O fechamento de Xangai, um centro financeiro e marítimo da China com relevância mundial, afeta diretamente a importação e exportação, inclusive com reflexos no Brasil, afirmam especialistas da Cofase (Compagnie Française d’Assurance pour le Commerce Extérieur), seguradora de créditos francesa.
O gargalo da logística, que aumentou durante a pandemia, se intensificou nos últimos meses. O conflito entre Rússia e Ucrânia afetou os portos por onde são escoados os fertilizantes que abastecem o Brasil. A oferta global de fertilizantes, que já estava comprometida com a pandemia, se agravou. Como se não bastasse, a recente adoção de Covid Zero na China trouxe mais um problema no abastecimento: o fechamento dos portos chineses. O tempo para os navios serem abastecidos tem sido maior, o que gera demora nas entregas dos produtos aos seus países de destino.
Para especialistas em economia chinesa, com o atraso nas entregas, pode ocorrer a falta de insumos no mercado e a oferta deve gerar aumento nos preços, como explicou Roberto Dumas, professor do INSPER (Instituto de Ensino e Pesquisa), durante entrevista à CNN Brasil. A possível falta de insumos acaba gerando preocupação e dor de cabeça para o agronegócio.
Diante de todo o cenário apresentado fica ainda mais evidente a necessidade de realizar a compra de fertilizantes o quanto antes, não só para garantir o produto, mas também para não correr o risco de pagar mais caro pelo insumo nos próximos meses.