Segundo a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), o inoculante é um produto que contém grande quantidade de bactérias que beneficiam a lavoura. Ele intensifica o processo natural da fixação biológica de nitrogênio (FBN), por meio do qual bactérias que vivem no solo se associam às plantas, pegam o nitrogênio do ar e o transformam em alimento para a planta. Os principais inoculantes disponíveis no mercado são os líquidos e os turfosos; os líquidos são usados no tratamento das sementes, na hora de semear e também por aplicação foliar; já os turfosos são empregados no tratamento das sementes.
De acordo com estimativa da ANPII (Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Inoculantes), na safra 2020/21, foram negociadas mais de 90 milhões de doses de inoculantes, das quais 80 milhões se destinaram às lavouras de soja.
A fixação biológica do nitrogênio traz uma economia anual de 14 bilhões de dólares ao Brasil, de acordo com pesquisas feitas pelos cientistas da Embrapa. São essas novas tecnologias que ajudam os produtores rurais na adubação das lavouras de grãos. O padrão de qualidade dos inoculantes brasileiros se deve a uma rigorosa pesquisa do setor, com reconhecimento internacional. Isso submete os produtos do país a um constante aprimoramento, o que inclui padrões de qualidade em sintonia com as necessidades dos produtores de grãos.
Para ajudar o agricultor e orientá-lo na hora da compra, um documento foi elaborado pela CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) e pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Entre as orientações, está o cuidado em observar as garantias oferecidas pelas empresas e o número de registro no Mapa. Na dúvida, é possível realizar a consulta da lista com as 485 empresas aptas a comercializarem inoculantes no país.
O uso de inoculantes pelos agricultores brasileiros é uma prática já consolidada, o que prova que o setor está atento às novas tecnologias que ajudam a melhorar a rentabilidade das lavouras.
