A forrageira é uma planta usada, principalmente, como fonte de alimento para animais.
Ela pode ser plantada em campos para os animais pastarem, ou, a exemplo do feno, pode ser produzida e depois servida como alimento.
É considerada uma das principais fontes de rendimento da pecuária.
Devido à alta produtividade do solo, plantas e uso na alimentação animal, as pastagens recebem uma grande reserva de nutrientes que influenciam o crescimento da planta.
A forrageira é classificada em dois tipos: as forrageiras gramíneas e forrageiras leguminosas.
Assim, ao escolher uma planta forrageira, o produtor rural deve considerar inicialmente a sua produtividade e qualidade nutritiva; em seguida, avalia o clima e as condições do solo local.
Deve-se verificar, também, o objetivo do plantio dessa cultura. Um exemplo bem comum é usá-la na engorda do gado.
Nesse sentido, existe uma variedade de espécies de plantas que também podem ser usadas como pastagem para a alimentação do gado.
Avaliam-se o seu período de desenvolvimento (inverno ou verão), ciclo de vida (anual ou contínuo) ou tipo de planta; entre as principais estão as gramíneas e leguminosas.
Entretanto, independentemente da espécie de forrageira, é importante fazer o controle de formigas, plantas daninhas e outras pragas que podem prejudicar o desenvolvimento da plantação.
Da mesma forma, o cuidado deve ser redobrado em casos de mudas, a fim de oferecer umidade suficiente e equilíbrio para a planta no solo.
Geralmente, por estar acima do solo, é consumida pelo próprio animal em pasto ou cortada pelo agricultor.
Dois dos propósitos da forrageira são proteger o solo e fornecer palhas para o plantio direto.
Ocasionalmente, o uso de plantas forrageiras como complemento na alimentação animal é uma ótima opção, haja vista que todas as partes da planta são aproveitadas, em razão de serem fontes de nutrientes.
O clima subtropical da região Sul e em partes do estado de São Paulo – que conta com períodos bem mais definidos, basicamente com verões quentes, inversos mais frios e chuvas mais bem distribuídas – ajuda na produtividade do cultivo da forrageira.
Por outro lado, boa parte das regiões Centro-Oeste, Norte, Nordeste e do Sudeste do país é caracterizada pelo clima tropical.
Nesses locais, devido aos verões mais quentes e chuvosos, invernos secos e com poucas variações de temperatura, a agricultura de forrageira pode enfrentar problemas, como a falta de água ou chuvas muito fortes e prolongadas.
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ToggleForrageira: o que é e para que serve?
As plantas forrageiras costumam ser utilizadas como a principal fonte de alimento para animais no campo, sendo considerada uma das principais fontes de renda do setor pecuário.
Tem como principal característica suas pastagens, que se desenvolvem e crescem de acordo com as condições do solo, o tipo de planta e o ecossistema animal ao seu redor.
Por analogia, isso significa que, para se fazer uma pastagem, deve-se levar em consideração o seu rebanho.
Em outras palavras, o objetivo com a criação animal vai direcionar o melhor tipo de forrageira para a sua propriedade.
Entretanto, de nada adianta saber isso se o produtor rural não preparar o solo de forma adequada e não buscar espécies que melhor se adaptem ao clima da região.
Confira, a seguir, os tipos de forrageira:
Gramíneas forrageiras
As gramíneas forrageiras possuem boa resistência ao fogo e fácil distribuição, além de se adaptarem facilmente em diversos ambientes.
A princípio, a sua principal característica é o rápido desenvolvimento, tornando-a uma ótima opção para a produção de pastagem de forma rápida.
Naturalmente, essas plantas perenes surgem nas pastagens. Nesse sentido, elas podem brotar mesmo após o seu corte ou pastejo.
A família dessa planta é bem extensa. Eventualmente, costuma ter flores.
Gramas, capins, relva e cana-de-açúcar são alguns dos tipos de gramíneas.
Leguminosas forrageiras
Tradicionalmente conhecida por vagem, a forrageira leguminosa produz sementes em sua estrutura vegetal.
As leguminosas possuem um grande valor de proteínas.
Em outras palavras, a dieta animal com base nesse tipo de forrageira aumenta a capacidade de absorção biológica de nutrientes.
Além disso, disponibiliza grandes níveis de nitrogênio, deixando, assim, o solo mais fértil.
Algumas forrageiras leguminosas crescem de forma rasteira, como o trevo-branco e o amendoim forrageiro.
Devido ao seu baixo custo se comparado a outras fontes de alimento, no Brasil, é comum a sua utilização para a nutrição de vacas-leiteiras.
Quais são os principais tipos de forrageira?
Existem diversos tipos e espécies de forrageira, e cada uma delas pode ser a melhor opção para o seu sistema de produção agrícola.
São elas:
Capim-braquiária
Essa planta se adapta bem aos climas tropical e de cerrado. Também tem boa adaptação a solos de baixa fertilidade, sendo comum na alimentação animal.
Capim-mombaça
Essa gramínea é extremamente nutritiva e ideal para alimentar bois e cabras. Ela se adapta bem a solos argilosos e arenosos.
Capim-elefante
Devido a sua maior resistência ao fogo e à seca, esse tipo de forrageira costuma ser cultivado em pastos para a produção de silagem e feno.
Aveia
Essa gramínea não se adapta bem a solos muito úmidos. Entretanto, devido à boa massa verde e à rusticidade do caule, a aveia forrageira adquiriu tolerância ao frio e à geada.
Ademais, ela produz a forragem, muito utilizada na produção de palha para o sistema de plantio direto.
Capim-gordura
Uma espécie resistente e pouco exigente; se desenvolve bem em solos ácidos, tanto em regiões tropicais quanto em regiões subtropicais.
Também conhecida por catingueiro, a planta chega a medir um metro.
Feijão-miúdo
Esse tipo de feijão é uma leguminosa resiste bem a climas secos, podendo se adaptar aos principais tipos de solo. No entanto, seu cultivo não é recomendado em áreas muito úmidas.
Leucena
Tolerante a seca, essa planta tem bom desenvolvimento em regiões tropicais e férteis, assim como em solos profundos e bem drenados.
Feijão-guandu
A cultura do feijão-guandu é muito utilizada pelos produtores durante o inverno, essa leguminosa pode compartilhar a propriedade com plantações de milhos e com outras forrageiras de clima tropical, como a braquiária.
Como fazer uma boa pastagem de forrageira?
De antemão, ter uma boa pastagem é sinônimo de ter um bom gado, seja ele para corte, seja para produção de leite.
Desse modo, é de extrema importância que o produtor rural saiba como preparar o solo da propriedade para que a forrageira cresça forte e nutritiva para alimentar o gado.
A princípio, o passo é escolher a espécie de forrageira que se adequa melhor às necessidades do rebanho.
Sob o mesmo ponto de vista, cada espécie de gado também tem suas preferências; as principais são:
• Capim para bovinos: a forrageira da espécie Massai costuma ter uma maior aceitação dos animais e se adapta bem aos mais variados climas.
• Capim para equinos: com alto valor nutritivo e proteína moderada, a espécie Tanzânia é a preferida dos cavalos.
• Capim para gado leiteiro: a melhor opção é a espécie Mombaça, devido ao seu alto valor nutricional e ao fato de ser rico em proteínas, vitaminas e minerais.
A adaptação das espécies ao clima local e tipo do solo também é um aspecto fundamental a ser considerado, sendo esse um dos principais fatores responsáveis pela falta de sucesso das pastagens.
O produtor rural deve, antes de qualquer ação, realizar uma análise de solo; deve, ainda, dispor de dados que enfatizem os níveis de pH e as quantidades de nutrientes presentes.
Dessa forma, é possível saber que adubo deve ser usado para suprir a falta de nutrientes, bem como quais são as possibilidades de o adubo ser perdido devido às fortes chuvas de verão.
Outro fator muito importante na escolha da espécie é verificar o histórico da área – onde a pastagem será implantada.
Também devem ser verificadas as características climáticas, assim como o regime de chuvas e oscilações de temperaturas.
Por exemplo, as forrageiras Panicum spp. são mais exigentes em níveis de fertilidade e em manejo, sendo mais indicadas para sistemas intensivos.
Por outro lado, as forrageiras Brachiaria spp. são consideradas mais rústicas, por se adaptarem a regiões mais secas, com solos mais pobres ou em áreas de maior declive.
É fundamental, ainda, observar se já ocorreram ataques de pragas (insetos) e doenças (fungos, vírus e bactérias) na propriedade.
Nesse sentido, a existência de pragas pode significar perdas na produção de biomassa.
As pragas mais comuns são cigarrinhas e formigas-cortadeiras.
Em síntese, existem duas formas para tornar o uso de forrageiras e sua cultura economicamente viáveis:
- semear a forrageira durante a safrinha (entre janeiro e março – clima tropical);
- semear a forrageira na safra de inverno em regiões de clima subtropical (entre novembro e dezembro).
Em contrapartida, garante-se um maior rendimento durante o verão.
Do mesmo modo, a palha ajuda criando uma atmosfera benéfica às raízes, prevenindo a compactação do solo.
Uma alternativa é o cultivo complementar da forrageira com outras culturas, como milho, sorgo, arroz e soja.
Conclusão
Em suma, é preciso que haja um pouco de cautela no momento da escolha, pois, como vimos ao longo deste artigo, cada tipo de forrageira se desenvolve e se comporta de maneira diferente.
Nesse sentido, existem vários tipos de sementes!
Você ainda está com dúvidas sobre qual é o melhor caminho para a sua propriedade e o seu rebanho?
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