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O crédito para a safra 2022/2023

O agronegócio passa por um momento turbulento. Com a guerra no Leste Europeu, a preocupação com custos, abastecimento e logística com insumos cresceu. O preço do óleo diesel aumentou e trouxe mais encarecimento para o cotidiano das lavouras. A inflação atingiu, de forma rápida, a produção de alimentos.

A safra 2022/2023 já conta com uma certeza: o custo do crédito vai ficar mais alto. Ao menos é o que aponta a recente publicação da Portaria 5.327, do Ministério da Economia; segundo o documento, abriu-se um crédito suplementar de R$ 1.087.605.763 para reforçar os pagamentos de equalização de taxas de juros do Plano Safra vigente. Com isso, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) espera atingir R$ 15 bilhões com novos contratos de crédito para o setor agrícola ainda dentro do atual Plano Safra.

O Sistema Especial de Liquidação de Custódia (Selic) era de 4,25% ao ano; atualmente, é de 12,75%, mostrando que as dificuldades no campo vão aumentar e o acesso ao crédito agrícola já está mais caro.

Já antevendo que a demanda por crédito vai aumentar para o Plano Safra 2022/2023, que está sendo feito, a  Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entregou uma proposta do Mapa à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). No documento apresentado, o ponto principal está no pedido de aumento de 67% no valor do orçamento para a equalização de juros, com R$ 21,8 bilhões destinados à subvenção das operações de crédito,
R$ 8,8 bilhões a mais.

A CNA ainda propôs que as taxas de juros dos contratos de crédito rural ficassem abaixo de dois dígitos e justificou que só com taxas competitivas será possível investir na produção de alimentos, depois da alta nos custos da atividade que ocorreu nos últimos meses. 

A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), que tem 1.223 cooperativas do setor agropecuário, apresentou as propostas prioritárias do cooperativismo para o Plano Safra 2022/2023. Em reunião com o Banco Central, no início de maio, os representantes do Sistema OCB também pediram uma atenção especial às taxas básicas de juros para os financiamentos da próxima safra diante do cenário econômico global que se estabeleceu com a pandemia e se agravou com a guerra no Leste Europeu. Desse modo, as ações demonstram claramente uma preocupação das lideranças do setor com o custo do crédito agrícola para a próxima safra. Assim, os produtores rurais e a cadeia de negócios envolvida no setor aguardam com apreensão como vão ser os investimentos para que a lavoura brasileira continue a abastecer a mesa da população.

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