Ao abordar a nutrição das plantas, estamos tratando de dois tipos de sistemas de absorção de nutrientes: o subterrâneo, que são as raízes; e a parte aérea, que abrange as folhas. De acordo com os especialistas, quando é feita a adubação foliar, o aproveitamento pode chegar a 90% dos produtos pela planta. Quando a aplicação é feita no solo, esse aproveitamento sofre uma variação que pode ser até 50% menor, mas uma não dispensa a outra. São complementares e, em situações diferentes, devem ser usadas para melhorar o desempenho das lavouras.
Para os estudiosos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), ao usar os fertilizantes foliares, além de uma velocidade mais intensa na absorção, muitas variáveis precisam ser observadas. É um processo que envolve etapas, mas é mais rápido do que a adubação realizada pelo solo, que começa pelas superfícies das folhas até se espalhar por toda a planta.
A eficiência da aplicação vai depender de vários fatores ligados ao tipo e à estrutura da planta, às condições do ambiente – por exemplo, se está muito úmido ou muito quente – e à solução a ser aplicada.
Os fertilizantes foliares são usados para recuperação e melhoria da produtividade em situações nas quais as lavouras precisam receber uma suplementação extra. A orientação técnica de um profissional é aconselhável para saber o melhor momento em que a plantação precisa receber essa complementação nutricional. A análise foliar ajuda a ter um diagnóstico das carências e os complementos que precisam estar presentes na fórmula do fertilizante foliar, orientam os profissionais da Emater. Em algumas culturas e situações, a análise foliar assume, portanto, vital importância na complementação da análise de solo e deve ser adotada como prática de rotina.
No caso da soja, os especialistas da Embrapa fazem orientações especificas para as análises, entre elas que sejam colhidas folhas de 25 plantas diferentes que representem o talhão a ser analisado. Há orientações específicas também no caso das lavouras de milho, para que ocorra da forma mais eficiente para a plantação.
A adubação foliar ganhou, nos últimos anos, um importante aliado: os drones. As aplicações que são feitas pelos pulverizadores tradicionais cada vez mais contam com a ajuda dos equipamentos que realizam a fertilização com bastante precisão e com o uso de tecnologias em diferentes culturas.
Com o objetivo de ampliar a produtividade, a adubação foliar tem se apresentado como uma complementação nutricional eficiente, resultado de uma análise correta, aplicada com o equipamento mais adequado e o fertilizante indicado para a lavoura.