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Planta verde coberta de geada branca

Geada: tudo o que você precisa saber sobre esse fenômeno

A geada é conhecida por muitos como um fenômeno atmosférico comum em temperaturas baixas.

Devido à grande concentração de umidade no clima, as plantas chegam a congelar a sua superfície, causando, em casos mais severos, a morte de folhas, ramos, frutos e do caule.

A geada, naturalmente, se forma no chão, e não no céu. Isso ocorre quando o vapor de água chega próximo ao solo e congela, dando origem a uma camada de pequenas agulhas geladas.

No entanto, para ela ocorrer, a temperatura do ar deve estar igual ou abaixo de zero.

Em outras palavras, a geada é um evento da natureza que ocorre quando se formam camadas finas de gelo sobre as plantas e em outras superfícies lisas, como carros e janelas.

Frequentemente, esse fenômeno costuma ocorrer durante os períodos de inverno e outono, em razão de as temperaturas estarem mais baixas.

Apesar disso, as geadas também podem acontecer, eventualmente, em outras épocas do ano, de acordo com a passagem de frentes frias ou de massas de ar polar.

A princípio, as geadas no Brasil afetam toda a região Sul, parte de São Paulo, sul de Minas Gerais e sul do Mato Grosso do Sul, com raros registros em outras localidades.

Para o setor da agricultura, os danos às culturas de climas tropicais e subtropicais são maiores.

Ademais, as plantações de café e laranja também têm pouca resistência a baixas temperaturas.

O que é a geada e como ela se forma?

Esse fenômeno da natureza costuma acontecer quando a temperatura do ar de uma região fica abaixo de 0° C, criando um clima ideal para o congelamento da água. 

Isso só é possível porque o vapor de água presente no ar à noite se transforma em cristais de gelo.    

Por analogia, é errado dizer que a geada se resume ao congelamento do orvalho, já que, antes desse fenômeno, passa-se do estado gasoso para o sólido (sublimação).

O orvalho, por sua vez, passa do vapor de água na atmosfera para o estado líquido (condensação).

Passando do estado líquido a sólido (solidificação), o orvalho pode se tornar geada.

Esse fenômeno se apresenta sob três modos: pela grande movimentação de massa polar (advecção), na perda do resfriamento da terra (radiativa) ou de maneira mista.

Continue a leitura!

Quais são os tipos de geada?

Geada advectiva

Resultante da movimentação de massa atmosférica fria no sentido horizontal.

A geada advectiva, normalmente, é mais severa.

Eventualmente, durante a noite, a umidade baixa do ar puxa a temperatura para abaixo 0° C, os ventos são mais fortes e prolongados e há muitas nuvens no céu.

Esse fenômeno também é conhecido como geada negra e não costuma acontecer com tanta recorrência, pois seu processo de composição é dependente da força e quantidade de massa polar presente no ar.

Geada radiativa

Esse tipo de geada geralmente ocorre quando o céu está limpo, sem nuvens.

Com isso, a superfície da Terra começa o processo de resfriamento da atmosfera, liberando energia.

Durante a noite, o ar fica frio e seco, o vento é calmo, há pouca neblina e a temperatura se encontra abaixo de 0° C.

Forma-se uma leve camada de gelo branco sobre as plantas. Esse fenômeno também é conhecido como geada branca.

Geada mista

Acontece a partir da união ou sequência das características climáticas das geadas advectiva e radiativa.

É necessário que haja ventos fortes e de longa duração, temperaturas abaixo de 0° C durante a noite, muitas nuvens e baixa umidade do ar.

Em seguida, o ar fica frio e seco, há vento calmo, pouca neblina e uma temperatura baixa durante a noite.

Entretanto, nem sempre a chegada de massa de ar polar traz um declínio acentuado para a temperatura local. 

Eventualmente, a partir de 4 graus, já podemos ver sinais de geada, embora de menor intensidade.

Geada branca e geada negra: qual é a diferença?

Podemos separar o fenômeno das geadas levando em consideração a sua origem.

Por outro lado, também é possível classificá-las usando suas características primárias, como cor e intensidade apresentadas na vegetação.

 

Geada branca

Esse tipo de geada recebe esse nome devido a sua principal característica: ser uma fina e branca camada sobre a superfície das plantas.

Conforme dito anteriormente, essa típica geada de radiação é considerada leve, por não provocar grandes danos às plantações.

Embora a água congele a 0 °C, a temperatura ainda não é letal.

Geada negra

A geada negra típica ocorre quando o ar está muito seco e a planta, consequentemente, morre. 

Isso é resultado do congelamento da água do interior do tronco, das folhas e raízes. 

Além disso, ocorre o choque térmico que queima a planta e a deixa negra, antes mesmo que ocorra formação e congelamento do orvalho.

Ocasionalmente, por causa das condições climáticas das regiões Sul e Sudeste do Brasil, a geada negra também é conhecida como geada de vento.

Outra consequência desse fenômeno é a desidratação dos tecidos vegetais, bem como os danos atribuídos aos ventos frios.

 

Não confunda geada com neve!

De antemão, vale dizer que a geada e a neve se formam quando o vapor de água atinge a atmosfera. 

Contudo, os processos e graus de temperatura divergem.

A neve surge nas nuvens, quando o vapor de água das grandes altitudes se transforma em cristais de gelo.

Conforme esses cristais passam por faixas de ar acima de 0 ºC, eles derretem e se transformam em chuva ou garoa.

A geada, por seu turno, se forma no chão.

Quando o vapor de água chega próximo ao solo e congela, dá-se origem a uma camada de pequenas agulhas geladas.

Para que ela ocorre, a temperatura do ar deve cair e estar igual ou abaixo de zero.

Como a geada impacta a agricultura?

As geadas podem ocasionar diversos prejuízos para o produtor rural, pois as baixas temperaturas podem não só modificar a estrutura física das plantas, como também impactar a nutrição do solo.

Nesse sentido, os danos do frio vão muito além de congelar as lavouras.

A geada, quando muito fria, acaba queimando a superfície e matando as plantas que toca.

Como resultado do congelamento, há um rompimento na parede celular e até mesmo a morte parcial ou total dos produtos que estão crescendo na lavoura.

Por outro lado, algumas medidas podem ajudar a diminuir os efeitos:

  •  irrigar algumas horas antes;
  • cobrir as plantações com plásticos;
  • cobrir com palha.

Outro caminho é consultar os órgãos ligados à agricultura local, que monitoram as condições atmosféricas para saber quais são as chances de ocorrer geada, assim como qual tipo é mais comum em sua região.

Além disso, essa consulta ajuda a esclarecer que medidas devem ser adotadas.

Entretanto, a prática de incendiar pneus está em desuso, pois a fumaça não impede a perda de calor pelas folhas.

Como minimizar os efeitos das geadas?

Existem algumas medidas que você, agricultor ou produtor rural, pode adotar, a fim de minimizar efeitos em sua lavoura ou plantação. Veja a seguir:

Planejamento do cultivo

Antes de tudo, é indispensável conhecer a melhor época do ano para seu plantio, ou seja, saber quais são o melhor local, a temperatura adequada e os cuidados necessários com o solo.

Em seguida, deve-se avaliar se há possibilidades de ocorrer uma geada que atinja a sua plantação.

Se a resposta for positiva, prepare-se para enfrentá-la.

Escolha do local de plantio

A avaliação da região e de suas características ambientais diz muito de como será o rendimento da sua produção.

Nesse sentido, você poderá escolher a cultura que mais se adaptar à realidade do clima local.

Utilização de variedades resistentes

Talvez seja uma boa alternativa investir na variedade de cultivo de uma mesma cultura, pois a tolerância ao frio pode ser diferente.

Por exemplo, o abacate-geada, ou barbieri, como também é conhecido tolera temperaturas de até –4 °C, diferentemente do abacate pollock, que aguenta até –1 °C.

Arborização ou sombreamento artificial

A utilização de coberturas artificiais ou o plantio de árvores de maior porte é outro caminho para evitar que geadas prejudiquem o trabalho.

Essa atitude também pode ajudar a equilibrar o microclima da região, assim como reduzir a perda de temperatura radiativa do solo.

Irrigação por borrifos

A princípio, essa técnica de proteção é ideal para aplicar quando a geada já estiver sob a lavoura.

O período ideal para a irrigação – que deve ser controlada entre 2 mm e 6 mm por hora – é nas noites em que ocorre o fenômeno. 

Isso ajudará a manter estabilizada a temperatura por volta dos 0 ºC, o que impede a formação da camada de gelo.

Nebulização artificial

A ideia aqui é a de induzir a criação de uma neblina artificial sobre a plantação.

Em outras palavras, trata-se de uma tentativa de imitar a função equalizadora das nuvens, buscando evitar a perda de calor pela superfície.

Existem benefícios na geada?

De fato, a geada traz grandes problemas para muitos agricultores e produtores rurais.

No entanto, em alguns cultivos, ela é esperada com festa por ajudar a aumentar a produtividade da plantação e evitar pragas.

Exemplo disso são as geadas que ocorrem em julho, de fundamental importância para as lavouras de inverno, bem como as de trigo, aveia, centeio e triticale.  

Em decorrência do fenômeno climático, a formação e o favorecimento para produção de espigas aumentam. Além disso, se reduzem as possibilidades de doenças no plantio. 

Por fim, a geada também atua como um herbicida, fungicida e inseticida natural, ajudando a combater pragas e doenças nas chamadas culturas de inverno, bem como as de trigo e cevada.

Conclusão

Em síntese, a geada é um fenômeno natural que pode ser ora danoso e destrutivo para as plantações e lavouras, ora benéfico e esperado com alegria por parte dos produtores.

Vale lembrar que medidas de prevenção podem facilitar o convívio com esse fenômeno, diminuindo os danos e estragos durante a geada e depois dela.  

Além disso, é importante consultar os órgãos ligados à agricultura local, que monitoram as condições atmosféricas, e é preciso evitar áreas onde o ar frio possa se acumular, como em baixadas.

Escolher o cultivo de plantas que tenham maior tolerância a áreas onde a ocorrência de geada for maior é um bom caminho para a sua preservação.

Por exemplo, a cultura do trigo dispõe de várias alternativas; já o milho e a soja, não. Fique atento!

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