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Trator aplicando defensivo no campo representando o plantio direto

Plantio direto: saiba tudo sobre essa técnica revolucionária

As estimativas de área de plantio direto no Brasil são de 9 milhões de hectares, segundo dados da World Wide Fund for Nature (WWF).

Além dos benefícios ambientais, os agricultores tendem a ter ótimos ganhos com a implementação desse sistema na lavoura.

Isso significa que o número de propriedades rurais que utilizam essa técnica agrícola só tende a crescer.

Por isso, preparamos este artigo; para te ajudar a entender melhor sobre o plantio direto e como ele pode ser benéfico tanto ao nível econômico quanto no produtivo do agronegócio.

O que é plantio direto?

Plantio direto é um sistema de manejo agrícola em que há pouca intervenção no solo. No momento de realizar a plantação, há pouco ou nenhum revolvimento da terra.

A técnica funciona por meio da cobertura do solo com palha e rotação de culturas. A matéria orgânica de plantios anteriores é aproveitada. 

Isso garante grandes benefícios para o agricultor e para a terra, pois evita o risco de ocorrer erosão e aumenta o potencial fértil do solo. 

Os três princípios do plantio direto

Há três pilares que você conhecer antes de adotar o sistema de plantio direto na sua plantação:

  • ausência de revolvimento do solo ou pouca intervenção;
  • rotação de culturas;
  • cobertura do solo com palhada.

Pouca intervenção no solo é o princípio fundamental do plantio direto. A intervenção só deve ocorrer na parte mais superficial da terra e somente se for necessário.

Normalmente, quando o solo está compactado, é preciso realizar a correção por meio do revolvimento para torná-lo homogêneo.

Já a técnica de rotação de culturas, além de contribuir para o meio ambiente, aumenta a rentabilidade da lavoura. 

Funciona da seguinte maneira: há a alternância de diferentes culturas agrícolas na plantação. 

No momento em que florescerem, os restos de matéria orgânica são reaproveitados pela nova cultura plantada.

Com isso, os nutrientes são mais bem absorvidos pelas plantas e o solo tem maior proteção contra pragas e outras doenças que acometem as lavouras.

Veja sobre isso também: Praga: o que é, por que é prejudicial e como combatê-la!

Já o último princípio, a cobertura com palhada, é fundamental para evitar que o solo sofra com a erosão. 

Ao reaproveitar os restos orgânicos no processo de rotação de culturas, o agricultor pode utilizá-los para cobrir o solo.

Desse modo, as palhas ajudam a aumentar os recursos hídricos da terra e a fertilidade da lavoura.

No entanto, é importante que o produtor rural saiba que, para o seu plantio direto obter sucesso, é necessário aplicar os três princípios juntos.

Ao fazer isso, há um maior controle de pragas e maior rentabilidade das culturas.

Diferenças entre o plantio direto e o convencional 

Trator faz plantio de trigo em plantio direto em sistema palha

A principal diferença entre o plantio direto e o convencional está na preparação do solo.

Enquanto o direto exige pouca ou nenhuma intervenção na terra, o convencional necessita que ocorra a retirada da vegetação do terreno e o revolvimento do solo por meio da aração.

No sistema convencional, há ainda o uso de calcário e outros defensivos agrícolas para controlar a acidez da terra e eliminar pragas.

Já no plantio direto, apenas o uso de matéria orgânica e restos de culturas é suficiente para a saúde do solo. Apesar disso, pode ocorrer a utilização de alguns insumos de forma reduzida.

Quanto aos custos, o sistema de plantio convencional é mais barato no momento da sua implementação quando comparado ao plantio direto.

No entanto, é necessário realizar manutenções periódicas, que, a longo prazo, se tornam mais caras para o produtor rural.

No plantio direto, por sua vez, após a técnica ser adotada, os custos tendem a reduzir e a lucratividade, a aumentar.

Assim, ao analisar o custo total de ambos os sistemas, o plantio direto é mais rentável a longo prazo.

Agora que você já sabe a principal diferença entre as duas técnicas, conheça os principais benefícios obtidos com o plantio direto.

Benefícios do sistema de plantio direto

O plantio direto atua na prevenção da erosão e aumenta a fertilidade do solo, além de possibilitar o aumento da matéria orgânica no solo e a melhoria da estrutura da terra.

Outros fatores vantajosos são:

  • boa disponibilidade de recursos hídricos no solo;
  • captura de carbono pelas plantas, contribuindo para o meio ambiente;
  • pouca ou nenhuma necessidade de máquinas agrícolas;
  • aumento de atividade química e biológica na terra.

Todas essas vantagens são possíveis devido à pouca intervenção de químicos e outros produtos no solo. 

Por ser um manejo mais natural, a terra fica livre de contaminações e seus nutrientes são impulsionados e muito bem aproveitados.

Além disso, ao cobrir o solo com matéria orgânica, há a prevenção de doenças agrícolas e outras pragas daninhas que afetam a plantação.

Para o produtor rural, os custos com a produção são menores e mais rentáveis. Afinal, os gastos com maquinário e herbicidas são quase inexistentes.

No quesito produtividade, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), há um aumento de 30% de rentabilidade na lavoura que usa o plantio direto. 

Quanto às questões financeiras, o sistema permite uma economia de 1 bilhão de reais por ano.

Leia também: Herbicida: o aliado nas plantações para reduzir as plantas daninhas

Desvantagens desse tipo de plantio

Como todo sistema, o plantio direto tem prós e contras, como a necessidade de conhecimento técnico por parte dos agricultores e aumento de pragas se o sistema não for implantado de forma correta.

Um aspecto está interligado ao outro. Afinal, com os conhecimentos técnicos necessários sobre o plantio, as chances de falhas e problemas (como o surgimento de pragas) são baixas.

Se o agricultor não souber implantar esse método, terá de lidar com problemas usando defensivos agrícolas quando as pragas não são controladas de forma natural.

E, por fim, outra desvantagem é a compactação do solo, que deve ser corrigida conforme acontecer.

Antes de implantar, planeje!

Além de estudar sobre o sistema de plantio direto, é necessário realizar um planejamento agrícola capaz de diminuir as chances de ele ser ineficiente.

E como fazer isso? Observar o solo antes de implementar o sistema ajuda a identificar plantas e outras ervas daninhas que podem prejudicar a sua lavoura.

Outro ponto é perceber a compactação do solo e realizar o revolvimento. 

O clima e a época do ano também devem ser avaliados antes de introduzir o plantio direto na sua produção agrícola.

Isso porque a matéria orgânica aumenta o recurso hídrico da terra, o que pode ser um malefício para momentos de muitas chuvas e grande umidade.

Como implantar o plantio direto

Para começar um sistema de plantio, após traçar o planejamento agrícola, você não pode se esquecer de algumas etapas fundamentais:

  • preparar o solo e realizar a correção da terra, se for necessário;
  • planejar qual será o sistema de rotação de culturas a ser implementado;
  • controlar plantas e ervas daninhas com o uso de herbicidas e outros defensivos;
  • realizar a manutenção da cobertura palhada para não ocorrer erosão.

Depois, defina quais serão as culturas a serem utilizadas, a época de plantio e os insumos necessários para garantir o sucesso do sistema.

Contratar uma equipe especializada pode ser necessário. Planejar a implementação do sistema com especialistas diminui a chances de insucesso na lavoura.

A adoção da diversificação de culturas é o pilar essencial do plantio direto. No entanto, é necessário que o produtor rural saiba como aplicar esse método.

Há quatro maneiras, conforme descreveremos a seguir.

  • Alternância de culturas

É quando há a sucessão de plantios em um mesmo ano, por exemplo: plantação de trigo no inverno e soja na época seca.

  • Rotação de culturas

É o processo mais tradicional e mais rentável, no qual há a plantação de diferentes espécies numa mesma época.

  • Cultivo simultâneo

Plantio de uma ou mais espécies com características diferentes.

  • Adoção de cultura intermediária

É quando há um intervalo entre o cultivo de uma espécie e o plantio de outra. Nesse período, é possível adotar uma cultura de transição sem prejudicar a fertilidade do solo, como o milheto.

Assim, para implementar o plantio direto na sua lavoura, é necessário aliar o conhecimento técnico com as boas práticas apresentadas ao longo do texto. 

Saber quais culturas se adequam ao sistema também é importante. Para isso, você deve avaliar o clima da sua região.

Em lavouras localizadas no Norte e no Centro-Oeste, a Embrapa recomenda o plantio de culturas que se firmam em climas quentes e secos. Milho e braquiárias são ideais para serem cultivados nessas condições.

Conclusão

Como você viu até aqui, o plantio direto vem chamando cada vez mais a atenção dos produtores rurais pelas suas vantagens oferecidas.

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