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Colheitadeira colhendo trigo maduro na lavoura

Lavoura: a busca do crescimento com sustentabilidade

Neste artigo, vamos entender o que é lavoura e conhecer práticas como o plantio direto, a integração lavoura-pecuária-floresta e a agricultura de precisão. 

Essas tecnologias permitiram que o plantio fosse realizado de forma produtiva e eficiente, além de ambientalmente responsável.

Veremos também quais são as tendências do agronegócio para a próxima década. 

Definição de lavoura

O termo “lavoura” pode ser usado para fazer referência ao ato de preparar o solo para cultivo ou como um sinônimo de agricultura

Pode, ainda, fazer referência ao resultado obtido após a colheita daquilo que foi plantado. 

A lavoura é um fenômeno que está em constante transformação

As primeiras formas de cultivo surgiram no período Neolítico, há cerca de 10.000 anos. 

Desde então, foram desenvolvidos diversos sistemas agrários, culminando com o advento, na atualidade, de uma agricultura mecanizada e cada vez mais especializada. 

Ao longo da história do manejo de lavouras, práticas inadequadas foram responsáveis por causar danos ambientais. 

Pode-se dizer que um dos principais desafios da atividade agrícola atualmente é equilibrar ganho de produtividade com condutas que garantam a sustentabilidade.

De acordo com a Embrapa, abordagens como plantio direto e integração
lavoura-pecuária-floresta
foram tecnologias de grande impacto para a agricultura.

A incorporação dessas tecnologias resultou em crescimento da produtividade e foi resultado do investimento em pesquisa, políticas públicas e extensão rural. 

Atualmente, a agricultura de precisão permite que tecnologias de ponta contribuam para que o campo alcance melhores resultados. 

Apresentaremos cada uma dessas tecnologias no decorrer do texto. Agora, vamos entender por que é necessário preparar o solo para o plantio. 

Por que preparar o solo?

O ato de lavrar a terra tem o objetivo de criar uma condição propícia para a introdução de sementes no solo, a fim de que sua germinação e seu desenvolvimento ocorram de forma correta. 

Também tem a finalidade de eliminar plantas que possam concorrer com a cultura principal.

Além disso, é importante que a preparação do solo promova a conservação da matéria orgânica para a manutenção de sua fertilidade ao longo do tempo. 

Confira a seguir as principais formas de preparo do solo. 

Lavoura convencional

Nesse sistema, são utilizadas técnicas de aração e gradagem para preparo da área de cultivo. 

A aração é feita com um arado de discos, em uma profundidade de 15 a 20 cm,
realizando-se o corte e a inversão de camadas do solo. 

Após a aração, é feita a gradagem com o objetivo de desfazer os torrões de terra. 

Esse processo aumenta a aeração, a infiltração de água, a mineralização de componentes orgânicos, além de destruir ervas daninhas e auxiliar no controle de pragas na lavoura. 

No entanto, esse sistema pode causar a degradação do solo, aumentar a erosão e ocasionar problemas de compactação do solo. 

Cultivo mínimo 

No cultivo mínimo, há uma diminuição do número de operações necessárias para o preparo do terreno. Além disso, o revolvimento do solo é menor e é feita a manutenção de parte da cobertura vegetal. 

Essa forma de cultivo pode ser feita por métodos como gradagem pesada e escarificação. 

Por meio do cultivo mínimo, conserva-se o teor de água presente no solo e há um menor risco de erosão. 

Plantio direto

No plantio direto, não há revolvimento do solo por técnicas convencionais como a aração e a gradagem. 

A semente é colocada diretamente no solo, que é mantido coberto por resíduos vegetais

Esse método reduz a compactação do solo, melhora sua estrutura, evita o impacto direto da chuva, diminui ervas daninhas e aumenta os níveis de potássio e nitrogênio no solo. 

São desvantagens desse sistema: necessidade de usar máquinas específicas, aumento do gasto com herbicidas e investimento em profissionais com conhecimento especializado. 

Apesar das desvantagens citadas, o plantio direto é considerado uma ferramenta primordial para o alcance da sustentabilidade nas lavouras.

Segundo a Embrapa, o plantio direto garante benefícios não apenas ao solo, mas proporciona um maior rendimento das culturas e ganho financeiro para os agricultores. 

De acordo com essa instituição, o plantio direto proporciona uma estabilidade maior da produção quando comparado a outros métodos de manejo do solo. 

O método reduz a erosão e representa, ao mesmo tempo, um menor risco de danos ao meio ambiente e um ganho de competitividade para a lavoura. 

Integração lavoura-pecuária-floresta

De acordo com a Embrapa, a integração lavoura-pecuária-floresta é uma estratégia que reúne, dentro de uma mesma área, os sistemas produtivos agrícola, pecuário e florestal.

Trata-se de um sistema produtivo sustentável, que surge no final dos anos 1990 em um cenário de busca por soluções para o problema da degradação dos solos no meio científico. 

Esse sistema permite diversificar a produção, otimizar o uso da terra e aumentar a produtividade. 

Pode ser feito em cultivo consorciado, em sucessão ou rotacionado. Além disso, é possível adaptá-lo para pequenas, médias ou grandes propriedades em todos os biomas do Brasil. 

De acordo com a Embrapa, o sistema pode ser feito com os três componentes da produção agropecuária ou apenas dois, de acordo com diferentes combinações. 

Por exemplo, no sistema agropastoril, usam-se os componentes lavoura e pecuária. No sistema silviagrícola, utilizam-se os componentes lavoura e floresta. Já no sistema silvipastoril, temos os componentes pecuária e floresta.

No caso da utilização dos três componentes, isso será feito com a alternância entre pecuária e atividade agrícola em sucessão ou consórcio.

O componente florestal será mantido durante todo o tempo, com disposição das árvores nas entrelinhas. 

Algumas das vantagens da integração lavoura-pecuária-floresta são:

  • promoção da biodiversidade e da sustentabilidade; 
  • promoção de maior bem-estar animal devido ao conforto térmico proporcionado pelo sistema; 
  • preservação da produtividade do solo; 
  • redução de riscos econômicos devido à diversificação da produção; 
  • redução da emissão de gases causadores do efeito estufa
  • aumento da oferta de empregos no campo. 

A Embrapa desenvolve pesquisas sobre o sistema de integração lavoura-pecuária-floresta desde pelo menos 1995, além de promover a difusão de conhecimento sobre o tema.  

Agricultura de precisão: tecnologia a serviço da lavoura

A agricultura de precisão foi instaurada no Brasil no início da década de 1990, proporcionando ferramentas que possibilitam um gerenciamento localizado das lavouras

Dentre as ferramentas usadas estão: sistemas integrados de gestão, sensoriamento remoto, máquinas com receptores GNSS, amostragem georreferenciada, etc. 

A agricultura de precisão vale-se de tecnologias avançadas como a internet das coisas (IoT), robótica, inteligência artificial e Big Data.

Com esses avanços, a lavoura deixou de ser vista como um todo homogêneo e passou a utilizar dados que permitiam tomar decisões assertivas e aumentar a produtividade. 

Esse conhecimento permitiu acessar informações sobre condições ideais de cultivo de culturas, características específicas do solo, controle de pragas, etc.

A adoção desse conjunto de ferramentas também propicia uma melhor preservação do solo, contribuindo para uma prática agrícola sustentável

A agricultura de precisão representa uma fase dos cultivos agrícolas em que há um emprego refinado de tecnologia que exige a atuação de profissionais altamente especializados. 

Dados sobre as tendências das principais lavouras do Brasil na próxima década

O avanço da tecnologia nas lavouras resultou em um crescimento de produtividade e eficiência que permitiu resultados cada vez mais expressivos.

Agora, vamos conhecer dados que mostram como esse crescimento ocorrerá nos próximos anos.

O documento Projeções do Agronegócio 2020/2021 a 2030/2031 publicado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apresenta as tendências do agronegócio para a próxima década

O trabalho foi elaborado por um grupo de técnicos do Mapa, da Embrapa e da UnB e traz indicações de qual será a provável evolução dos principais produtos da lavoura brasileira.  

Segundo o estudo, os produtos agrícolas que apresentam maior potencial de crescimento são algodão, soja, milho e frutas, principalmente a manga. 

Estima-se que as culturas de algodão, milho de segunda safra e soja devem permanecer dirigindo o crescimento da produção de grãos

Destacamos alguns dados sobre as lavouras brasileiras:

  • Atualmente, a área ocupada com lavouras representa 9,6% do território brasileiro. 
  • A área de todas as lavouras deve passar de 82,0 milhões de hectares para 93,3 milhões no final da próxima década, aumentando 11,3 milhões de hectares. 
  • Na liderança dessa expansão está a soja, que sozinha representará a ampliação da lavoura em 10,3 milhões de hectares. 
  • O milho de segunda safra terá a lavoura aumentada em 5,0 milhões de hectares e a cana-de-açúcar em 1,0 milhão. 
  • Na próxima década, a produção de grãos deverá alcançar 333,1 milhões de toneladas, um acréscimo de 71,0 milhões de toneladas em relação a 2020-2021. 

Isso representa um acréscimo de 27,1% ou uma taxa de crescimento anual de 2,4%.

  • O mercado interno será um dos fatores de crescimento na próxima década e absorverá 33,7% da produção de soja, 79,6% do milho e 43,0% do café. 

Em conjunto com o mercado interno, fatores como demanda internacional e ganhos de produtividade determinarão o crescimento da lavoura brasileira nos próximos dez anos.

As regiões com maior aumento de área e produção devem ser Centro-Oeste e Norte, com destaque para os estados de Tocantins e Rondônia na liderança. 

Conforme o estudo, é provável que a ampliação das áreas de soja e cana-de-açúcar ocorra pela substituição de outras lavouras, incorporação de novas áreas e de pastagens naturais. 

A expansão da área de milho de segunda safra deve ocorrer sobre áreas cedidas pela soja.

Segundo o estudo, para concretizar o crescimento projetado, é necessário fortalecer as áreas de infraestrutura, investimento em pesquisa e financiamento

Conclusão

Como vimos, a evolução das práticas empregadas na lavoura permitiu o abandono de condutas que causam a degradação do solo e outros impactos ambientais.

Neste artigo, abordamos o plantio direto, a integração lavoura-pecuária-floresta e a agricultura de precisão, que promoveu a aplicação de tecnologia de ponta no campo. 

Essas práticas representam um avanço na promoção da sustentabilidade em conjunto com o avanço da produtividade. 

Isso possibilitou que um crescimento significativo dos resultados da lavoura fosse alcançado. 

Também vimos que dados apresentados pelo Mapa confirmam essa tendência de crescimento para os próximos dez anos.

O surgimento de tecnologias que possibilitaram esse avanço só foi possível com o investimento no desenvolvimento de pesquisas, além da concessão de crédito.  

Conforme estudo elaborado pelo Mapa, o financiamento é uma área que deve ser estimulada para o fomento do desenvolvimento agrícola na próxima década. 

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