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lavoura de brachiara considerada uma erva daninha por muitos

Erva daninha: principais espécies e técnicas de manejo

A erva daninha é uma planta que tira o sono de muitos produtores rurais espalhados pelo Brasil. 

Isso acontece porque ela, além de causar prejuízos para a qualidade das culturas, também gera custos de manejo. 

Segundo pesquisa, na soja, por exemplo, a presença da erva daninha pode levar a perdas que variam entre 34% e 90% da lavoura, devido à matocompetição. 

Consequentemente, bilhões são gastos anualmente para evitar que o problema se dissemine para os próximos cultivos. 

Mas, afinal, quais são as principais representantes de ervas daninhas? Quais técnicas são as mais eficientes para o seu controle? As respostas para essas e outras perguntas você confere a seguir!

O que é erva daninha? 

A erva daninha é um termo usado para definir plantas, muitas vezes exóticas, que nascem em locais indesejados. 

Uma espécie só pode ser considerada daninha se estiver prejudicando, de maneira direta ou indireta, atividades humanas específicas. 

Elas não só interferem nos objetivos do produtor rural, como também prejudicam o crescimento e o desenvolvimento de culturas agrícolas. 

É preciso destacar que a interferência das plantas daninhas se dá pela competição por água, luz e nutrientes com espécies que foram cultivadas. 

Entenda mais sobre as suas principais características a seguir. 

Principais características da erva daninha

As características de uma erva daninha são bastante específicas e conhecidas. Entre elas podemos destacar: 

  • rápido crescimento; 
  • fácil adaptação às condições climáticas do local que ocupam; 
  • rápida floração e germinação; 
  • maior longevidade; 
  • estrutura para dispersão e germinação; 
  • alta dormência.

Os principais tipos de ervas daninhas

Atualmente, existem centenas de espécies de ervas daninhas, mas algumas se destacam mais no cenário brasileiro; conheça as principais! 

Apaga-fogo

A apaga-fogo (Alternanthera ficoidea) tem aumentado, recentemente, nas lavouras pelo Brasil, exigindo um cuidado redobrado com ela, especialmente porque não existem tantas práticas para combatê-la.

A espécie tem esse nome devido à massa úmida do vegetal que impede a progressão do fogo, sendo anual ou perene. 

Essa erva daninha costuma medir de 0,5 m a 1,2 m de comprimento, sendo conhecida como herbácea, prostrada ou ascendente. 

Entre as principais características, estão as sementes da cor castanho-avermelhada ou castanho-amarela, que são lisas e brilhantes.

Ela costuma afetar culturas como a cana-de-açúcar, o milho, a soja e o algodão. 

Buva

A buva (Conyza spp.) é uma erva daninha nativa da América do Sul e tem propagação fácil, que acontece por meio de sementes dispersadas pelo vento. 

Com caules folhosos, a espécie conhecida como canadensis mede de 0,8 m a 1,5 m e tem folhas de margens denteadas. 

Uma característica que se destaca é que essa erva daninha é conhecida, por estudos, por ser resistente ao glifosato.

Entre as principais culturas atacadas pela buva estão girassol, algodão, feijão e soja. 

Caruru

A caruru (Amaranthus viridis) é outra espécie de erva daninha bastante conhecida na agricultura. 

Ela mede entre 30 cm e 40 cm, sendo uma espécie herbácea que se desenvolve entre a primavera e o outono.

Um fato curioso sobre ela é que o seu consumo é próprio para o ser humano, sendo usada em saladas e refogados. 

Sua propagação ocorre por meio de sementes brilhantes e lisas, sendo mais rápida em lavouras perenes. 

Devido a essa característica, é comum que ela ataque culturas como a do café, da
cana-de-açúcar e pomares (laranja).

Tiririca

A tiririca (Cyperus haspan) é uma erva daninha com grande capacidade reprodutiva e se caracteriza por competir por cada centímetro de solo com outras espécies. 

No entanto, em regiões nas quais as temperaturas são mais baixas, seu crescimento é mais lento, sem contar que ela é sensível ao sombreamento. 

Em razão de sua característica perene, a altura varia de 10 cm a 65 cm, com coloração que varia de vermelho a vermelho-acastanhado.

Sua propagação acontece principalmente por tubérculos, mas também via rizomas e sementes.

Ela afeta todos os tipos de lavouras, devido à sua adaptação aos diferentes tipos de solo e climas, exceto em temperaturas baixas. 

Corda-de-viola

A corda-de-viola (Ipomoea acuminata) é uma planta daninha trepadeira com rápido crescimento e que habita diferentes ambientes. 

Elas contam com folhas simples, pecioladas com limbo irregular, produzem frutos em forma de cápsulas esféricas e têm altura que varia entre 1 m e 3 m. 

É uma erva daninha particularmente indesejada em lavouras de cereais, pois dificulta a colheita mecânica e confere alta umidade aos grãos. As culturas mais prejudicadas são milho, soja e trigo. 

Prejuízos diretos e indiretos causados por ervas daninhas

Um dos principais prejuízos diretos causados pelas ervas daninhas é a redução da qualidade do produto comercial, por exemplo, tubérculos de tiririca que se desenvolvem dentro de tubérculos de batata.

Além disso, podem causar a intoxicação de animais domésticos, quando presentes em pastagens.

Algumas espécies também exercem o parasitismo em frutas, mas também em culturas como a do milho e de citros.

Por sua vez, há aqueles exemplares de ervas daninhas que reduzem o valor da terra, como é o caso da tiririca, que tem custo de controle alto, o que inviabiliza economicamente o manejo.

Já em relação a recursos indiretos, algumas espécies de daninhas podem ser hospedeiras de organismos nocivos a diferentes espécies vegetais cultivadas, levando a doenças, como o mosaico-dourado no feijão

Existem também alguns representantes que reduzem a eficácia das máquinas da colheita, levando a perdas na lavoura. 

Métodos de controle da erva daninha

O controle de erva daninha deve ser realizado a partir de uma combinação de estratégias, e não por meio de um único produto ou manobra.

Por isso, existem diferentes métodos a serem aplicados; descubra quais são eles!

Controle preventivo

No controle preventivo de ervas daninhas, são viabilizadas ações que ajudam a prevenir o estabelecimento e a disseminação dessas plantas em áreas ainda não infestadas. 

Entre as principais medidas utilizadas estão: 

  • uso de sementes de elevada pureza; 
  • limpeza cuidadosa das máquinas, como é o caso das colheitadeiras
  • inspeção das mudas e matéria orgânica;
  • limpeza de canais de irrigação. 

Tais ações do produtor previnem a entrada das espécies de daninhas, diminuindo a disponibilidade de fatores propícios ao desenvolvimento delas. 

Controle cultural da erva daninha

O controle cultural é responsável por garantir o bom crescimento e desenvolvimento das culturas e pode ser realizado de diferentes maneiras. As práticas corretas contribuem para a redução no número de sementes de espécies daninhas.

A rotação de culturas é uma dessas práticas, ajudando a quebrar o ciclo de vida das espécies de daninhas e impedindo que elas dominem a área. 

Uma alternativa é variar o espaçamento entre linhas ou densidade de plantas por linha, reduzindo, assim, a interferência da erva daninha. 

Isso acontece porque reduzir as linhas proporciona vantagem competitiva às culturas sobre as plantas daninhas, especialmente as sensíveis ao sombreamento. 

Controle mecânico

Os métodos de controle mecânico consistem em capina manual, roçada e cultivo mecanizado. 

A capina manual, por exemplo, é realizada com enxada e é bastante eficaz no controle de daninhas. A técnica é muito utilizada no Brasil, especialmente na agricultura familiar

O cultivo mecanizado, por sua vez, é executado por meio de cultivadores tracionados por animais ou mesmo tratores, sendo um dos principais métodos de controle de plantas daninhas. 

Controle físico

No controle físico, você pode trabalhar com diferentes técnicas, começando com a inundação. 

Em culturas como a do arroz, o método de inundação é bastante eficiente, ainda mais considerando ervas daninhas perenes, como a tiririca.

A prática leva à morte de plantas sensíveis por suspender o fornecimento de oxigênio para as suas raízes. 

A cobertura do solo com restos vegetais é uma metodologia eficiente no controle de plantas daninhas, mas é preciso ficar atento, pois é uma prática que fica restrita a pequenas áreas de hortaliças, não sendo recomendada em locais infestados por tiririca, por exemplo.

O plantio direto também entra nessa lista de controle físico de plantas daninhas; a cobertura do solo com restos vegetais da cultura anterior é de bastante utilidade. 

A prática é muito difundida em áreas extensas de soja, milho e trigo; afinal, a cobertura estimula a germinação de sementes das ervas daninhas na parte superficial do solo, o que causa a sua morte devido à impossibilidade de emergência. 

Controle biológico da erva daninha

O controle biológico foca o uso de inimigos naturais para as ervas daninhas, como fungos, vírus, insetos, aves, entre outros. 

Eles são capazes de reduzir a população de daninhas, diminuindo, assim, a sua capacidade de competição. 

Para que seja eficiente, o parasita precisa ser bem específico. Isso significa que, após ter eliminado o hospedeiro, ele não deve parasitar outras espécies. 

Controle químico da erva daninha

Por último, temos o controle químico, que utiliza herbicidas para o controle de ervas daninhas. 

Para isso, é preciso conhecer as plantas que estão sendo hospedeiras das daninhas, a fim de escolher os produtos mais adequados e evitar prejuízos à cultura. 

O ideal é que o controle químico seja feito com outras práticas associadas, possibilitando melhores condições de desenvolvimento para a cultura. 

Conclusão

Existem centenas de espécies de ervas daninhas que podem prejudicar a sua cultura, e é bom olhar com cuidado para elas. 

Como vimos, há diferentes técnicas que podem ser aplicadas no dia a dia para eliminar uma erva daninha. 

O uso combinado de técnicas é uma boa prática e traz mais eficácia na eliminação do problema. 

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