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Agricultor usando EPIs e procurando doenças nas plantas

EPIs: saiba como usá-los para ter mais segurança no campo

Todo produtor quando inicia a plantação pensa em todos os aspectos relativos à produtividade dos cultivos, mas, muitos esquecem de pensar nos cuidados com a segurança, para isso, os EPIs são essenciais!

A preparação do solo, as sementes, os fertilizantes, os defensivos agrícolas, são essenciais, no entanto, você não pode negligenciar a segurança durante o processo. 

É para isso que existem os EPIs para aplicação de defensivos agrícolas, esses equipamentos de proteção individual são usados para proteger o trabalhador que atua em contato com os defensivos ou qualquer outro produto nocivo. 

Neste artigo, explicamos tudo que você precisa saber sobre o uso de EPIs na agricultura, venha aprender!

O que são EPIs?

EPIs é a abreviação de Equipamentos de Proteção Individual, usado individualmente por um trabalhador enquanto exerce sua atividade laboral. 

O objetivo desses equipamentos é proteger o trabalhador de qualquer risco à sua saúde no ambiente de trabalho, vale ressaltar que, o uso dos EPIs é obrigatório, pois elimina os riscos de incidentes durante alguma atividade. 

Quando esses equipamentos não são usados ou não oferecem uma proteção completa, as chances de ocorrer algum acidente de trabalho ou doença profissional aumentam.

Especialmente no campo da agricultura, a ausência de EPIs pode causar danos irreversíveis na vida de um trabalhador — além de perigoso, essa prática é contra a lei.

Qual a importância do uso de EPIs?

Como já mencionamos, a ausência de EPIs pode causar sérios problemas, assim, o uso é importante pois protege o profissional, reduz os riscos e as ameaças no dia a dia de trabalho.

Aliás, o uso desses equipamentos é determinado pela NR 6, trata-se de uma norma técnica que determina o fornecimento de equipamentos de proteção ao trabalhador. 

De acordo com uma pesquisa da Previdência Social, foram registrados, em média, 700 mil casos de acidentes ocupacionais no país. 

Isso mostra que, apesar dos esforços, ainda falta muito para que o Brasil se conscientize em relação à importância da segurança do trabalho, uma das medidas para melhorar esse cenário, é o uso das EPI ‘s.

Quais os riscos da exposição aos defensivos agrícolas?

No dia a dia de trabalho, o agricultor pode ser exposto aos defensivos agrícolas de maneira direta ou indiretamente. 

A exposição direta ocorre quando o produto entra em contato com os olhos, a boca, o nariz ou a pele e é mais comum com os trabalhadores que aplicam os defensivos sem usar os EPIs. 

Enquanto que, a indireta acontece quando os trabalhadores que não estão manuseando os produtos entram em contato com plantas, roupas ou qualquer outro objeto contaminado pelos defensivos.

Além das exposições, outro fator que deve ser considerado é a toxicidade do produto — todos os defensivos são tóxicos, mas a toxicidade pode ser maior ou menor de acordo com a dose e com a sensibilidade de cada pessoa.

Para identificar a toxicidade de algum defensivo, basta verificar a classificação estabelecida pelo Ministério da Saúde

Os que apresentam uma faixa verde e azul são pouco e medianamente tóxicos, já os que tem uma faixa amarela são altamente tóxicos, enquanto os de faixa vermelha são extremamente tóxicos.

Quando há a contaminação pela pele, os sintomas apresentados costumam ser irritação e desidratação do órgão. 

A pele também pode ficar vermelha, quente e inchada, também podem aparecer brotoejas e coceira.

Na contaminação pela boca, pode ocorrer dor de estômago, náuseas, vômitos e irritação da boca e garganta. Quando a exposição é pela respiração, a pessoa pode apresentar ardência do nariz e da boca, tosse, dor no peito e dificuldade para respirar.

A exposição constante e sem proteção também pode causar problemas crônicos e irreversíveis, por isso, é importante sempre utilizar os EPIs durante a aplicação de defensivos e procurar um médico a qualquer sinal de contaminação. 

Quais os principais EPIs para aplicar defensivos agrícolas?

Os EPIs abrangem um conjunto de itens, lembre-se das diferentes maneiras de contaminação que citamos, para cada uma é necessário um equipamento.

Os principais são:

Vestimenta

A vestimenta é um dos EPIs essenciais, ela pode ser um macacão comprido ou um conjunto de calça e jaleco, também de mangas longas. 

É importante que ela seja hidrorrepelente, ou seja, que impeça a absorção de líquidos, elas também devem ser impermeáveis, assim, protegem mais o trabalhador em caso de grande exposição ao produto.

Touca árabe

A touca deve cobrir a cabeça, o pescoço e os ombros do trabalhador, o tecido também deve ser hidrorrepelente para evitar a absorção de líquidos e o contato com a pele.

Luvas

As luvas nitrílicas ou de neoprene protegem as mãos do trabalhador,  é importante usá-las durante todo o período de manuseio do produto. Caso a aplicação seja direcionada para baixo, as luvas devem ficar dentro da manga. 

Já caso a aplicação seja acima dos ombros, o ideal é utilizar as luvas por fora da manga, para evitar que o produto chegue aos braços caso escorra.

Avental

Os aventais devem ter um tecido impermeável, e precisam ficar por cima de toda a vestimenta do trabalhador. 

Durante a preparação da calda, ele deve ficar na frente do corpo, pode ser utilizado nas costas quando a aplicação for feita com pulverizador.

Viseira ou óculos de proteção 

Quanto aos óculos, eles devem ser transparentes para possibilitar uma boa visão ao trabalhador. 

A viseira oferece melhor proteção, mas nem sempre é necessária, sendo assim, é essencial ler a indicação na bula do produto.

Respirador

Também chamados de máscaras, os respiradores evitam que o trabalhador seja contaminado a partir da respiração. 

Algumas peças são descartáveis e outras são duráveis e podem ser usadas por muito tempo, desde que seja feita a manutenção do filtro. 

Nos casos de produtos que emitem vapores orgânicos ou apresentam forte odor é recomendado o uso de respiradores com filtro de carvão ativado.

Botas

Elas devem ser de material impermeável, como o PVC, e de cano alto, o ideal é usá-las por dentro da calça para evitar que o produto escorra para os pés.

Ao escolher os EPIs para trabalhar é importante verificar se possuem o Certificado de Aprovação (CA) emitido pelo Ministério do Trabalho. 

Esse selo indica que o equipamento de proteção individual foi testado, aprovado e oferece segurança ao trabalhador. 

Como fazer a manutenção e limpeza dos EPIs?

Além do uso, é de extrema importância ficar atento quanto à manutenção e limpeza adequadas dos EPIs.

Isso evita danos à saúde do trabalhador e a contaminação do ambiente, também assegura uma vida útil mais prolongada para o equipamento. Para isso, os EPIs  precisam ser descontaminados logo após o uso, seguindo esses passos:

  • o responsável pela lavagem do EPI precisa estar protegido, com luvas de nitrila ou neoprene;
  • para lavar o EPI, separe-o das roupas comuns e de outros EPIs;
  • o EPI não pode ser deixado de molho nem ser esfregado;
  • o EPI tem que ser lavado com sabão neutro, em pó ou em barra. Em hipótese alguma use cloro, alvejante e amaciante;
  • os tanques ou as máquinas de lavar devem ser próprios para isso. Eles devem estar sinalizados com informações sobre a toxicidade do produto;
  • a lavanderia precisa estar a uma distância mínima de 30 metros do campo de vivência;
  • após a lavagem, o EPI deve ser enxaguado com água corrente para remover todos os resíduos da pulverização;
  • o equipamento deve ser secado à sombra e passado a ferro bem quente. Isso reativa a repelência e proporciona uma maior durabilidade. No entanto, evite passar o ferro nas partes impermeáveis do tecido;
  • luvas e botas precisam ser lavadas com muita água e sabão;
  • os respiradores devem ser tratados conforme as orientações específicas informadas pelo fabricante, obedecendo às especificações de cada modelo;
  • viseiras faciais também devem ser lavadas com água e sabão neutro. 
  • use um pano macio para não riscar o prdoue siga as instruções do manual.

Após o fim da vida útil do seu EPI, ele deve ser totalmente descontaminado e descartado em lixo comum.

O que as normas e leis dizem sobre as EPIs?

É importante que você saiba que toda EPI deve ter o CA (Certificado de Aprovação), esse certificado é emitido pelo Ministério do Trabalho, ele garante o cumprimento da NR 31 e confirma o nível de proteção de segurança dos equipamentos. 

A NR 31 é uma norma regulamentadora do Ministério do Trabalho para a saúde e segurança, e define responsabilidades ao empregador e ao trabalhador rural.

De acordo com a norma, é obrigação do empregador fornecer e manter o EPI limpo e adequado ao trabalho, assim como instruir e exigir o seu uso, fiscalizar e substituir os EPIs danificados ou fora da validade. 

O não cumprimento disso pode gerar problemas trabalhistas ao empregador, a NR 31 define as seguintes obrigações para o empregador rural:

  • fornecer os EPIs que sejam necessários com base nos riscos que o trabalhador estará exposto;
  • garantir que os equipamentos e as vestimentas fiquem sempre em perfeitas condições de uso e higienizadas;
  • responsabilizar-se pela descontaminação dos EPIs no fim de cada jornada de trabalho, garantindo a substituição, quando necessário;
  • orientar sobre o uso correto dos EPIs;
  • evitar que os equipamentos contaminados sejam transportados para fora do ambiente de trabalho;
  • disponibilizar um local seguro, no qual os trabalhadores possam guardar os EPIs;
  • evitar que qualquer equipamento seja utilizado sem ser descontaminado;
  • garantir que nenhum trabalhador fará uso de roupas pessoais ao aplicar defensivos na lavoura.

Fiscalização

Para fiscalização, o empregador deve ter e guardar documentos que comprovem as obrigações relativas aos EPI, os documentos necessários são:

  • nota fiscal de compra;
  • número do certificado de aprovação de registro do Ministério do Trabalho; 
  • comprovante de entrega do EPI assinado;
  • advertência pelo não uso do EPI (caso tenha);
  • certificado de treinamento de aplicação de agrotóxicos — que pode ser dado por algumas instituições, como o SENAR.

Vale ressaltar que o trabalhador também tem responsabilidades quanto à própria segurança, são elas:

  • usar o EPI rural conforme as necessidades e orientações;
  • cuidar bem do EPI;
  • notificar o responsável sobre a necessidade de troca do EPI;

Caso não cumpra tais obrigações, o trabalhador pode ser demitido por justa causa.

Utilize os EPIs da maneira certa e garanta sua proteção!

Lembre-se: a produtividade em campo é importante, mas a segurança deve sempre vir antes dela! 

E claro, os EPIs são indispensáveis para a segurança agrícola, assim, invista seu tempo em conhecer as opções disponíveis para manter os bons índices de prevenção nas atividades agrícolas.

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