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Homem lançando a rede nas aguas representando a piscicultura

Piscicultura: panorama geral sobre esse ramo do agro

A piscicultura é um ramo promissor do agronegócio, devido ao forte potencial de geração de renda em várias regiões do Brasil. 

Nossa enorme faixa litorânea e os abundantes recursos hídricos do território brasileiro são bons diferenciais.

Muitos produtores têm interesse em ingressar no ramo; por isso, indicamos estudar o modelo de negócio e os procedimentos, para que a criação de peixes seja produtiva e lucrativa. O cenário é bom para quem tem interesse!

De acordo com levantamento da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), o Brasil produziu mais de 800 mil toneladas de peixe em 2020

O resultado mostra um crescimento de 38,7% diante do volume registrado em 2014, quando foram produzidas quase 600 mil toneladas. A maior parte é consumida no mercado interno nacional, e apenas 1% se destina à exportação.

Neste artigo, falaremos tudo o que você precisa saber sobre a piscicultura antes de botar a mão na massa e começar. Vamos lá!

O que é piscicultura?

Trata-se do cultivo de peixes, uma atividade praticada há muito tempo. Existem registros de que os chineses já cultivavam vários séculos antes de nossa era e de que os egípcios já criavam a tilápia-do-nilo há 4000 anos.

No Brasil, a maior parte das atividades relacionadas à piscicultura ocorre em propriedades rurais, em fazendas com açudes ou represas.

Assim, as atividades se desenvolvem com pouca mão de obra. Vale destacar que a piscicultura não conflita com as outras atividades desenvolvidas nas fazendas. 

Pelo contrário, é um complemento muito bom, visto que tem o ponto positivo de reciclar subprodutos e resíduos, transformando-os em proteína animal.

O desenvolvimento da piscicultura brasileira teve como base as espécies exóticas (por exemplo, a tilápia), que se reproduzem em tanques e permitem o cultivo controlado.

Elas são as espécies mais indicadas para criação em represas e açudes das propriedades rurais.

Desse modo, as propriedades agrícolas providas de açudes representam um potencial enorme para a produção perene de peixe de alta qualidade e a custos baixos.

Qual é a importância da piscicultura?

Em 2020, o Brasil foi o décimo terceiro maior produtor mundial de peixes; quando se trata de peixes produzidos em água doce, o país sobe para a oitava colocação no ranking em virtude da produção na região amazônica

A piscicultura brasileira responde pela quarta maior produção global de tilápia; essa espécie representa 60% dos peixes produzidos nacionalmente.

Ou seja, é evidente que a criação de peixes funciona como impulsionadora do desenvolvimento socioeconômico ao mesmo tempo que alavanca a produção de alimentos de alto valor nutritivo.

Atualmente, a piscicultura gera cerca de 1 milhão de empregos no Brasil, direta ou indiretamente.

A atividade tem um grande potencial de crescimento no país, podendo se tornar uma fonte relevante de proteína diante da crescente demanda por alimentos no mundo. 

Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), existem mais de 11 mil rios, riachos e córregos registrados no Brasil. Além disso, país detém uma das maiores faixas costeiras do mundo, com mais de 7,4 mil quilômetros. 

A piscicultura é realizada, inclusive, no semiárido, podendo estar associada ao cultivo de outros alimentos.

Assim, essa prática proporciona um elevado nível de qualidade do peixe para consumo humano.

Possibilita, também, a criação de espécies que estão ameaçadas de extinção, contribuindo para a preservação da diversidade da fauna e gerando renda ao pequeno e médio produtor rural.

Quais são os tipos de produção da piscicultura?

São três os tipos de produção: extensivo, semi-intensivo e intensivo. 

O sistema extensivo refere-se à prática tradicional e rudimentar, representada pela técnica de cerco.

Por exemplo, em áreas destinadas a outras finalidades, como armazenamento de água, bebedouro de animais, etc., a população é composta principalmente de espécies nativas da região. 

A alimentação dos peixes depende apenas do que é produzido naturalmente na água, fertilizada pelos próprios animais que ocupam o local. O investimento é baixo, assim como a produtividade por área.

No cultivo semi-intensivo, existe um condicionamento e uma influência no cultivo, por meio de suplementação alimentar e tratamento químico da água.

O sistema intensivo, por sua vez, apresenta uma produção mais controlada e sistematizada, que busca a otimização da criação e o melhor retorno produtivo. 

O cultivo é feito em tanques-rede, estruturas submersas feitas de telas de arame revestido de PVC, para confinamento da criação em açudes ou represas. 

Entre as espécies mais cultivadas nesse processo estão o salmão, o atum e a tilápia.

A prática intensiva é a que mais cresce nos países em desenvolvimento atualmente, pois permite a livre e constante circulação da água, que mantém o oxigênio necessário à criação, facilitando a retirada e o manejo dos peixes.

Isso diminui os custos com tratamentos de doenças e, além disso, a produtividade é muito superior à de outras técnicas.

Comparando os sistemas intensivo e tradicional, a produtividade do primeiro chega a ser 100 vezes maior, gerando 200 quilos de peixe por m³, contra apenas 2 quilos por m³ do tradicional.

Como começar sua piscicultura?

O primeiro passo para começar sua criação de peixes é escolher um local apropriado; a infraestrutura é a chave para o sucesso do negócio, bem como a qualidade da água e do solo, a topografia do terreno e as características do clima.

Onde posso criar peixes?

O tipo de local escolhido fica a seu critério e do espaço que você tem disponível. É possível instalar sua piscicultura no mar, em açudes, represas, barragens, viveiros ou lagos naturais e artificiais.

É preciso ficar atento aos principais parâmetros de qualidade da água! O local precisa oferecer meios para um bom controle da temperatura de água e dos níveis de oxigênio, gás carbônico, pH, amônia e turbidez.

Assim, você garante a saúde e a reprodução dos peixes e assegura a produtividade!

É importante também instalar uma estrutura adequada de contenção para evitar a fuga de peixes e a entrada de predadores. 

Uma dica: essa contenção deve ser feita em arame galvanizado revestido de polietileno.

Preciso de autorização para desenvolver minha piscicultura?

Esse é outro ponto importante; é preciso regularizar a criação de peixes nos órgãos públicos antes de iniciar a exploração do local para produção.

Em São Paulo, por exemplo, o produtor deve procurar a Companhia Ambiental do Estado para receber o licenciamento ambiental e a outorga da água e fazer registro junto à Secretaria de Agricultura do Ministério da Agricultura.

Ou seja, pesquise quais são as autoridades competentes no seu estado ou região e que documentos devem ser levados para a regularização.

Que tipos de peixes posso criar?

A seleção de espécies de peixes da sua piscicultura também depende de vários fatores. 

Primeiramente, destacamos que elas devem ser oriundas de outros produtores credenciados, com qualidade e ausência de doenças comprovadas.

Depois, a escolha fica a critério das características do peixe. Recomendamos que você procure espécies resistentes, com boa taxa de crescimento e reprodução.

Também vale se informar sobre as preferências do perfil de consumidor para o qual a venda se destina. Algumas das principais raças de peixes indicadas para cultivo em piscicultura são:

Cuidados essenciais para a manutenção da sua piscicultura

Para garantir que sua piscicultura seja produtiva, não basta apenas colocar os peixes em local apropriado; é fundamental manter uma rotina de cuidados básicos com a criação.

Alguns fatores que fazem a diferença e podem ser a chave para melhorar sua produtividade:

  • ração de boa qualidade;
  • alimentação frequente para os peixes;
  • separação dos casais para reprodução de 15 a 30 dias;
  • tanque reservado para as ovas no primeiro mês de vida.

Como se tornar um piscicultor?

Se você que quer iniciar um projeto de piscicultura, o primeiro passo é buscar orientação sobre as normas regulamentadoras da sua região. 

Como mencionamos, a criação de peixes deve ser estruturada de acordo com os órgãos regularizadores do meio ambiente.

Os peixes serão rigorosamente avaliados pela vigilância sanitária e precisam atender a todos os padrões de qualidade exigidos para o consumo. Além disso, listamos a seguir outros pontos em que você precisa ficar de olho.

Infraestrutura

O sucesso do seu negócio vai depender principalmente da escolha do local onde o projeto será desenvolvido. 

Dessa forma, a qualidade da infraestrutura é primordial, e diversos fatores devem ser considerados e analisados antes de sua implantação. 

Os fatores biológicos também são muito importantes; você deverá observar principalmente a água e a qualidade do ambiente. As duas principais alternativas para começar são a construção de um lago artificial ou viveiro.

Espécies

Outro ponto fundamental é saber quais espécies serão cultivadas. Nesse ponto, é preciso se lembrar do consumidor, afinal de contas será ele quem vai movimentar o mercado. 

Mesmo que determinada espécie apresente as características ideais de resistência, crescimento e reprodução, se ela não agradar ao consumidor, talvez você deva repensar. 

Deve-se dar preferência ao cultivo de espécies de peixes que atendam a esse conjunto de requisitos e que façam brilhar os olhos dos clientes. 

As mudas de peixes mais indicadas para entrar na área de piscicultura são pacus, tilápias, carpas-capim, carpas coloridas, carpas-húngaras, curimbatás, dourados, lambaris, piaçus, piracanjubas, entre outras.

Invista na piscicultura para seu negócio

Como você viu ao longo deste artigo, a piscicultura é um grande investimento para você, produtor, e para seus negócios.

O investimento nessa atividade pode ser altamente rentável para quem quer ter fazendas cada vez mais ricas e produtivas. 

Se você deseja auxílio nessa jornada com a piscicultura e com a produtividade em campo, a TerraMagna pode te ajudar com isso! 

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