Barter é uma operação entre o produtor rural e os distribuidores do agro, onde os insumos e a produção são usados como moeda de troca.
O Barter vem ganhando cada vez mais espaço no mercado e desde o começo da pandemia as operações cresceram no Brasil, segundo especialistas do setor. O homem do campo teve maior dificuldade em obter crédito rural, principalmente por parte do sistema financeiro convencional.
No Brasil essa operação é utilizada desde 1990, mas em 2003 ganhou vigor e hoje é responsável por mais de 20% dos lucros das empresas de grande porte.
Atualmente, grandes companhias, como a FMC, CHS, Bayer, Monsanto, Pioneer, Syngenta, Archer Daniels Midland, Cargill, Adama e Bunge realizam operações de Barter.
Se você, homem do campo, procura um jeito simples de conseguir insumos, mas não tem recursos para isso, leia nosso artigo até o final.
Ao final desse artigo você saberá tudo sobre:
O que é Barter?
Como funciona o Barter?
Quais as vantagens do Barter?
“Como usar/fazer Barter?”
Índice de conteúdo
ToggleEntendendo um pouco mais de Barter?
Barter, termo em inglês originalmente traduzido como “permuta”, “troca”, “escambo”. Origina-se no sistema pré-capital, onde eram feitas trocas de produtos antes de existir moeda.
Por meio dela, o homem do campo troca sacas de soja, milho, cereais (seus produtos), por insumos necessários (fertilizantes, adubo, herbicidas, entre outros). Mas vale lembrar que é uma compra a prazo, primeiro o produtor recebe os insumos e depois paga com a produção a ser colhida.
O pagamento é feito através de troca do que é produzido na fazenda, nesse sentido não há intermediação financeira, ou seja, não envolve pagamento em dinheiro.
Para oficializar a operação é emitida uma CPR – Cédula de Produto Rural.
Visto que não há regras para uma negociação viável, tudo que estiver na Cédula Rural está em pleno acordo entre as partes.
A melhor parte do Barter é deixar o produtor rural livre da variação de valor do seu produto, pois ele já é fixado em venda prévia.
CPR – Cédula de Produto Rural
A CPR ou Cédula de Produto Rural é um documento que traz o acordo entre o produtor rural, a distribuidora de insumos e a trading.
A Lei 8.929 em agosto de 1994 criou a Cédula de Produto Rural, que previa a liquidação física inicialmente, mas após 2001 passou a tornar possível a liquidação financeira.
Basicamente, na CPR consta a localização da safra do produto, as partes interessadas, os prazos, taxas, sanções e arresto da safra, em caso de inadimplência.
De modo geral, ela pode ser emitida por produtores rurais, suas cooperativas e associações. No entanto, para que se tenha validade, precisa ser registrada no Cartório de Registro de Imóveis.
Existem vários casos em que uma CPR mal feita acabou impedindo que a distribuidora de insumos fizesse a devida cobrança de seu crédito.
Em outras situações, o produtor rural teve que pagar a mais do que realmente devia, por causa da má elaboração do documento.
O que deve conter na CPR – Cédula do Produtor Rural?
- Designação da Cédula de Produto Rural;
- Nome das partes (produtor e distribuidora);
- Data da entrega;
- Cláusula de ordem;
- Promessa de entrega;
- Indicação do produto, com os dados;
- Qualidade e quantidade dos produtos;
- Descrição das garantia;
- Data e local;
- Assinatura do eminente.
Ciclo CPR
1º Para dar início às atividades agrícolas, o produtor precisa de insumos, não quer pagar altas taxas em financiamentos e não pode gastar agora.
2º A distribuidora de insumos fornece o que ele precisa, de acordo com o combinado, recebe os produtos no final da produção como forma de pagamento.
3º Depois a distribuidora de insumos faz o repasse para a trading.
4º A trading transforma o produto que foi recebido para consumo, venda ou exportação.
É uma espécie de financiamento privado envolvendo as três partes interessadas, é altamente aconselhável a busca de um profissional especializado para a elaboração de uma CPR.
Por que fazer Barter?
Para o produtor rural uma características que mais se destacam no Barter é de diminuir riscos, pois fixa o preço e remove os riscos cambiais e de commodity.
Se de um lado o produtor depende dos insumos, de outro a distribuidora não consegue vender de outra maneira, pois acredita-se que se ela não fizer o Barter, o produtor vai procurar outra distribuidora.
Mas nem pense nessa operação como “a opção que resta”, o barter apresenta vantagens tanto para o produtor quanto para a distribuidora de insumos, desde que feito do jeito certo.
Para você ver o sucesso dessa operação, segundo a Revista Globo Rural, produtores do Mato Grosso venderam mais de 13% da safra de soja que só vai ser colhida no ano que vem através do Barter.
Como funciona o Barter?
O Barter representa uma troca triangulada entre o produtor agrícola, o fornecedor de insumos e a trading.
De acordo com especialistas, as estimativas dizem que 20% a 25% dos negócios realizados são através do barter, vamos ver como funciona:
Acordo:
É realizado o combinado entre a permuta dos produtos e insumos.
Os distribuidores de insumos possuem parcerias com tradings e consumidores de grãos, onde as três partes são envolvidas em todo o procedimento:
Produtor – Distribuidor – Trading ou Consumidor de grãos |
Produtor:
Adquire os insumos que precisa, produz e paga com parte da produção final;
Distribuidor de insumo:
Vende os insumos: sementes, fertilizantes ou defensivos através da operação de barter para os produtores e recebe a prazo, através do que foi produzido;
Trading ou Consumidor de grão:
Compra e prepara o grão para consumo ou venda.
O objetivo do trading ou consumidor de grão (indústria alimentícia ou offtakers: cooperativas) se baseia em lucrar por meio da compra e venda de ações, matérias-primas ou moedas.
Eles costumam vender a um preço mais alto do que compraram, são eles que decidem o preço de acordo com o que acontece no mercado internacional.
Qual é o melhor jeito de se realizar um Barter?
O Barter é uma oportunidade para garantir a safra atual, mas pode envolver risco para o distribuidor.
Mas esse risco é reduzido em uma gestão eficaz do penhor agrícola, para que o pagamento seja de fato efetuado no final da safra.
Antes de formalizar o contrato, deve-se ter a garantia de que não está custeando uma produção maior do que sua real capacidade, isso é possível conhecendo o histórico da terra.
Pelo histórico é possível delimitar a área útil, conhecer as culturas anteriores, estimando as datas de início e término do plantio.
As condições climáticas também é uma preocupação, pois temos histórico de vários episódios de quebra de safra, confira alguns exemplos:
As regiões Oeste e Sudoeste do Paraná sofreram com destruição causadas pela chuva e a geada nas lavouras.
Essas situações afetam a janela de produção não apenas da safra atual, como das próximas.
Em meio de tantas mudanças cambiais e incertezas econômicas, era de se esperar que houvesse uma influência negativa.
Mas não, muito pelo contrário, com o cenário atual, destaca-se a importância de ter fundamentos e processos sólidos na concessão de crédito rural, confira as dicas a seguir de um barter mais seguro:
- O Barter deve atender ambas as partes, o distribuidor e o produtor, de maneira que os riscos e as responsabilidades estejam claras;
- No caso do distribuidor, ele deve fazer a análise do risco de crédito rural e seguir rigorosamente sua política estabelecida para vendas a prazo;
- O distribuidor não deve flexibilizar aprovações de mais limite ou menos garantias.
- A CPR deve estar bem formalizada, assinada e registrada em cartório;
- Deve haver um contrato de compra e venda de commodity com data de entrega apropriada e uma cessão de crédito da trading para o distribuidor.
- Deve-se acompanhar as garantias no penhor agrícola apropriadamente, caso sua execução seja feita rapidamente, sem o desvio inapropriado da produção e consequente esvaziamento da garantia.
- Deve-se realizar a análise de crédito da própria trading;
- Fiquem atentos, pois após a entrega do grão, o risco da operação para o distribuidor deixa de ser o produtor e passa a ser a trading, até que esta pague o distribuidor.
- As distribuidoras devem analisar com precisão cada uma das negociações, usando a tecnologia, escolhendo garantias seguras e precificando de maneira justa as operações.
Agro antes vs Agro de hoje
Na década de 70 éramos os maiores importadores de alimentos do mundo e depois de tantos anos nós alimentamos o mundo.
As políticas públicas daquela época foram sem dúvida responsáveis pelo sucesso que somos hoje, destacando o crédito rural subsidiado.
Essas mesmas políticas geraram distorções, devido a taxa de juro praticada que afastou financiadores convencionais.
Nesse sentido os empréstimos no agronegócio são geralmente feitos com garantias, e a terra não é uma boa garantia para o produtor que depende dela para viver.
Se a moeda do produtor não pode ser a terra, então ela pode ser a produção, visto que é o que acontece no Barter, garantindo o pagamento de seus insumos com sua produção futura.
Vantagens do Barter para o Produtores:
- Compra insumos a prazo, sem precisar de liquidez no início de safra;
- Oportunidade de pagar a dívida na própria moeda da produção: o grão;
- Oferece a possibilidade de negociar taxas de juros mais interessantes;
- Não precisa recorrer a empréstimos que cobram altas taxas de financiamento;
- Crédito Rural muito mais rápido do que o bancário, sem a burocracia que pode furar até 6 meses. Solicitando o Crédito Rural da TerraMagna, esse processo pode ser reduzido para até 40 dias! Fale com um especialista em crédito rural e barter da TerraMagna;
- Possibilidade de se alavancar, mesmo com a terra servindo de garantia em outras operações;
- Rentabilidade da operação garantida, quando acompanhada de seguro climático.
Vantagens do Barter para Distribuidoras, Indústrias ou Tradings:
- Possibilita rápida expansão no mercado, mesmo em produtores que já têm a terra servindo como garantia no banco;
- Tem a chance de oferecer condições especiais aos seus clientes;
- Colateral de execução mais simples, rápida e sem dores de cabeça na liquidação (facilidade e rapidez em vender commodity sem haircut do que um imóvel rural);
- Entregando insumos e não dinheiro na mão do produtor rural, o risco de performance da safra já é mitigado;
- A distribuidora ajuda seus clientes, firmando ainda mais a parceria que já existe.
Imagine o crédito rural subsidiado como um carro potente, porém frágil, que não consegue operar em qualquer tipo de terreno.
Desvantagens do Barter
Uma das desvantagens é que a operação Barter costuma envolver taxas de juros altas, tornando-a de custo elevado.
A segunda e maior desvantagem sem dúvida é o risco que o produtor e distribuidor sofrem com a quebra de safra.
Nesse caso, mudanças climáticas não esperadas pegam o produtor de surpresa e levam a perda significativa de produtividade ou até mesmo produção zero.
A distribuidora que faz contrato de Barter fica à mercê da sorte, pois não se sabe qual será a produtividade daquela safra.
Sendo assim a única solução para a distribuidora realizar a operação de antecipação de recebíveis.
Solução Barter
De repente o produtor se depara com um atoleiro no atraso do Plano Safra, eis que surge o nosso 4×4, pronto para qualquer terreno – o Barter – que possibilita atravessar e levar nossas lavouras à segurança.
O Barter se mostra uma operação essencial para o crescimento do agronegócio, apresenta riscos, mas é possível minimizá-los se trabalhar os pontos sensíveis da maneira certa.
A tecnologia dá poder ao financiador para a tomada de decisões baseadas em dados, sendo o objetivo do FIDES, nossa plataforma de segurança em operações de crédito no agronegócio desenvolvida por nós da TerraMagna.
O FIDES realiza o mapeamento ou monitoramento via satélites e diversas análises feitas por uma inteligência artificial exclusiva, sua próxima operação pode se tornar mais segura.
Tecnologias como os recursos de monitoramento via satélite, processamento de dados e a inteligência artificial têm um papel fundamental em todo processo garantindo mais segurança.
Diferencial Terramagna
A TerraMagna é uma empresa que vem ganhando o favoritismo do país, com diferenciais invejáveis: tecnologia inovadora e crédito justo!
Com o auxílio da tecnologia, nós levamos crédito justo, seguro e rápido para o produtor.
Como funciona o crédito rural pela TerraMagna:
1º: Realizamos uma análise de todas as possíveis negociações entre o produtor rural e a distribuidora de insumos.
Mas se o produtor rural tiver, contudo, uma distribuidora de preferência, na qual já possui parceria, ela pode ser incluída no procedimento sem problemas.
Todos os nossos procedimentos são feitos utilizando o que há de mais moderno em termo de tecnologia, como:
- Monitoramento de terras via satélites: São mais de 15 satélites sincronizados em analisar a terra do produtor;
- Processamento de dados em nuvem: Um super processador estruturado a fim de tornar o processo mais ágil;
- Análise de dados governamentais: Se baseia em uma leitura pública e privada que faz uma análise completa usando dezenas de fontes, o que faz um trabalho de meses se concluir em 3 minutos;
- Análise por Inteligência Artificial: Depois de captar tantos dados de inúmeras maneiras, cruzamos esses dados e os interpretamos da melhor maneira possível, é nesse momento que entra nossa Inteligência Artificial exclusiva.
2º Nós da TerraMagna apresentamos os resultados de todas as interpretações para os investidores do fundo de capital.
3º Se a proposta for aceita, a nossa empresa paga à vista para o distribuidor esses insumos.
Assim, a TerraMagna usa a tecnologia e inovação para trazer soluções de crédito rural de forma: personalizada, simplificada, fácil, sem burocracia e a melhor parte: 100% SEGURA.