O mercado de fertilizantes está aquecido. O receio de ficar sem o insumo e o medo de mais aumento nos preços estão levando os produtores a comprar o quanto antes os fertilizantes que serão utilizados nas próximas plantações. Distribuidores também correm contra o tempo para garantir a entrega.
O que confirma essa agilidade nas compras são os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgados no final de abril, em que é possível notar que foram comprados 2,08 milhões de toneladas de insumos pelos importadores brasileiros, um milhão a mais em relação a abril de 2021. Portanto, percebe-se um forte crescimento que deve aumentar.
As compras do Brasil no exterior devem crescer mais de 190% no segundo trimestre deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo noticiado na mídia pela Forbes e pelo Globo Rural com informações de consultorias especializadas, totalizando em torno de US$ 7,3 bilhões (R$ 35,9 bilhões) no segundo trimestre.
Segundo as informações divulgadas, a importação de insumos pelo Brasil teve uma alta de 155%. Um valor que ficou em torno de R$11 bilhões para os fertilizantes nitrogenados, compostos de NPK (Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K)), que tiveram um crescimento de 204% em abril de 2022, se comparado com o mesmo período de 2021. Nos fertilizantes com base de fosfato, o crescimento foi de 181%, o que fica em torno de R$2 bilhões.
Esse crescimento registrado no Brasil também já é sentido no exterior. Ao observarmos os dados dos últimos boletins relativos às safras de milho e soja, divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), as áreas plantadas devem aumentar, o que indica que a demanda por fertilizantes deverá continuar em crescimento nos próximos meses e a concorrência para a compra no mercado internacional também. Essa situação exige ainda mais rapidez no fechamento de negócios para garantir a compra e a entrega.
