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Mao de agricultor especialista semeando sementes de vegetais em solo saudável na fazenda organica

Sementes: cuidados, tratamento e importância na agricultura

Já parou para pensar no quão importantes são as sementes para a agricultura?

É por meio delas que uma boa parte das culturas é disseminada; algumas delas ainda são uma importante base alimentar para homens e animais. 

Falando desse aspecto comercial, de acordo com a CropLife Brasil (CLB), estima-se que o país movimenta mais de 7,6 bilhões de dólares com o comércio de sementes, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da China. 

Isso se deve ao parque sementeiro diversificado, que torna o Brasil uma referência no desenvolvimento de plantas adaptadas às condições tropicais e subtropicais.

Neste artigo, vamos explicar mais sobre esse importante insumo agrícola e suas características; confira!

O que são sementes? 

As sementes são fruto do processo de fecundação que acontece entre os gametas masculino e feminino de um vegetal. 

Elas carregam todo o material genético que dará origem a uma planta adulta, marcando o início de um ciclo de vida. 

A estrutura das sementes serve de proteção para o embrião de uma planta, sendo formada por uma camada rígida, conhecida como tegumento, e pelo endosperma, que é fonte genética para a germinação da semente, bem como o seu estabelecimento e crescimento. 

Por meio da semente, é possível acessar todas as características genéticas de uma planta no futuro, o que permite o seu uso no processo de melhoramento genético. 

Origens

A primeira vez que uma semente apareceu na Terra foi há mais de 350 milhões de anos e foi um acontecimento, justamente por representar um importante passo no processo evolutivo do Reino Vegetal. 

Com isso, as plantas deixaram de se reproduzir pelos esporos e, assim, surgiram plantas melhores, que passaram a ser fonte de alimento para muitos organismos e para o próprio homem.

Quais são as funções de cada uma das partes das sementes?

A primeira delas é a cobertura, que tem como função a manutenção das partes internas da semente unidas, bem como proteger mecanicamente contra choques, microrganismos e insetos. 

Além disso, ela regula a germinação, controlando a entrada de água e oxigênio, que são essenciais para esse processo, podendo causar impermeabilidade, o que é um mecanismo de dormência.

Por sua vez, o tecido de reserva é uma espécie de suprimento nutritivo para o eixo embrionário e suporta o crescimento inicial da planta. 

Enquanto isso, o eixo embrionário é uma unidade de propagação que tem a função de retomar o crescimento e formar um novo indivíduo adulto. 

É a junção do eixo embrionário com os cotilédones que forma o embrião; estes últimos são estruturas seminais, com formato variado e que têm a função de absorver e reservar alimentos do endosperma e/ou perisperma essenciais para a germinação. 

Tipos de reservas das sementes 

Uma das principais funções das sementes é garantir as reservas de energia ao embrião até que ele seja capaz de realizar fotossíntese. 

No entanto, essas reservas variam conforme as espécies de plantas; com isso, a classificação que segue a lista a seguir: 

  • amiláceas: têm o amido como principal forma de reserva, a exemplo do milho;
  • aleuro-amiláceas: além do amido, essas sementes contam com alto teor de proteína, a exemplo do feijão;
  • oleaginosas: a reserva é formada por lipídios, a exemplo do girassol;
  • aleuro-oleaginosas: a reserva é constituída por lipídios e proteínas, a exemplo da soja;
  • córneas: os principais produtos da reserva são a celulose e a hemicelulose.

Como é o processo de germinação? 

A germinação de sementes é um processo de crescimento ativo do chamado eixo embrionário, que ocorre por meio de atividades metabólicas em cadeia. 

Tudo tem início na chamada embebição das sementes, que estabelece a retomada do desenvolvimento do embrião até a formação de uma plântula normal. 

Para isso, é necessário que as condições de umidade, temperatura e oxigênio sejam favoráveis. 

Cabe destacar que o grau de umidade exigido para a germinação muda entre as espécies; por exemplo, se forem sementes monocotiledôneas, como os cereais, a umidade deve ser entre 35% e 40%. 

Já as dicotiledôneas só germinam quando alcançam de 50% a 55% de umidade.

Quando se trata da reidratação, ela sofre influência de aspectos como permeabilidade da semente, grau de umidade inicial, temperatura e até área de contato com a semente. 

Sobre a temperatura, a ideal é aquela em que o maior número de sementes consegue germinar em um curto espaço de tempo, o que costuma ficar entre 20ºC e 30ºC.

Por fim, temos o oxigênio, que se encontra na quantidade ideal na atmosfera e só se torna limitado quando a sua disponibilidade é bloqueada ou impedida por algum fator ambiental. 

Como ocorre a dispersão das sementes?

As sementes são consideradas unidades de dispersão das plantas e, para poderem executar seu papel, elas contam com uma série de estratégias. 

Algumas delas, por exemplo, são transportadas pelo vento, enquanto outras pela água, e ainda existem aquelas que são levadas pelos organismos vivos. 

Por sua vez, existem algumas espécies também que são lançadas para fora do fruto por um processo explosivo. 

É claro que essas formas distintas de dispersão também fazem com que cada uma dessas sementes tenha características específicas. 

Sementes dispersas pela água, por exemplo, costumam ter tecidos que armazenam ar, facilitando a flutuação e impedindo que a água cause danos ao embrião.

Aquelas que são levadas pelo vento costumam ser leves e ter uma estrutura que facilita o voo. 

Por fim, temos as sementes transportadas por animais, que possuem elementos que facilitam a sua aderência aos pelos, por exemplo, sem contar frutos que acabam servindo de alimento para algumas espécies. 

As sementes como fonte de alimentos

Como já dissemos, algumas sementes alimentam animais, mas também existem aquelas que são base alimentícia para nós, seres humanos. 

Muitas das que têm essa função hoje foram melhoradas geneticamente para esse fim, como é o caso do milho. 

O ancestral do milho moderno era conhecido como teosinto, que produzia uma espigueta com um pequeno número de sementes duras, com baixa produtividade e cujo potencial nutricional era de difícil exploração. 

Foram os povos indígenas do sul do México que teriam desenvolvido as primeiras técnicas que ajudaram no melhoramento das propriedades da espiga, aumentando, assim, a quantidade, o tamanho e o número de grãos. 

Tais aspectos ajudaram a agregar valor à cultura, o que fez com que a sua produção se espalhasse por todo o continente americano. 

Mas o milho é apenas um dos exemplos de sementes importantes para a alimentação humana. 

Feijão, lentilha, ervilha e amendoim são alguns exemplos do que encontramos na natureza e possuem importância econômica na agricultura

Todas essas sementes são ricas em minerais como ferro, além de serem fonte de fibra, sendo, assim, cruciais para a saúde humana. 

Ainda existem outras representantes que têm ganhado mais espaço quando se trata de alimentação saudável, o que é o caso do gergelim, da chia e da linhaça. 

Tratamento de sementes na agricultura

Uma semente de qualidade pode ajudar na melhora de características desejáveis para as culturas. 

Milho, soja, arroz e feijão, por exemplo, são propagadas por sementes, o que torna o uso da qualidade essencial. 

A ideia do tratamento visa à proteção da semente contra doenças e pragas desde a semeadura até a germinação. 

Para isso, são aplicados defensivos químicos e biológicos a fim de controlar fungos e pragas que podem atacar a semente. 

Mas não é só isso; inoculantes, micronutrientes, reguladores de crescimento, revestimento de sementes e outros também podem ser utilizados para melhorar a qualidade da cultura. 

Além disso, tal ação tem grande importância no desenvolvimento de plantas mais sadias e vigorosas.

E como é feito o tratamento? O primeiro passo é realizar o teste de sanidade, que analisa a qualidade das sementes.

Esse tipo de teste fornece dados sobre a qualidade sanitária da semente que será destinada à semeadura. 

Por meio dele, é possível também entender as causas da baixa germinação, o que costuma ser comum em amostras infectadas. 

E se a semente não tem doenças e a área em que ela será semeada também está saudável?

Bem, nesses casos, o recomendado é que o tratamento seja feito de acordo com a realidade do local de semeadura; elementos como inoculantes e micronutrientes já são suficientes em muitos casos para garantir o sucesso da cultura. 

Cabe destacar também que o tratamento pode ser feito de duas formas: 

  • Convencional: feito na fazenda, logo antes da semeadura, realizado dentro de tambores ou betoneiras, com máquinas específicas. Deve ser executado por um agrônomo ou ser supervisionado por ele. 
  • Industrial: feito em indústria; o produtor rural já compra a semente pronta e tratada para a semeadura, geralmente com base na alta tecnologia.

Conclusão

A qualidade das sementes é crucial para garantir uma boa produção.

Neste artigo, vimos a importância de ter sementes de qualidade, visando ao alcance de altas produtividades na sua lavoura.

Para isso, é possível tanto fazer o tratamento dentro da sua propriedade quanto adquirir sementes já tratadas, ainda mais se o seu foco é ter maior lucratividade.

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