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Exemplos de fungos fixados em tronco de arvore

Fungos: características e importância na agricultura

Você com certeza já deve ter ouvido falar dos fungos. No universo dos insumos, eles são até usados para produzir itens biológicos! Mas você sabe qual é a importância dos fungos?

Entre prós e contras, eles podem ser usados como solubilizadores de nutrientes do solo, bioinseticidas e biofungicidas; no entanto, também podem ser prejudiciais, se estiverem presentes nas plantações de forma desproporcional.

O segredo é saber o que são os fungos, qual é a importância deles na agricultura e como mantê-los de um jeito saudável nas lavouras.

Quer saber a resposta para esses pontos citados? Então continue lendo este artigo.

O que são os fungos?

Os fungos são organismos que fazem parte do reino biológico chamado Fungi, em que existem fungos de variados tamanhos e formas. 

Eles são capazes de viver em praticamente todos os ambientes terrestres, e, apesar dos diversos tamanhos, alguns só podem ser vistos microscopicamente.

Esses são formados por apenas uma célula, de modo que são classificados como unicelulares; um exemplo desse tipo são as leveduras. Apesar disso, também existem os que podem ser vistos a olho nu, por exemplo, os cogumelos e os bolores.

Uma curiosidade é que o maior fungo, atualmente, vive no solo de uma floresta nos Estados Unidos e ocupa uma área de cerca de 9 km2.

Características dos fungos

Eles são seres heterótrofos, isto é, não produzem o próprio alimento; sendo assim, eles dependem da ingestão de matéria orgânica viva ou morta; só assim conseguem sobreviver. 

As espécies que se nutrem de matéria orgânica morta são essenciais na decomposição de animais e vegetais e são chamadas de saprófagas. 

A reprodução deles pode ser tanto assexuada, com brotamento, fragmentação ou produção de esporos, quanto sexuada, por meio do encontro de indivíduos de sexos diferentes. 

O corpo das espécies que têm mais de uma célula, os pluricelulares, é formado por duas partes: o micélio e o corpo de frutificação. 

O micélio é um emaranhado de filamentos longos e microscópicos chamados de hifas, e o corpo de frutificação é a estrutura reprodutiva dos fungos. 

Um exemplo disso é o bolor preto, que cresce nos pães velhos, conhecido como mofo; ele corresponde ao corpo de frutificação. Já a parte que fica no interior do pão é o micélio.

Qual é a importância dos fungos para a agricultura?

Além de diferentes formas e tamanhos, os fungos também são usados de maneira abrangente 

Eles são essenciais para a agricultura, especialmente em dois processos biológicos:

  • Biorrendimento: nesse processo, alguns tipos de fungos atuam como solubilizadores de nutrientes do solo, otimizando as produções.
  • Biocontrole: processo no qual um grupo de fungos consegue fazer o trabalho de bioinseticidas e biofungicidas, facilitando o manejo.

Além da agricultura, eles podem ser utilizados no universo da medicina, no desenvolvimento de medicamentos.

Isso porque eles têm propriedades bactericidas, úteis para a fabricação de antibióticos, como a penicilina, cuja função é combater doenças infecciosas geradas por bactérias.

Outra área em que os fungos se destacam é na alimentação; alguns são comestíveis e podem integrar a alimentação humana, a exemplo dos conhecidos cogumelos dos tipos champignon e shitake

Outras espécies são úteis para produzir alimentos como o pão, já que são utilizados fungos que atuam no processo de fermentação, atuando no crescimento e na consistência da massa, deixando-a macia e porosa.

E quanto às doenças causadas por fungos?

Micelio fungico na superficie de um toco de arvore representando os fungos.

Como mencionamos, os fungos nem sempre são positivos; pelo contrário, esses microrganismos são os causadores do maior número de doenças de plantas. 

Ademais, são os principais inimigos da tomaticultura; estima-se que cerca de 15% dos custos de produção de tomate são direcionados ao uso de fungicidas para combater doenças oriundas de fungos!

Eles podem ser identificados pelo tipo de sintomas que causam nas plantas, pelas estruturas vegetativas e reprodutivas ou pelo uso de técnicas sorológicas e moleculares.

Vale ressaltar que o controle das doenças causadas por fungos requer principalmente medidas preventivas.

Ou seja, é preciso estar atento desde a escolha da área a ser cultivada até as ações feitas após as colheitas.

Para o controle químico de doenças, há diversos produtos disponíveis no mercado, de vários fabricantes. 

Para te ajudar a pensar nos melhores insumos para evitar o desenvolvimento dos fungos, é preciso conhecer, de maneira geral, as principais doenças fúngicas e como elas atacam as plantações. São elas:

Mancha-de-estenfílio

A mancha-de-estenfílio é uma doença fúngica muito destrutiva, mas nos últimos anos isso tem diminuído, devido ao plantio de variedades resistentes e à aplicação periódica de fungicidas para o controle. 

Segundo a Embrapa, eis o que você precisa saber sobre essa doença:

  • ela fica mais suscetível em temperaturas entre 24°C e 27°C;
  • a frequência de muita água proveniente de chuva, irrigação ou nevoeiro pode dar início à doença;
  • as mudas infectadas são a causa do início das epidemias em plantios comerciais;
  • a doença ataca mais as folhas novas de plantas adultas;
  • plantas com deficiência nutricional são mais vulneráveis;
  • o patógeno é transmitido pela semente. 

Além disso, essa doença causa manchas pequenas, escuras e angulares nas folhas; com isso, é comum as folhas ficarem fracas e perfuradas. 

O ataque severo da doença provoca intensa queima das folhas, mas os frutos não apresentam sintomas.

Para o controle dessa doença, indicam-se os cultivares resistentes. Para cultivares suscetíveis, é indicado o controle químico com fungicidas registrados, como os usados para pinta-preta.

Eles são extremamente eficientes se forem aplicados preventivamente.

Mela-de-rizoctonia

Também chamada de mela, damping-off e tombamento, trata-se de vários fungos habitantes de solo ou aderidos às sementes das plantas, que podem causar o tombamento das mudas.  

Essa doença se agrava mais devido à umidade do que pela temperatura, isto é, irrigação excessiva ou chuva no final do ciclo da cultura causam alta umidade do ambiente abaixo das plantas.

Isso facilita a infecção dos frutos e outros órgãos em contato com o solo; costuma ocorrer na fase da floração, formação e maturação dos frutos.

Essa doença costuma deixar uma lesão amarronzada na base de plantas jovens, o que provoca tombamento e morte.

As folhas e hastes infectadas caracterizam-se pela podridão mole ou aquosa (mela), nas partes que ficam em contato direto com o solo. 

Os frutos em contato com o solo desenvolvem um apodrecimento marrom-claro, que fica recoberto com partículas de solo e micélio esbranquiçado do fungo.

A doença costuma se agravar em plantações com alta densidade de plantas, que contam com solos orgânicos, argilosos ou compactados e nos quais há acúmulo de água na superfície.

Lavouras com plantio direto e nas quais os restos da cultura anterior não foram bem retirados ou decompostos favorecem a ocorrência da doença. 

Murcha-de-verticílio

Essa doença é causada por um fungo que vem do solo com muitos parasitas de muitas espécies de plantas. 

Ela ocorre com mais frequência nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, sendo favorecida pela temperatura amena e alta umidade do solo.

A murcha-de-verticílio afeta as folhas, o caule e, muitas vezes, até os frutos. O principal sintoma causado por ela é murchar as folhas mais velhas.

Isso costuma se iniciar nas margens e formar lesões em forma de V, até secar completamente a planta. 

Os danos causados impactam diretamente a quebra de produção, da primeira à última penca. 

Isso acontece porque o fungo se hospeda no sistema vascular, impedindo a circulação dos nutrientes, o que faz com que a planta não responda à adubação.

Em alta umidade, forma-se um micélio branco nas folhas da planta que foram atingidas. 

Com isso, ocorre a decomposição da medula com formação de estruturas irregulares e escuras, características da doença.

A disseminação acontece devido à alta umidade e à temperatura amena, e também por meio de sementes infectadas e de mudas produzidas em solos infestados pelo fungo. 

A doença também é disseminada planta a planta por meio da água de irrigação.

Como medida de manejo, é indicado plantar cultivares resistentes e fazer rotação da cultura.

Pinta-preta

Também conhecida como mancha-de-alternária, essa é a doença mais comum que ataca o tomateiro.

Está presente por todas as regiões do país, e pode se manifestar em todas as fases de desenvolvimento de uma planta.

Ela causa muitos danos em razão de sua incidência nas folhas e frutos e, em alguns casos raros, no caule. 

Essa doença afeta toda a parte aérea da planta, a partir das folhas mais velhas e próximas ao solo, na forma de pequenas pontuações pardo-escuras.

Um ataque severo desse fungo pode causar desfolha e expõe o fruto à queima de sol, gerando podridão.

A doença ocorre tanto em épocas de chuva quanto na seca, e temperatura e umidade relativa altas também favorecem o ataque do fungo. 

Ele sobrevive em restos culturais e infecta outras hortaliças, como a batata e a berinjela, e pode ser transmitido pela semente.

Para o controle dessa doença, deve-se pulverizar preventivamente os fungicidas registrados, se possível orientado por sistemas de previsão. 

Saiba como lidar com os fungos

Com este artigo, você deve ter percebido que os fungos podem ser aliados ou não das plantações. 

Tudo vai depender de outros fatores e dos insumos usados durante o processo; afinal, eles são importantes para o emprego de técnicas agrícolas adequadas.

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