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Com muitas novas oportunidades surgindo no horizonte, 2019 foi um ano importante para o agronegócio brasileiro. Entre as promessas trazidas pela nova MP do Agro e os desafios que o clima trouxe na última safra, tivemos o ano-padrão do agro: sem padrão.
Olhando para trás e analisando os artigos que publiquei durante esse ano, fiz uma seleção dos assuntos que foram mais vistos e, agora, quero compartilhar com você alguns insights sobre esses temas.
Índice de conteúdo
Toggle5 – Consequências do atraso da Safra 2019/20
Conceder crédito e cobrar em uma safra abundante é fácil – porém, como navegar com o mar mais turbulento e com a perspectiva de problemas no desenvolvimento – e, por tanto, no recebimento – da safra?
Com o atraso da safra 2019/20 por conta do clima, produtores, financiadores e seguradores ficaram apreensivos. Dissecamos as principais estatísticas para entender o que estava acontecendo e os impactos da mudança de data na janela de plantio da safra.
4 – A inadimplência no agronegócio, de 2015 a 2020
Segunda parte de uma série de três artigos sobre a inadimplência no agro, compilamos diversas notícias que mostravam que o atual cenário do agronegócio foi construído paulatinamente desde 2015.
Aliado a essas publicações na mídia, compartilhei algumas anedotas do nosso dia-a-dia na TerraMagna para que essas situações servissem como alertas para uma gestão mais consciente do penhor agrícola, a maior proteção do financiador do agro.
3 – Desmistificando as operações de Barter
Quem vive o agro sabe que grande parte do custeio da safra não é feito no mercado financeiro convencional, mas pela revenda do interior, pela agroindústria, pela trading, pela cooperativa, que estão no campo e vivem para o campo.
Analisando o crédito no agronegócio brasileiro antes e depois da implementação das operações de barter, o artigo mostra o funcionamento básico desse tipo de operação – que traz vantagens tanto para os fornecedores de insumos quanto para os produtores.
2 – Como a nova “MP do Agro” revoluciona o agronegócio brasileiro
A MP do Agro trouxe novas regras para o agronegócio com potencial de revolucionar o barter e a estrutura de crédito. Ela foi tema de alguns artigos em 2019.
Regulamentação de emissões de títulos do agronegócio (CPR, CRA e CDCA) em moeda estrangeira e a Cédula Imobiliária Rural (CIR) que permite usar como garantia uma fração da fazenda foram algumas das principais novidades da medida provisória.
Esses mesmos pontos sofreram ainda alterações – todas positivas – no início de dezembro, prometendo aumentar ainda mais a capacidade de criação de oportunidades.
1 – Barter já representa 40% das compras de insumo no Brasil na safra 2019/20
Com o dinheiro do Plano Safra 2019/20 sendo liberado mais tarde em 2019, os produtores rurais não conseguiram usufruir da prática de usar os juros do empréstimo da safra passada para financiar o novo plantio.
As taxas elevadas do crédito a juros controlados fizeram com que o crédito privado se tornasse mais interessante para o produtor, reforçando a tese de que o atual sistema de crédito rural está ultrapassado e não atende mais a demanda do agro.
As operações de barter foram então a grande aposta para custear o início desse novo ciclo. Porém, com os desafios desta safra como a instabilidade do clima e a alta do dólar, foi preciso estar atento para garantir o recebimento.
Se tem uma percepção que fica depois de 2019 é que nosso mercado de crédito para o agronegócio está amadurecendo. A saída do crédito subsidiado, o aumento das operações de barter e as taxas livres praticadas no mercado são todos sinais de que os tempos estão mudando.
Que 2020 traga ainda mais oportunidades para toda a cadeia do nosso agro!