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Quebra de safra no Estado com melhor produtividade em 2018/2019

Usar dados públicos com índices baseados em metodologias amostrais, além de não garantir vantagem de mercado, pode apresentar um grande risco para quem financia o agronegócio. O Bernardo, CTO aqui na TerraMagna, explicou um pouco sobre isso nesse artigo.

Para ilustrar como é importante não se guiar por análises macroscópicas nas suas decisões em sua carteira de recebíveis, mas sim monitorar a realidade de cada produtor, trago um caso ocorrido com a Agrosol em cuja carteira houve um produtor que, apesar de estar no Estado com maior aumento de produção, sofreu com quebra de safra.


Agrosol Agrícola

Com sede no Rio Grande do Sul, a Agrosol Agrícola é uma revenda de insumos para lavoura, que tem em seu cerne a preocupação em proporcionar assistência técnica qualificada e inovação contínua para que seus clientes mantenham altos índices de produtividade.

Suas áreas financiadas são monitoradas pelo FIDES, plataforma da TerraMagna para segurança em operações financeira do agronegócio desde o início da safra de 2018.


Safra de soja 2018/2019 no Rio Grande do Sul

Os gaúchos tiveram motivos para comemorar durante a colheita da safra de 2018/19. Segundo dados da CONAB, houve um perceptível aumento da produtividade em comparação com a safra de 2017/18.

Apesar da quebra considerável do Paraná com respeito à safra passado, a análise de especialistas foi de que o aumento na produção no Rio Grande do Sul compensaria a diferença em termos de oferta e preço.

Uma interpretação simples poderia levar à hipótese de que o sucesso da safra no Rio Grande do Sul levaria a um período de cobrança tranquilo – os produtores têm grão suficiente para honrar seus compromissos e um dos maiores contribuidores para o inadimplemento, a alta de preços, não está presente.

Esses estudos, apesar de se mostrarem corretos em larga escala – regional, por exemplo – escondem a realidade individualizada dos produtores.


Indo para Alegrete

Uma vez que, devido à safra satisfatória, a expectativa de recebimento era positiva para o Rio Grande do Sul, ela poderia também ser para o recebimento das 10375 sacas de soja devidas via barter por um produtor de Alegrete-RS financiado pela Agrosol. O financiamento desse produtor estava lastreado em penhor agrícola da produção de uma área consolidada de 413 ha – ou seja, a operação possuía uma cobertura confortável de 200%.

Apesar da alta de produção no restante do Rio Grande do Sul, a área desse produtor chamou a atenção pela baixa densidade de folhagem e desuniformidade do plantio, indicando potenciais problemas agronômicos.

Por conta do alerta gerado pela análise via inteligência artificial do FIDES dos dados de satélite coletados sobre a região, a Agrosol foi até até a fazenda e confirmou a frustração da safra, com uma produtividade de 20 scs/ha, causada pelas chuvas excessivas na região.

Embora sensores orbitais hoje não sejam apropriados para sozinhos calcular a produtividade agrícola de uma fazenda – expliquei um pouco mais sobre isso neste artigo – fatores como o desenvolvimento apropriado da folhagem e a uniformidade do plantio durante o período de vegetação e enchimento dos grãos são bons indicadores de um bom-andamento da safra. A região do produtor, duramente afetada pelas chuvas, não se desenvolveu apropriadamente e foi corretamente indicada pelo sistema como uma potencial quebra de safra.

Com uma quebra tão brusca de produção, a cobertura original da operação de 200%, inicialmente satisfatória, não foi suficiente para cobrir a quebra de safra. Ou seja, o produtor de Alegrete não teria capacidade de cumprir seu pagamento, mesmo que entregasse todos os os grãos colhidos na área em garantia.


A expectativa de produtividade para soja no Rio Grande do Sul se mostrou corretamente positiva. No entanto, a realidade do Estado não é necessariamente a realidade de suas partes. Sem o monitoramento fino oferecido pelo FIDES, de cada um dos produtores da carteira da Agrosol, a quebra de safra sofrida pelo produtor de Alegrete teria passado despercebida e, pois, a inadimplência teria sido observada apenas na data de vencimento da CPR.

Essa é uma das maneiras que a tecnologia pode contribuir para a segurança no financiamento do agronegócio. Você pode ver outros casos com nossos clientes nos links abaixo:

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