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O futuro e os fertilizantes

O agronegócio brasileiro, desde 2020, enfrenta dificuldades em relação ao abastecimento de fertilizantes. A pandemia agravou o quadro, e a guerra entre Rússia e Ucrânia trouxe o custo mais alto e os entraves logísticos. Com isso, o país passou a pensar em alternativas para ter uma dependência menor dos insumos importados e ampliar os investimentos internos.

De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a produção de grãos está estimada em 271,7 milhões de toneladas, o que coloca o Brasil em um papel relevante mundialmente na produção de alimentos. As lavouras precisam continuar a produzir, e os produtores rurais enxergam uma oportunidade de expansão nos negócios, mas esbarram nos custos e no fornecimento de fertilizantes. Para tentar resolver a questão no médio e longo prazo, as indústrias de insumos começam a se movimentar para atender à demanda. O país tem a necessidade de buscar opções para compras em outros mercados além do Leste Europeu para não correr o risco de ficar desabastecido no principal produto para a produção de alimentos: os insumos.

Durante o seminário sobre a produção nacional de fertilizantes, organizado pelo Ministério Público Federal no início do mês, o secretário especial de assuntos estratégicos da Presidência da República, Flávio Rocha, falou sobre o envolvimento de 90 entidades públicas e privadas na formulação de ações para a diminuição da dependência externa por fertilizantes. Já o ministro da Agricultura Marcos Montes mostrou como a importação torna o custo ainda mais alto para o produtor rural: “os fertilizantes representam 40% do custo de produção, por isso novas cadeias devem ser incentivadas a partir de tecnologia e inovação”.

A estimativa otimista para o crescimento do mercado agrícola mostra que há espaço para a expansão das indústrias de fertilizantes no país e captação externa de investidores para o setor. O Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), em recente missão, buscou parcerias com Jordânia, Egito e Marrocos, aumentando os fornecedores externos. Os bioinsumos e as novas tecnologias têm sido uma alternativa a curto prazo, mas são os investimentos no setor que vão trazer um pouco de alento ao abastecimento.

As parcerias internacionais devem chegar em médio e longo prazo e ampliar os investimentos nos setores de potássio, nitrogênio e fosfato. As empresas da Jordânia buscam cooperação com a indústria brasileira para ampliar a produção de potássio; o Egito tem foco nos nitrogenados; e Marrocos, que tem 70% das reservas de fósforo do mundo e já tem sete escritórios no Brasil, deve instalar uma unidade de processamento de rocha fosfática em breve. Os investimentos foram anunciados durante a missão do Mapa ao exterior este ano.

A fim de que o agronegócio permaneça competitivo, é preciso descobrir novos caminhos para reduzir os custos e manter, cada vez mais, a produção agrícola em ritmo acelerado. Afinal de contas, o agronegócio é o setor que mais cresce no Brasil.

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