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Ilustracao mostrando o que e erosao do solo em terras agricolas apos fortes chuvas

O que é erosão? Saiba como proteger a sua lavoura

Não sabe o que é erosão? Então está colocando sua lavoura em risco, visto que o solo é a base para a agricultura, onde as plantas se desenvolvem, germinam e crescem.

No entanto, metade dos solos férteis para plantio do mundo está degradada.

Conforme estimativa de um estudo realizado pela Embrapa, cerca de 33% dos solos do mundo estão sofrendo com degradações.

A erosão do solo, como é chamado esse fenômeno natural, pode resultar na perda total ou parcial da fertilidade de áreas agrícolas e de pastagens, além de limitar ou impossibilitar a produtividade de setores da agropecuária.

Para o produtor, uma das funções mais importantes do solo é servir de suporte para as plantas, dando-lhes condições para produzirem seus frutos em equilíbrio com a natureza.

Apesar disso, é o solo que recebe as melhores sementes, selecionadas e alteradas geneticamente, algumas com funções de controle de pragas. Outras, por sua vez, visam aumentar a produtividade.

Ademais, o solo pode receber, eventualmente, fertilizantes, entre outras medidas de investimentos realizados na lavoura.

Entretanto, quando chove em excesso, a água costuma carregá-los para fora parte da terra, bem como os nutrientes essenciais, principalmente potássio (K) e fósforo (P).

Nesse sentido, não é tão simples fazer a recuperação do solo a curto prazo, ainda mais por se tratar de um fenômeno natural que vem se intensificando devido às ações humanas.

Além disso, para que haja uma formação de 1 cm de terra nova, são necessários cerca de 300 anos.

O que é erosão?

A erosão é o processo de deslocamento de terra que acontece de um lugar para o outro.

Na natureza, o fenômeno costuma ocorrer naturalmente, devido a ações do sol, dos ventos e principalmente da água da chuva.

No entanto, práticas do agronegócio listadas a seguir podem contribuir para o aceleramento desse processo:

  • desmatamento;
  • plantios em terrenos inclinados;
  • queimadas;
  • falta de diversificação das culturas;
  • abuso no uso de fertilizantes;
  • uso em excesso de áreas destinadas para pasto.

A erosão depende, também, de características físicas, químicas e biológicas do solo.

Dessa forma, os solos arenosos são mais frágeis ao movimento de terra.

Embora sejam mais permeáveis, eles normalmente são mais soltos, favorecendo seu carregamento pelas águas.

Solos mais firmes, por sua vez, conseguem ter a permeabilidade mais rápida, em razão do volume maior de macroporos.

Isso ajuda na retenção de água, reduz o escoamento superficial de terra e, consequentemente, o processo erosivo.

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) aponta que o fenômeno já atinge cerca de 80% da terra fértil do planeta.

Além disso, é a principal ameaça para a agricultura moderna.

Anualmente, os gastos globais com fertilizantes para repor os nutrientes perdidos já variam entre US$ 110 bilhões e US$ 200 bilhões.

Vale dizer que a preocupação com a conservação do solo não tem somente um caráter ambiental.

Tal ação está ligada à necessidade de manter o solo saudável e ampliar a sua capacidade de uso ao longo dos anos.

Continue a leitura e aprenda como você também pode ajudar!

Quais são as consequências da erosão para a agricultura?

O manejo inadequado do solo e da água está diretamente relacionado à deterioração severa de terrenos e lavouras, ocasionando:

  • perdas de solo;
  • redução da fertilidade natural devido ao escoamento de nutrientes;
  • perda na profundidade do solo;
  • aumento dos níveis de acidez e salinização do solo;
  • diminuição de sinais de atividade biológica e matéria orgânica;
  • menor retenção e infiltração de água;
  • acúmulo de terra e contaminação dos recursos hídricos;
  • perda da capacidade produtiva do solo;
  • destruição da fauna e da flora.

Da mesma forma, pode ocorrer uma série de impactos econômicos e ambientais.

Com o acúmulo de nutrientes como o potássio nos rios, a produção e desenvolvimento de algas é estimulada, bem como a diminuição de oxigênio na água, o que impossibilita a vida a peixes e outros seres aeróbios.

Além disso, há o risco de contaminação das águas, tornando-as impróprias para consumo.

Quais são as principais causas da erosão?

O desgaste do solo pode ser causado por diversos fatores, que podem ser de origem natural ou possibilitados pela ação do homem.

Na atividade agrícola, destacam-se:

Ação humana

Considerada a causa mais visível do desgaste do solo, a erosão tem como principal característica a perda de nutrientes da superfície do terreno por ação das chuvas.

Contudo, ações humanas como desmatamento, monocultivo e plantio em terrenos inclinados também resultam nesse fenômeno, assim como o uso excessivo de fertilizantes e defensivos agrícolas.

Além dos danos ao meio ambiente, o aceleramento da erosão reduz o potencial de produção agrícola, gerando perdas ao produtor.

Outro ponto está ligado à falta de vegetação sobre a superfície. A remoção dessa proteção natural do solo contra o impacto e a força das chuvas também potencializa o processo.

Entretanto, quando há uma vegetação de cobertura no solo, os sinais de perdas e evaporação de nutrientes são menores.

Da mesma forma, ajuda-se a conter maiores danos e proporciona-se uma melhor retenção e infiltração de água no solo.

Compactação

A perda de profundidade do solo é frequentemente associada à grande pressão de equipamentos agrícolas utilizados para arar a terra.

Por vezes, essas alterações físicas ocasionadas pelo excesso de peso sobre o solo formam uma camada compactada, popularmente conhecida por “pé-de-grande”.

O efeito da compactação do solo pode ser percebido nas seguintes situações:

  • presença de crosta e zonas endurecidas na superfície;
  • empoçamento de água;
  • erosão excessiva;
  • maior potência para o preparo do solo;
  • baixa emergência de plântulas;
  • raízes tortas, deformadas e/ou rasas;
  • folhas com coloração anormal;
  • menor retenção e infiltração de água.

Nesse sentido, solos compactados têm baixa capacidade de absorção, o que impede a penetração de água e a movimentação de nutrientes necessários.

Contudo, esse fenômeno faz com que a estrutura física e biológica seja alterada, influenciando negativamente no crescimento e desenvolvimento das plantas.

Salinização

Devido à alta taxa de evaporação da água no solo, a concentração de sais é maior e mais comum em regiões áridas e semiáridas.

Isso ocorre, principalmente, quando a água das chuvas ou de irrigação evapora e não escoa os sais da terra. 

Embora seja um processo natural, a baixa eficiência do sistema de irrigação ou drenagem insuficiente, quando intensificadas por altas temperaturas, podem ocasionar o acúmulo de sais.

Consequentemente, em um curto espaço de tempo, o solo fica improdutivo e, em casos mais graves, é levado à desertificação.

Fatores químicos

Esse tipo de dano se dá por falta de nutrientes ou por excesso de elementos tóxicos.

Entre as principais causas, estão a salinização e o escoamento de nutrientes (lixiviação), que prejudicam diretamente a qualidade do solo.

Por analogia, essa degradação ou desequilíbrio do terreno é resultado de práticas agrícolas inapropriadas, como tentativas de neutralizar a acidez do solo (calagem), excesso de adubação ou irrigação.  

Do mesmo modo, quanto menor for a disponibilidade de nutrientes em virtude de alcalinidade, acidez ou alagamentos, maiores serão a degradação e a perda da fertilidade do solo.

 

Uso excessivo de defensivos e fertilizantes

O uso desenfreado de fertilizantes e defensivos agrícolas estão entre as causas mais frequentes da infertilidade do solo por contaminação química. 

Esses produtos provocam mudanças na composição do solo, tornando-o improdutivo podendo contaminar o lençol freático.

A utilização de químicos sem uma análise prévia desestabiliza a fabricação de nutrientes importantes para as plantas, e seu uso descontrolado pode destruir toda a vegetação local.

Entretanto, para que isso não ocorra, é necessária a realização de uma análise química do solo a cada safra, a fim de repor os nutrientes extraídos na safra anterior.

Além disso, é necessário fazer o controle de pragas, doenças e plantas daninhas, que podem prejudicar a produtividade da próxima colheita.

Como evitar a erosão do solo?

A principal técnica usada no Brasil é o Sistema de Plantio Direto.

Segundo a Embrapa, o método pode ajudar a diminuir as ocorrências de erosão em até 95%, caso for seguido à risca.

Tais ações têm como objetivo proteger o solo, com ausência de arados (revolvimento) e o aumento da diversificação de cultivos.

Existem diversos modos de corrigir os efeitos da degradação. Alguns deles são:

  • redução do desmatamento;
  • Sistema de Plantio Direto;
  • rotação de culturas;
  • adubação verde;
  • terraceamento;
  • cultivo em contorno;
  • precisão na aplicação de fertilizantes;
  • irrigação de forma correta;
  • controle de queimadas;
  • controle de tráfego.

Essas práticas refletem na qualidade do solo e no aumento da produtividade, garantindo a sustentabilidade agrícola.

No entanto, ainda são necessárias políticas públicas e legislações para estimular o produtor a adotar práticas que encorajem a conservação do solo sem perder a lucratividade.  

Conclusão

Definitivamente, aprendemos que a erosão é um fenômeno natural. Todavia, ações humanas podem acelerá-lo e agravar os impactos.

Nesse sentido, de nada adianta ter uma lavoura se não houver estratégias de cultivo sustentável.

Ações assim fazem com que o escoamento superficial de água seja facilitado; é como se existisse uma torneira aberta jogando fora todos os nutrientes que fariam a sua plantação render.

Dessa forma, quando medidas capazes de contornar esse problema são tomadas, o lucro da lavoura também está sendo protegido.

Por fim, mesmo que você invista em sementes com alto potencial genético, com qualidade assegurada na proteção contra pragas e doenças, bem como em fertilizantes e em manejo fitossanitário, não haverá bons resultados se a erosão não for controlada.

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