Se, por um lado, o seguro rural pode anular o prejuízo do produtor na quebra de safra, ele também minimiza riscos para quem financia as produções e contribui para baratear o crédito.
Todavia, falta ainda muito para que o seguro rural torne-se norma no Brasil, devido tanto aos elevados custos de apólices – causadas pela falta de informação sobre campo – quanto à falta de hábito de produtores de segurarem suas lavouras.
A tecnologia pode ajudar a resolver o problema da assimetria de informação do agronegócio. Hoje, quero comentar um pouco sobre como já temos ferramentas disponíveis que podem mudar essa situação.
Durante a Agrishow 2019, que aconteceu na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro anunciou a verba de R$ 1 bilhão para o seguro rural do Plano Safra do Branco do Brasil. Apesar de importante, sabemos que essa quantia está aquém da necessária para subsidiar a produção do país – cerca de R$ 20 bilhões.
O custo da apólice no agro é alto devido a diversos fatores – o zoneamento é incompleto, o custo operacional de periciar diversas fazendas é elevado e as seguradoras são expostas a riscos climáticos e fitossanitários altamente correlacionados. Por fim, o campo não tem cultura de segurar suas áreas. Como bem colocado pela Diretoria de Gestão de Riscos do MAPA:
Os principais fatores de desestímulo dizem respeito principalmente aos elevados investimentos iniciais e aos altos custos administrativos; à natureza catastrófica e sistêmica que o risco pode assumir frente a eventos climáticos generalizados e correlacionados; e à grande assimetria de informações que permeia este ramo, com forte influência de risco moral e seleção adversa na formação das carteiras.
O alto custo das apólices se reflete na baixa cobertura de seguros no agro – hoje, cerca de 10% das lavouras do Brasil. Isso, por sua vez, reflete-se diretamente nas taxas de financiamento do agro. Isto é, há uma relação direta entre falta de informação, alto preço de apólices, baixa cobertura de seguros e alto custo de financiamento.
Para reduzir o alto custo das apólices, subsidiar é a opção mais imediata; esse esforço já existe por parte do governo, principalmente por meio do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural. Através de seguradoras habilitadas pelo Ministério da Agricultura, os produtores têm acesso à subvenção econômica ao prêmio do seguro rural.
Embora subsidiar seja o caminho mais óbvio para reduzir o custo do seguro, ele certamente não é o único; isso é reconhecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento nas diretrizes do PSR:
Isto é, uma das reconhecidas maneiras para viabilizar o seguro é reduzir a assimetria de informação por meio de tecnologia e efetuar melhores análises não somente da região do produtor rural, mas do histórico produtivo do próprio produtor – tornando o preço da apólice mais personalizado e não dependente do comportamento médio do município em que se encontra.
“ A informação mais acessível também contribui com o melhor planejamento dos empreendimentos, mitigando as perdas por adversidades climáticas e representam redução de custos de produção como o valor das apólices de seguro rural e a otimização do uso de insumos agropecuários”
Paulo Barroso, pesquisador da Embrapa Territorial
Tecnologia para segurança nas operações financeiras do agronegócio
Informação quantitativa e isenta, cuja coleta independe do consentimento do produtor rural é uma das melhores ferramentas para que uma parte terceira, como um financiador ou seguradora, analise os riscos de uma operação e a acompanhe em tempo real.
Com um underwriting mais consciente de risco, o custo de capital ou de apólice incorrido devido à ausência de informação diminui drasticamente, aumentando sua carteira de clientes de forma segura. Com o uso inteligente de tecnologia, você irá:
- Expandir sua carteira. Com mais de 10 mil fazendas monitoradas, aqui na TerraMagna temos mais de R$ 2 bilhões em garantias agrícolas monitoradas por nossa constelação virtual de 15 satélites. Receba relatórios completos de todas as áreas em sua carteira, duas vezes por semana. Isso lhe dará uma visão completa, em tempo quase real – e retroativa, se necessário – de qualquer lavoura no Brasil.
- Prevenir, prever e corrigir situações de risco. Uma das principais métricas de risco a priori é o índice ZARC. Através dele, podemos analisar o potencial de uma área antes da operação. Porém, mais do que o zoneamento, o acompanhamento do andamento da safra permite identificar potenciais riscos e tomar ações corretivas rapidamente.
- Estar à frente do mercado. A tecnologia abre a possibilidade de acompanhar todos os níveis de desenvolvimento de uma lavoura, desde o plantio até sua colheita – não espere a data de vencimento do financiamento ou a ocorrência de um sinistro. Saiba antes, saiba melhor. Esse é um dos principais recursos utilizados pela Octante, uma das principais securitizadoras do Brasil, para garantir os recebíveis de seus CRAs.
Todos esses recursos trazem benefícios para as duas pontas da produção. O bom produtor rural tem acesso a produtos financeiros com um preço mais adequado ao seu perfil de risco real, enquanto financiadoras e seguradoras podem aumentar sua carteira de atuação, uma vez que os riscos estão melhor identificados.
Melhor ainda, são recursos disponíveis para serem aplicados imediatamente para qualquer empresa. Use a tecnologia de amanhã, hoje.
Mais de 30 importantes empresas brasileiras que financiam o agronegócio já estão usando essa tecnologia a seu favor através do FIDES, nossa plataforma de segurança em operações financeiras no agronegócio através do monitoramento por satélites e análise por inteligência artificial.
O FIDES está pronto para ser aplicado na sua empresa também. Saiba tudo que ele pode fazer para otimizar suas operações em terramagna.com.br