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mao de produtor rural pegando solo seco mostrando periodo de estiagem

Estiagem: como agir nesse período tão difícil?

Quem trabalha com agricultura sabe bem o quanto alguns fenômenos podem impactar negativamente as plantações. Um dos que podem causar sérios problemas é a estiagem.

Trata-se de um período de chuvas abaixo da média, que muitas vezes vem acompanhado por ondas de calor. Com pouca água, terra seca e sem perspectiva de chuvas, como ficam as safras?

Nada bem, sabemos; por isso, preparamos este conteúdo para te ajudar a entender mais sobre a estiagem, como lidar com ela e que impactos ela causa na agricultura. 

O que é estiagem?

De acordo com a Secretaria de Defesa Civil (Sedec) do Ministério da Integração, a estiagem é um período com um registro baixo ou zerado de índice pluviométrico. 

Esse índice mede, em milímetros, a quantidade de chuva em 1 metro quadrado de determinado local. 

Considera-se estiagem quando o solo perde mais umidade do que é reposto pelas chuvas. Assim, quando falamos em estiagem, significa que houve uma redução no volume de chuvas.

A estiagem é um fenômeno preocupante; no início de 2022, ocorreu uma estiagem que provocou R$ 45,3 bilhões em prejuízo para a agricultura e a pecuária.

Essa estiagem teve a influência do La Niña e impactou principalmente o sul do país e o estado de Mato Grosso do Sul, com base em estimativas de cooperativas do agronegócio. 

O impacto maior do déficit hídrico foi sentido nas culturas de soja e milho, os principais grãos exportados pelo Brasil.

Qual é o impacto na agricultura?

Solo seco causado pela falta de chuva

É evidente que esse problema ambiental causa uma série de desafios para o agronegócio, não apenas pela influência direta nas safras, mas também por atingir a cadeia produtiva e a logística das fazendas. 

Uma das maiores causas de atraso de plantio no Brasil é a baixa umidade do solo e a falta de chuvas regulares durante o desenvolvimento das plantas. Isso afeta diretamente a qualidade final da maioria dos produtos agrícolas.

Além disso, a baixa vazão dos rios e das bacias hidrográficas aumenta o preço da energia no país, visto que ela é diretamente ligada à energia hidrelétrica.

A baixa dos rios também é um problema para a distribuição das principais commodities brasileiras, pois as hidrovias são responsáveis pela chegada, aos portos, de milhões de toneladas de grãos produzidos no Brasil anualmente. 

Com a vazão baixa, as empresas são obrigadas a fazer o transporte em navios de calado menor, que carregam menos produtos.

Uma das mais importantes do país, a hidrovia Tietê-Paraná, que passa pelos estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais, é fundamental para o escoamento de grãos. 

Todavia, com a seca dos últimos 2 anos, a hidrovia atingiu níveis baixíssimos, e os transportes estão suspensos até o final de novembro, segundo o Sindasp.

Agronegócio

Como mencionamos, nos últimos 2 anos, o Brasil sofreu a maior seca desde que o fenômeno da estiagem começou a ser medido (a medição iniciou-se em 1910). 

Então, 40% do território nacional sofreu com a falta de chuva e, em média, 2.445 municípios foram afetados.

A seca atual tem características diferentes do que o Brasil está acostumado; os estados mais afetados foram os das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e uma parte da Bahia. 

Um dos responsáveis pela falta de chuva foi um fenômeno que citamos, o La Niña (que é o oposto do El Niño). 

Esse fenômeno ocorre pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico; com isso, a ocorrência de frentes frias aumenta e faz com que as chuvas aconteçam antes de chegar ao continente.

Além disso, outro fator de impacto foi o desmatamento amazônico; a evaporação da umidade da floresta é distribuída por ventos para o centro e o sul do país. 

Com desmatamento e queimadas em alta, a umidade não chegou, e isso nutriu mais ainda a seca.

Estiagem e gado leiteiro 

Em relação ao impacto da estiagem no gado leiteiro, o agricultor deve ter cuidado com a disponibilidade de água para as vacas em lactação. 

Além disso, o conforto térmico tem influência direta na produção de leite e, por isso, a oferta de sombra pode reduzir a transpiração. 

Logo, o ideal é que a ordenha seja realizada com a temperatura amena, nas primeiras horas da manhã ou no final da tarde.

Os produtores ainda precisam atentar à alimentação do gado, sendo necessário um planejamento alimentar com pastagens resistentes ao estresse hídrico.

Estiagem e o manejo de aves e suínos 

A estiagem impacta também no manejo de aves e suínos, visto que o excesso de calor pode reduzir a ingestão de alimentos de aves e suínos.

Isso pode provocar perda de peso e até morte dos animais; assim, o plantel deve contar com a oferta de água em quantidade e qualidade adequadas.

Os avicultores e suinocultores precisam ficar atentos com o funcionamento de equipamentos de ventilação e resfriamento do ambiente, bem como com o manejo adequado e a garantia de energia elétrica.

Piscicultura e estiagem

A piscicultura não fica de fora, pois a estiagem pode prejudicar a qualidade da água nos viveiros de piscicultura.

Isso pode causar a redução no crescimento, problemas de saúde e até a morte dos peixes. Desse modo, os produtores devem ter atenção ao oxigênio baixo e à transparência abaixo de 25 cm.

Uma forma de corrigir isso é com adubos, fertilizantes ou ração, se necessário; além disso, deve-se restringir a renovação da água e drenagens. 

Em caso de povoamento, deve-se observar a densidade populacional de perto, e é recomendável o uso de aeradores.

Nas etapas finais, quando os peixes atingirem o padrão do comércio, devem ser despescados, e a água pode ser reaproveitada após desinfecção.

Estiagem e a produção agrícola 

Quanto à produção agrícola, o agricultor deve implantar medidas físicas para conservar a água, por exemplo, terraços e curvas de nível. 

Outra coisa que colabora é a rotação de culturas, que pode ajudar na proteção do solo, pois aumenta o tempo de cobertura vegetal. 

Ademais, as áreas de culturas devem ter o mínimo de revolvimento e podem ser cobertas com massa seca para manter a umidade.

As espécies tolerantes ao estresse hídrico devem ser prioridade para os produtores; desse modo, as plantas devem ser irrigadas adequadamente para garantir seu desenvolvimento. 

Cada cultura, fase de desenvolvimento e tamanho de área têm um modelo mais indicado para a irrigação; para o melhor manejo desses pontos, indicamos o acompanhamento de um técnico.

Como reduzir seu impacto?

Diante de tudo isso, uma dúvida comum é: como reduzir o impacto da estiagem na agricultura? 

Podemos dizer que identificar pontos de captação e armazenamento de água na propriedade é fundamental para enfrentar um período de estiagem. 

Também deve-se dar enfoque na preservação da vegetação perto de nascentes e córregos. Ademais, o sistema de plantio direto, o cultivo em contorno, em faixas e no terraceamento ajudam, de igual modo, a conservar os recursos hídricos no solo.

Para garantir o abastecimento para a produção agrícola e pecuária, atente à captação de água da chuva, com reservatórios e cisternas; essa é uma forma barata e eficiente de ter água armazenada. 

O bom uso do recurso hídrico é necessário; é preciso evitar desperdícios no manejo com animais e na irrigação!

Por fim, trate e reaproveitar os resíduos líquidos para evitar contaminação de lençóis freáticos. 

Qual é a diferença entre estiagem e seca?

Essa é outra dúvida comum e é até um ponto que confunde as pessoas: seca e estiagem são a mesma coisa? A resposta é não!

Segundo a definição da Secretaria de Defesa Civil (Sedec) do Ministério da Integração, a estiagem “é um período prolongado de baixa pluviosidade, ou sua ausência, no qual a perda de umidade do solo é superior à sua reposição”.

Já a seca “é um período de tempo seco, prolongado o suficiente para que a ausência, deficiência acentuada ou fraca distribuição da chuva provoque grave desequilíbrio hidrológico”.

Sob um olhar meteorológico, a seca é considerada uma estiagem prolongada, conhecida por provocar uma redução das reservas hídricas.

Vale ressaltar que secas e estiagens não são necessariamente consequências de índices pluviais abaixo do normal ou de teores de umidade de solos e ar deficientes. 

Esses fenômenos podem ocorrer com o manejo inadequado dos recursos hídricos e de bacias hidrográficas.

As estiagens se diferenciam por serem menos intensas que as secas e por ocorrerem em períodos de tempo menores. 

Na região semiárida, devido às características climáticas, a seca ocorre de forma mais cíclica.

Em razão do maior impacto da seca nessa região, a tendência é que a agricultura de sequeiro seja desestabilizada.

Em outras regiões do Brasil, é comum ocorrerem estiagens, que costumam ser chamadas de veranicos

Por ocorrer com maior frequência nas áreas agrícolas mais produtivas e de maior impacto econômico, ela afeta mais o agronegócio, comprometendo a disponibilidade de água, a produção de alimentos e a balança comercial.

Prepare suas plantações para enfrentar a estiagem

Já que não há como evitar a estiagem, a solução é se preparar para elas e garantir que as plantações estejam preparadas para enfrentá-la. 

Assim, não hesite em buscar técnicas de controle, como a rotação de culturas, sistema de plantio direto, o cultivo em contorno, entre outras. Tudo isso visando ao uso equilibrado dos recursos hídricos.

Se você quer auxílio nessa jornada de manter as culturas produtivas nesse período e, ao mesmo tempo, usar conscientemente a água, a TerraMagna pode te ajudar com isso! 

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