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Agricultor examinando a soja no campo olhando para a praga lagarta.

Praga: como combater o que gera tanto prejuízo

Surpresas negativas são sempre prejudiciais na rotina de um produtor; uma dessas surpresas é a praga agrícola.

Elas são organismos que atacam ou transmitem doenças para as culturas, com isso reduzem a qualidade das plantações.

De acordo com a FAEMG (Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais), o dano econômico causado pelas pragas agrícolas chega a R$ 55 bilhões ao ano no Brasil.

Se você quer evitar danos dessa proporção, então este artigo é ideal para você. Nele, falaremos sobre as principais pragas, como evitá-las e combatê-las. Continue lendo!

O que é praga agrícola?

Podemos chamar de praga todos os organismos capazes de reduzir a produtividade e a qualidade dos cultivos ou que transmitem doenças. Quando esses organismos crescem descontroladamente, eles se tornam pragas.

Por exemplo, um inseto se torna praga quando ele aumenta em população, ao ponto de ocasionar perturbações no desenvolvimento da lavoura e prejuízos econômicos.

Quais são as principais tipos de praga?

O Brasil conta com uma lista de várias pragas que atacam as culturas. É importante conhecê-las e saber de quais maneiras elas prejudicam as plantações.

Vale ressaltar que todas as pragas que causam danos à cultura devem ser monitoradas e controladas, por isso fique atento às seguintes:

Lagarta-do-cartucho

A lagarta-do-cartucho costuma se hospedar na base da planta e é considerada uma das pragas que mais causa prejuízos ao milho, atacando especialmente na parte central, no miolo do planta.

Os danos, que podem ocorrer do plantio até a colheita, são:

  • folhas perfuradas e raspadas;
  • espigas danificadas;
  • cartucho destruído;
  • excreções pela planta.

Geralmente, o ataque se inicia na base da planta, causando danos expressivos, que ficam ainda maiores em épocas mais secas.  

Mosca-branca

A mosca-branca ataca principalmente culturas do algodão, soja e feijão e é uma das principais pragas agrícolas encontradas no Brasil.

É considerada um inseto de difícil controle. Além de prejudicar a estrutura estética das plantas, traz outros problemas para as culturas, como a transmissão de vírus.

Tanto em sua fase inicial quanto adulta, a mosca-branca é capaz de causar danos à cultura ao introduzir-se na planta e injetar uma espécie de toxina que altera o desenvolvimento e a reprodução da plantação, reduzindo a produtividade drasticamente.

Ácaro-rajado

Outra praga muito comum em território nacional, o ácaro-rajado trata-se de uma espécie polífaga, ou seja, que ataca diferentes tipos de cultura, por isso é uma grande preocupação para os produtores.

Ele se desenvolve bem em locais com temperatura que varia de 25ºC a 28ºC e clima seco. Seu principal hábito é formar teias nas folhas, criando um ambiente próprio para o seu desenvolvimento e proteção de ataques de predadores.

O ácaro-rajado faz a sucção da seiva, causando prejuízos à fotossíntese e deixando as folhas amareladas, o que pode levar à desfolha e, até mesmo, à morte da planta. 

Percevejo-marrom

Essa praga está presente em diferentes regiões do país, especialmente nas que contam com um clima mais quente, e é considerada uma das que mais atacam a cultura da soja.

Ele se alimenta do grão da soja, ou seja, por atacar as sementes, prejudica essa cultura desde as fases iniciais. 

Além disso, o percevejo-marrom transmite doenças fúngicas, sugando a seiva e injetando toxinas que podem resultar no apodrecimento dos frutos.

Cigarrinha-das-pastagens

A cigarrinha-das-pastagens ataca todos os tipos de pastagens, sendo as braquiárias as mais afetadas. Por esse motivo, ela também assombra a cultura do milho, visto que está se tornando cada vez mais comum a integração milho-braquiária.

Ela é um inseto sugador, que “pica” a planta para se alimentar da seiva e libera uma toxina que bloqueia os vasos das células, causando consequentemente o amarelamento, sintoma típico dessa praga agrícola.

Praga Bicudo

Também conhecido como bicudo-do-algodoeiro, é considerado a principal praga agrícola dos algodoeiros no Brasil e em outros países da América do Sul.

Algumas pesquisas afirmam que essa praga pode causar danos que chegam a 70%, se não for controlada da maneira correta. Isso porque ela possui alta capacidade de reprodução, o que eleva o poder destrutivo.

O bicudo é atraído pelo cheiro vindo dos botões florais e costuma aparecer em maior número no estágio de florescimento das plantas, assim afeta mais os botões florais.

Após o ataque dessa praga, os botões ficam com as folhas abertas e, em seguida, caem das plantas.

Pulgões ou afídeos

Os pulgões são insetos pequenos, com um longo aparelho bucal que torna essa praga um tipo de picador-sugador.

Essa praga causa declínio rápido da planta, seca dos galhos a partir das extremidades e deixa as folhas amareladas. Além disso, folhas e frutos ficam menores e surgem sintomas de deficiência nutricional.

Devido à intensa sucção de seiva, os pulgões produzem um volume significativo de excrementos tóxicos, que cobrem as folhas, deixando-as pegajosas ou cobertas com fumagina.

Conhecer cada uma das pragas acaba criando um medo coletivo nos produtores, pois sabemos que elas, de fato, são muito prejudiciais.

Mas não precisa se desesperar: explicaremos a seguir os fatores que causam o surgimento delas e como evitá-las.

Como a praga surge na lavoura?

Os principais fatores que podem contribuir para o aparecimento de pragas nas diferentes culturas agrícolas são:

  • Falta de medidas de controle;
  • Plantações de espécies suscetíveis ao ataque das pragas muito próximas;
  • Falta de rotação de culturas;
  • Plantio em regiões ou estações suscetíveis ao ataque de pragas;
  • Plantio direto;
  • Adubação desequilibrada (plantas mal nutridas são mais vulneráveis ao ataque de pragas);
  • Uso inadequado de praguicidas (erro na dosagem, produto, época de aplicação ou metodologia).

Todos esses fatores contribuem para atração e desenvolvimento das pragas; ao evitá-los, consequentemente você evita esses organismos.

No entanto, mesmo com todas as precauções, sabemos que as pragas podem acabar surgindo. Nesse cenário, o que resta a fazer é combatê-las!

Como combater a praga?

Alguns métodos têm tido destaque no combate às pragas. Os que citaremos a seguir foram desenvolvidos e aplicados para complementar e reduzir o uso de defensivos agrícolas na lavoura.

Novas tecnologias de aplicação

As tecnologias têm sido muito usadas junto a outra maneira de combate às pragas: a aplicação de defensivos.

Unindo as duas, é possível reduzir ao máximo as perdas de defensivos e dosar na medida certa a quantidade de produto utilizado.

Um exemplo é o sistema de telemetria, que calcula a dose e o volume de produtos aplicados com base em dados retirados do clima, como nível de temperatura e umidade, do maquinário e das condições do solo.

Esses recursos tecnológicos são muito comuns na agricultura de precisão, que trabalha com várias tecnologias e técnicas que registram e analisam dados sobre os diversos fatores que podem influenciar a produção.

MIP — Manejo Integrado de Praga

O Manejo Integrado de Pragas são diversas técnicas alternativas recomendadas pela comunidade científica, para reduzir as pragas de um modo inofensivo nas lavouras.

As técnicas utilizadas no MIP contribuem para economizar na compra de agroquímicos, uma vez que por meio delas é possível reduzir a quantidade de aplicações.

Outro grande benefício é que o tempo de exposição dos operadores aos produtos é reduzido, o que contribui para preservar a saúde e integridade dos responsáveis pela aplicação.

Além disso, fornece proteção aos recursos naturais, como solo e rios, já que as chances de contaminação são reduzidas.

Rotação de culturas

Se somente um tipo de cultura é produzido no mesmo local (técnica conhecida como monocultura), é normal o aumento de pragas e doenças.

Por outro lado, a rotação de culturas previne a fixação e multiplicação de pragas, e assim o produtor ou agricultor pode planejar a alternância dos diferentes tipos de cultivos.

Além de controlar as pragas, essa prática contribui para a preservação de boas condições do solo, reposição de matéria orgânica e simplificação do processo de adubação.

Feromônios para atração e eliminação

Essa técnica utiliza feromônios para controlar pragas de insetos nas lavouras. Para isso, esse produto natural age se comunicando com outros insetos da mesma espécie.

Assim, eles comunicam avisos diversos, como presença de predadores, demarcação de território, reprodução, etc.

Um exemplo prático: para controlar as pragas de percevejos nas plantações de soja e arroz, a Embrapa realizou pesquisas com o macho da espécie, retirando o feromônio natural exalado pelo inseto e fabricando em laboratório.

Em seguida, foram espalhados dispositivos que liberavam o feromônio em armadilhas, atraindo e capturando as fêmeas.

Outras formas de controle de praga

O controle de pragas também pode ser feito de forma química, biológica e cultural, inclusive estas são as mais conhecidas!

Controle químico

No controle químico, são usados diferentes produtos químicos, conhecidos como pesticidas, com o objetivo de eliminar as pragas por completo e com mais facilidade.

De um modo geral, eles podem ser classificados como inseticidas, fungicidas, bactericidas, herbicidas, etc. Apesar de terem uma ação rápida e eficaz, o uso desses produtos vem sendo reduzido devido ao fato de desenvolverem populações resistentes às pragas ou o aparecimento de novas pragas, a ressurgência de outras, desequilíbrio biológico, etc.

Assim, é recomendado o manejo com controle químico apenas quando a praga atingir níveis críticos.

Controle biológico

O controle biológico utiliza um organismo vivo para matar e controlar pragas. É um recurso natural, que não prejudica ou apresenta qualquer ameaça para o meio ambiente.

Os métodos de controle biológico baseiam-se principalmente em relações naturais, e as pragas não desenvolvem resistência a esse método.

Embora seja seguro, ele introduz outro organismo ao ambiente natural, o que pode causar novos problemas. E mais: por ser um método lento, auxilia na redução dos níveis de pragas, mas não elimina completamente, como o controle químico.

Controle cultural

O controle cultural de pragas se baseia na utilização de medidas que afetam a disponibilidade de alimento ao inseto, assim reduz a incidência da praga.

Essas medidas podem ser caracterizadas como técnicas de preparo do solo, rotação de culturas, aração e gradagem, época de semeadura, manejo de plantas daninhas, adubação verde, etc.

Mantenha a praga longe das suas plantações!

Você aprendeu neste artigo quais são as principais pragas e as melhores maneiras de combatê-las. Esperamos que você consiga mantê-las longe das suas plantações e assim alcançar uma alta produtividade.

Saiba que você não precisa buscar por essa produtividade sozinho, a TerraMagna está à disposição para ajudá-lo nessa!

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