abril de 2022, R$ 122,3 bilhões foram destinados para custeio (19%), R$ 65,3 bilhões para investimentos (13%) e R$ 14,4 bilhões para a industrialização (42%).
Ainda de acordo com o MAPA, a região Norte do Brasil teve 35% das contratações, com o valor de R$ 17,6 bilhões. Já a região Sul registrou 21% das contratações, com R$ 79,9 bilhões. O Sudeste 25% com o valor de R$ 55,9, a região Centro-Oeste 16% com R$ 60,7 milhões e a região Nordeste 23% ficando com R$ 20 bilhões.
Segundo a CNA (Confederação Nacional da Agricultura), de 20 a 40% dos valores de produção são com fertilizantes. Além disso, outros investimentos com maquinário, adubos e ampliação de área plantada precisam de dinheiro para serem alavancados.
Mesmo diante do cenário em que o crédito é extremamente importante para o desenvolvimento do setor, a burocracia, a demora na análise e a falta de financiamento subsidiado pelo governo o deixam distante do bolso de milhares de produtores e distribuidores de todo o país. Em um momento em que a compra imediata de fertilizantes é recomendada por especialistas de mercado, a alternativa para o setor é buscar financiamentos menos burocráticos, mais rápidos e com taxas de acordo com o risco da operação. Encontrar novos caminhos de financiamento é fundamental para manter o agronegócio no protagonismo do nosso país e do mundo, afinal de contas o crédito é o principal insumo do setor e, sem ele, tudo fica ainda mais difícil.