A gestão de riscos compõe o processo de um negócio, inclusive os rurais, auxiliando em tomadas de decisões.
O risco faz parte do negócio, mesmo quando há um bom planejamento, bons produtos e serviços.
A má administração dos riscos na empresa pode prejudicar o empreendimento, havendo a necessidade de encerrar as atividades.
Por isso, é muito importante fazer essa gestão com eficácia, para proteger sua empresa.
Para entender melhor sobre o assunto, separamos tópicos que explicam os detalhes e a importância da gestão de risco para um empreendimento. Continue lendo.
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ToggleO que é um risco?
Segundo o dicionário, um risco é uma possibilidade de perigo que ameaça pessoas ou o meio ambiente. É a probabilidade de prejuízo, levar determinado empreendimento, projeto ou coisa ao insucesso.
Ou seja, um risco é a incerteza em relação ao curso e aos objetivos esperados pelos gestores, podendo ser um acontecimento, imprevisto ou oportunidade possível. Listamos alguns exemplos de riscos que podem acontecer:
- Acidente no trabalho;
- Acidente ambiental;
- Fraude;
- Fatores agronômicos;
- Rotatividade de funcionário;
- Dificuldade com a logística;
- Problema de caixa;
- Falta de estoque;
- Perda de fornecedor;
- Aumento de custos;
- Processo jurídico.
Na agricultura, é muito importante identificar a causa, para evitar consequências negativas no negócio. As causas são inúmeras e podem estar relacionadas às finanças, às operações, às falhas humanas, à falta de gerenciamento ou ao azar.
Cenários de produtividade, custos, faturamento, lucro e fontes de créditos atingem diretamente as tomadas de decisões do agronegócio.
Se algum risco trouxer uma consequência negativa para sua produção, é preciso direcionar o foco em amenizar o impacto negativo e implementar ações para que ela não ocorra novamente.
Qual é o objetivo da gestão de riscos?
A gestão de riscos tem como objetivo prevenir possíveis riscos. Por meio dessa gestão, também é possível analisar e identificar oportunidades, evitando desperdiçá-las.
Assim, são estabelecidas estratégias da empresa a serem aplicadas para atingir as metas esperadas.
Segundo dados da Embrapa, o Brasil perde em torno de 1% do seu PIB agrícola devido a riscos que poderiam ter sido gerenciados e amenizados.
Nenhuma empresa deseja ter prejuízos financeiros, pois isso poderia custar a vida do seu negócio; então, é muito importante sempre avaliar os dados relacionados ao produto e ao serviço que a empresa oferece, para garantir o consumo e, consequentemente, o lucro da empresa.
Quais são as etapas da gestão de riscos?
Cada etapa deve conter um objetivo específico e palpável. A seguir, abordaremos cada etapa de como fazer uma gestão de riscos, explicando suas características, para que você não tenha dúvidas na execução desse processo. São elas:
Identificar os riscos: é preciso encontrar as possíveis hipóteses, fragilidades e vulnerabilidades que podem prejudicar a conquista das metas estipuladas, sem desconsiderar nenhum dado sequer, pois mesmo que seja pequeno pode fazer a diferença no final da análise.
Análise qualitativa: definirá o nível de importância do risco e a chance de acontecer.
Análise quantitativa: investigará o efeito que cada risco pode ocasionar à empresa
Classificar os riscos: classifica ameaças já identificadas conforme a possibilidade e o impacto que ela pode causar, priorizando as ações a serem executadas.
Planejar e agir: depois de priorizar as ações, cada ameaça tem seu plano preventivo, restritivo e conclusivo, ou seja, tarefas de gerenciamento a serem aplicadas conforme a ordem de importância implementada anteriormente.
Monitorar: após obtidas as soluções possíveis, é preciso acompanhar o comportamento e os resultados para saber se o plano foi eficaz, se é possível utilizá-lo ou se há necessidade de refazê-lo por completo.
Existem ferramentas que podem auxiliar essa tarefa, como indicadores de desempenho, relatórios, controles sistematizados, política interna, canal de denúncias, mecanismos de controle, etc.
Gestão de riscos: exemplos
Existem diferentes tipos de riscos a que um empreendimento pode estar sujeito. Neste post, trouxemos alguns exemplos de riscos que podem surgir na sua empresa. A gestão aumenta a capacidade de amenizar ou tratar qualquer situação com eficiência.
Risco operacional
É dividido em organizacional, pessoal e operacional; está relacionado à falha interna da empresa, envolvendo sistemas internos, insumos, prestadores ou cadeia produtiva.
Risco financeiro
Evita perdas de faturamento, relacionadas a falhas de crédito, mercado, liquidez e operação.
Risco regulatório
Possíveis mudanças legislativas ou regulamentares.
Risco ambiental
Causado por agente químico, físico ou biológico.
Risco de reputação
Certifica a perda resultante de danos à reputação de uma empresa, seja em receita, seja em aumento do custo operacional ou de capital.
Risco de imagem
Perdas financeiras relacionadas a práticas incoerentes, eventos de risco e fatores externo que impactam a imagem da empresa mediante o mercado, como os investidores.
Risco imprevisível
Pandemias ou catástrofes naturais.
Risco estratégico
Riscos que podem afetar ou atrapalhar o objetivo estratégico da empresa.
Gestão de riscos: segurança do trabalho
O programa de gestão de riscos (PGR), é utilizado pelas empresas para documentar a totalidades de riscos que existem no ambiente de trabalho. Através dele, são implementados procedimentos e técnicas para a contenção dos riscos.
Gestão de riscos: ISO 31000
A ISO 31000 é uma regulamentação com normas de gestão de riscos elaborada pela International Organization for Standardization, sendo utilizada como referência no mundo todo. Em resumo, a norma possui os seguintes capítulos:
- Escopo;
- Referências normativas;
- Termos e definições;
- Princípios;
- Estrutura;
- Processo.
Na introdução da norma, é possível identificar onde devem ser aplicadas as diretrizes, podendo ser na ampliação, inserção e estabilização de métodos.
Também esclarece que ela deve ser usada por pessoas que criam e protegem o valor nas organizações, que geralmente são aquelas que gerenciam os riscos, tomam as decisões, estabelecem alcance e objetivos que melhoram o desempenho da empresa.
Gestão de riscos e compliance
A palavra “compliance” é derivada do verbo “to comply”, que significa cumprir leis, decretos, regulamentos, instruções aplicadas à atividade da empresa.
O compliance começou a surgir no Brasil em 1998, porém foi instituído somente em 2013 com a lei anticorrupção, que é regulamentada pelo decreto 8420/2015.
Trata a responsabilização objetiva, administrativa e civil de empresas pela prática de atos, contra administração pública, nacional ou estrangeira.
Atualmente, o compliance serve para que as organizações desenvolvam políticas que evitem situações de irregularidade, criando uma cultura ética e promovendo um ambiente seguro para trabalhar. Seus benefícios são:
- Prevenir os riscos na lavoura;
- Trazer mais segurança e eficiência nos processos internos;
- Dar mais qualidade aos serviços oferecidos;
- Promover uma cultura de compliance na empresa;
- Unir setores da empresa, como comercial, tecnológico e inovação;
- Valorizar a imagem do negócio;
- Aumentar a confiabilidade no mercado;
- Gerar oportunidades de negócio com parceiros que possuem o programa;
- Receber capitais de investidores que tenham essa exigência;
- Trazer confiança de trabalhar com fornecedores que possuem cultura de integridade.
O compliance compõe a gestão de riscos, pois controla e regulamenta as atividades se adequando às leis, garantindo o cumprimento dos regulamentos necessários para cada situação.
Gestão de riscos: governança corporativa
A governança corporativa é um sistema político, envolvendo regras e processos que direcionam e controlam o comportamento de uma empresa.
Dentro da gestão pública, a governança pode ser vista como um conjunto de ações que definem responsabilidades e ajudam a desenhar processos para a tomada de decisão, exercendo a autoridade de governar.
O conceito de governança corporativa surgiu em 1992 na Inglaterra, com o primeiro código de boas práticas de governança corporativa.
No mesmo ano, nos Estados Unidos, foi anunciada a criação do primeiro código de governança corporativa elaborado por uma empresa.
A governança corporativa propicia a perenidade do negócio e a sustentabilidade empresarial, pois possibilita uma gestão eficiente a longo prazo.
Atualmente, as boas práticas transparecem confiabilidade e credibilidade às empresas, garantindo mais segurança para a realização de negócios e proporcionando ambientes saudáveis no país.
Além disso, são agrupados profissionais mais capacitados e hábeis para enfrentar os desafios, garantindo a reputação e conformidade. A governança possui 4 valores, sendo eles:
Transparência
Disponibiliza às partes interessadas informações que sejam de seu interesse, devendo estar disponíveis e de fácil acesso a todas as partes envolvidas.
Equidade
Tratamento igualitário de todos os sócios e demais partes interessadas, garantindo que nenhuma das partes tenha privilégios ou pratique alguma política discriminatória.
Prestação de contas
Os agentes de contas devem prestar contas de sua atuação com clareza e assumir as consequências por seus atos e omissões, agindo com responsabilidade no seu papel.
Responsabilidade corporativa
Cuida da viabilidade econômico-financeira, reduzindo externalidades negativas de seu negócio e sua operação, aumentando as positivas e levando em consideração o seu modelo de negócio e os diversos capitais (financeiro, manufaturado, intelectual, humano, social, ambiental, reputacional e outros), no curto, médio e longo prazo.
A gestão de riscos tem um papel muito importante, mensurando seus pontos positivos e negativos e encontrando oportunidades de negócio. O mercado tem mudanças muito rápidas, e essa gestão pode minimizar os efeitos rapidamente e com eficácia.
TerraMagna: mais certeza para o seu negócio
Com todos esses desafios na gestão de riscos, entendemos que um planejamento e uma execução da gestão acaba trazendo maior segurança jurídica e financeira aos proprietários rurais quando são bem administrados e planejados.
Sabemos a importância do crédito para o agronegócio do país, que contribui para o desenvolvimento das propriedades rurais, potencializando o crescimento da economia brasileira, o que se traduz em mais insumos agrícolas, tecnologia e máquinas.
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