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Trator aplicando fungicidas sistemicos na lavoura

Fungicidas sistêmicos: solução para o controle de fungos

Quando aplicados na lavoura, os fungicidas sistêmicos penetram nos tecidos internos da planta e, depois, locomovem-se dentro dela. Na prática, isso significa que são absorvidos no local da planta em que são aplicados. 

Basicamente, são bastante utilizados na agricultura e na horticultura com a intenção de proteger a lavoura contra a ação de fungos e outras doenças.

Apesar de o Brasil ser considerado um grande produtor e exportador de alimentos, para a safra de 2022/2023, a produção de grãos está estimada em 310,9 milhões de toneladas; as perdas causadas por fatores abióticos e bióticos também são altas. 

Em 2019, por exemplo, de acordo com o estudo The global burden of pathogens and pests on major food crops, a média das perdas por cultura foi: trigo 21,5%, arroz 30%, milho 22,5%, batata 17,2% e soja 21,4%

Neste artigo, explicaremos o que são fungicidas sistêmicos, como eles funcionam e quando devem ser usados. Boa leitura!

O que são fungicidas sistêmicos? 

Quando aplicados na lavoura, os fungicidas sistêmicos conseguem penetrar nos tecidos internos. Depois, deslocam-se de um ponto a outro dentro da planta, ou seja, conseguem atingir o caule e a raiz também. 

Na prática, isso quer dizer que são absorvidos no local em que são aplicados e não causam danos aos tecidos da planta. 

Ao chegarem aonde está o fungo, podem inibir ou bloquear determinados processos bioquímicos específicos do patógeno. O mais importante, no entanto, é que sejam resistentes à degradação rápida.

Além disso, por serem absorvidos pela planta, acabam sendo bem mais eficientes do que os fungicidas de contato, por exemplo, que só protegem a parte da planta onde são aplicados. 

Qual a classificação?

Hoje em dia, existem diversas doenças causadas especialmente por fungos. Portanto, há uma enorme diversidade de formas de ação dos fungicidas; tudo vai depender da planta e do patógeno. 

A partir deles, são criadas algumas maneiras de classificar os fungicidas sistêmicos para facilitar sua seleção. A seguir, explicaremos os principais fatores que são levados em conta. 

Modo de ação 

Em primeiro lugar está o modo de ação. O objetivo é identificar o processo metabólico da fisiologia do fungo em que o fungicida vai atuar. 

Desse modo, será mais fácil identificar se a substância poderá agir sobre a respiração celular do fungo ou atuar inibindo as enzimas do patógeno.

Portanto, os fungicidas sistêmicos podem ser classificados de acordo com a sua atuação no fungo:

  • inibição da respiração do organismo patogênico;
  • alteração nas atividades do núcleo celular;
  • mudança nas funções da membrana celular;
  • impacto nas funções da parede celular. 

Alvo biológico 

Pode ser que o princípio ativo do fungicida tenha sua ação bioquímica voltada para determinado ponto do metabolismo do fungo. Nesse caso, o modo de ação é conhecido por unissítio ou sítio-específico. 

O alvo biológico também pode estar em mais de um ponto específico, sendo, neste caso, chamado de multissítio.

Os fungicidas são essenciais para pensar em estratégias de controle fitossanitário eficazes, por ser mais difícil o desenvolvimento de resistência pelo patógeno. 

Agora, quando se trata de alvo biológico único, a defesa desenvolvida pelo patógeno é mais fácil por se dar em uma única área. 

Princípio de controle

Os fungicidas sistêmicos apresentam quatro possíveis efeitos que provocam no patógeno e na planta. Tudo vai depender do princípio ativo do produto. Portanto, algumas ações devem ser consideradas. 

Erradicante: age nos tecidos novos da semente germinada (quando existe atuação do fungo) ou diretamente sobre o patógeno (quando no solo).

Curativa: atua sobre o patógeno depois que penetram nos tecidos vegetais. Nesse caso, o agricultor ainda não consegue identificar sintomas visíveis.

Protetora: impede a penetração do fungo nos tecidos da planta, já que permanece na superfície vegetal para proteção.

Imunizante: promove maior resistência para os tecidos da planta contra o patógeno.

Quais são os exemplos de fungicida sistêmicos

A seguir, listamos os fungicidas mais usados e recomendados para aplicar nas lavouras.

Benzimidazóis

Apresentam ação protetora, curativa e erradicante na planta. A ação preventiva deve ser realizada durante o estágio de pré-infecção

Carboxamidas

Os carboxamidas foram desenvolvidos para controlar doenças por meio do tratamento de sementes. No começo, eram para o trigo e, mais tarde, começaram a ser usados em outras culturas, inclusive a soja

Em 2000, foi identificado o subgrupo pirazol, a versão mais nova e moderna. Nela, estão contidos os principais ativos fungicidas utilizados hoje em dia. 

Podem ser aplicados na cultura da soja, milho, trigo, algodão e feijão.

Triazóis

Os triazóis são parte grupo dos inibidores de biossíntese de esteróis. Constituem o maior e o mais importante grupo de compostos já desenvolvidos para o controle de doenças fúngicas de plantas e animais.

Isso por apresentar vários graus de sistemicidade e alta potência antifúngica. Portanto, podem controlar amplo espectro de doenças causadas por ascomicetos, basidiomicetos e deuteromicetos. Contudo, não são capazes de atuar sobre Pythium e Phytophthora, já que não sintetizam esteróis.

Morfolinas 

A morfolina pode ser usada em todos os momentos do ciclo da soja. Os efeitos começam a aparecer depois da germinação dos esporos do fungo na planta. 

Ela age impedindo a infecção e a colonização dos fungos. Se o agricultor souber usá-la, a morfolina apresenta médio/baixo risco de resistência.

Estrobilurinas

Por fim, temos as estrobilurinas, que reagem com substâncias lipídicas da superfície da planta. Por isso, apresentam ação prolongada de efeito protetor ao serem lentamente liberadas.

Atenção! Existem diversos graus de mobilidade/sistemicidade dentro dos fungicidas sistêmicos.

Quais as vantagens e desvantagens?   

Por se tratar de fungicidas, é claro que existem os prós e os contras. 

Do mesmo modo, para que tenha a eficácia esperada, é necessário realizar a aplicação correta do produto, verificar sua periodicidade, concentração e técnicas de manejo. Confira! 

Vantagens 

Entre as principais vantagens, podemos destacar a capacidade de penetrar nos tecidos vegetais e alcançar as partes internas contaminadas pelo patógeno.

Há o combate de doenças que poderiam prejudicar ou atrapalhar o desempenho das lavouras – o que parece contraditório, uma vez que os fungicidas sistêmicos operam de forma bastante específica. 

Por isso, é possível que haja em um ponto distante do local de aplicação do produto, controlando o patógeno sem comprometer a planta. 

Outro benefício interessante dos fungicidas sistêmicos é sua maior amplitude de aplicação. O agricultor poderá usá-lo desde a fase anterior à infecção, imediatamente após ou de modo curativo, com todos os sintomas já detectados. 

Desvantagens  

Como mencionamos, existem desvantagens que não podem ser ignoradas. A primeira é com relação à frequência e à dosagem da aplicação. 

O agricultor deve ter cuidado com o uso indiscriminado dos fungicidas, afinal, pode ocasionar o desenvolvimento de resistência pela população de patógenos.

Outro quesito é o preço. Normalmente, são produtos mais caros, mas, sabendo
usá-lo, acabam sendo mais vantajosos, até porque reduzem perdas na lavoura.

Como utilizar e quais os cuidados?

O primeiro cuidado que o produtor rural terá de tomar é com relação ao uso do fungicida sistêmico. O que isso quer dizer? Confirmação do diagnóstico e aplicação correta. 

Tendo essas informações, a concentração e a frequência recomendadas devem ser seguidas à risca. Veja as regras. 

  1. Ler com atenção as orientações do fabricante contidas no rótulo.
  2. Usar os fungicidas de forma preventiva, ou seja, antes do desenvolvimento das doenças.
  3. Sincronizar a frequência de uso com as condições climáticas ideais.
  4. Utilizar os equipamentos de segurança recomendados e tomar os devidos cuidados.
  5. Considerar que algumas doenças precisam de produtos específicos; portanto, o ideal é ter a ajuda de um profissional.

Como pôde ser notado, os fungicidas sistêmicos são ferramentas indispensáveis para a garantia da produção e da produtividade agrícola. 

São classificados a partir da forma de uso e, claro, não devem ser manuseados sem a orientação de um profissional. 

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