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O mercado de grãos, do agricultor ao consumidor final, sofreu um aumento de custos no mundo, e há uma urgência na construção de coalizões que melhorem a nutrição global com ações sustentáveis.

O conflito no Leste Europeu elevou os preços dos alimentos, o que se deve a dificuldades que a Ucrânia passou a ter para escoar sua produção de grãos. As sanções para a Rússia, por sua vez, levaram os impactos econômicos para o petróleo. A alta no preço do barril de petróleo afeta diretamente as atividades agrícolas mundiais, e a oferta apertada de produtos impacta os preços.

Com um território onde 65% das terras são férteis, a Ucrânia se tornou um produtor agrícola expressivo para o abastecimento global. De acordo com dados do Conselho Internacional de Grãos (IGC), em 2021, a Ucrânia foi o quarto maior exportador de milho e o sexto de trigo no mundo. A conferência do IGC, que ocorreu em Londres no início de junho deste ano, tratou sobre o impacto da guerra nos mercados globais de grãos e oleaginosas e a relação com a segurança alimentar mundial. Com a presença dos principais operadores da cadeia de grãos, também foram discutidos os desafios e as oportunidades comerciais para o setor no cenário mundial.

O Brasil esteve presente e colaborou com o debate. Entre os assuntos apresentados, destaca-se o futuro do setor de biocombustíveis em meio a políticas de descarbonização, feitas pelo pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove). Já a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) falou sobre milho, com foco em logística e infraestrutura para 2022/23.