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Imagem ilustrando sensoriamento remoto

Sensoriamento remoto: conheça o impacto que tem na sua lavoura

A tecnologia do sensoriamento remoto tem inúmeras aplicações em nosso dia a dia. 

Sua história é antiga e tem início com a obtenção de imagens áreas durante as guerras mundiais, para fins militares. 

A partir daí, seu uso se popularizou e começou a se desenvolver, sendo aplicado posteriormente na cartografia, na geologia e também na agricultura.

Atualmente, existem diferentes tipos de sensoriamento remoto, cada qual com sua aplicação, seus benefícios e também vantagens. Além disso, eles dispõem de ferramentas específicas para análise e obtenção de informações.

Mas afinal, o que é o sensoriamento remoto? 

O que é sensoriamento remoto?

Em suma, o sensoriamento remoto (SR) é toda tecnologia usada para registro, processamento e análise de imagens da superfície da Terra.

Como o próprio nome já diz, são utilizados sensores remotos para a obtenção desses dados, com objetos longe da superfície terrestre. Basicamente, eles captam a energia emitida e refletida pela superfície e a transformam em dados concretos.

Inicialmente, esses dados eram coletados por meio de balões. 

A partir do século XIX, todo o seu uso foi instrumentalizado, com a utilização de aviões e satélites. Nos tempos atuais, com o avanço da tecnologia, é possível obter material de alta resolução espectral e espacial.

O material recolhido é fundamental para entender fenômenos naturais, eventos climáticos, crescimento urbano e também para a observação das mudanças nas características do planeta Terra ao longo dos tempos.

Como funciona o sensoriamento remoto?

Existem três elementos fundamentais que regem o funcionamento dessa tecnologia. São eles:

  • radiação eletromagnética (REM);
  • o objeto de estudo;
  • sensor.

A radiação eletromagnética é a forma de energia utilizada no sensoriamento remoto. Ela é medida em Hertz (Hz) e se propaga através do que chamamos de ondas eletromagnéticas.

Os comprimentos de onda vão de metros a quilômetros.

Dessa forma, cada superfície reage de forma diferente a essa onda eletromagnética. Materiais com diferentes elementos químicos, átomos e moléculas têm absorções ou reflexões diferentes.

Isso basicamente influencia os resultados das imagens, com diferentes tons de cinza. Em outras palavras, a onda interage de forma distintas com cada objeto, gerando variações de energia que permitem a identificação dos objetos e seu posterior estudo.

Objetos e superfícies mais brancas refletem muita energia. Em contrapartida, preto é a cor daqueles que refletem pouca energia.

O objeto de estudo está relacionado à área que será utilizada na análise; e o sensor, como veremos adiante, é o aparelho que mede e quantifica o comprimento da onda eletromagnética.

Sensores remotos

Mulher no campo com um computador com elementos graficos tecnologicos
Fonte: Broto

Não podemos falar de sensoriamento remoto sem comentar as ferramentas que permitem o funcionamento dessa tecnologia.

Sensores remotos são equipamentos que servem justamente para registrar essa energia emitida e refletida pelos elementos da superfície terrestre. Todo o trabalho é feito sem contato algum (remotamente).

São exemplos de sensores remotos os aviões, drones, satélites artificiais, entre outros.

Eles são capazes de captar regiões diferentes do espectro eletromagnético, que, a olho nu, seriam impossíveis de enxergar. 

São fornecidos dados em forma de imagens, como fotografias aéreas e imagens de satélite (imageadores), bem como dados em tabelas e gráficos (não imageadores).

Tipos de sensores remotos

Um sensor remoto pode ativo (quando tem a capacidade de emitir energia) ou passivo (apenas registra a energia emitida).

Sensores remotos ativos são aqueles que funcionam plenamente a qualquer hora do dia. Não necessitam de luz solar, além de serem totalmente independentes da dispersão atmosférica.

Sua maior utilização é no setor do agronegócio; ajudam a desenvolver modelos de perfis verticais de umidade, auxiliam em previsões meteorológicas, medição de temperatura e intensidade de precipitações.

Os sensores remotos passivos dependem da energia do sol para realizar seus objetivos. Entre os dispositivos mais comuns, destacam-se os espectrômetros e radiômetros. 

No setor do agronegócio, são utilizados em plantações, avaliando a saúde das culturas cultivadas.

Resolução dos sensores remotos

Existem também diferentes tipos de resolução associadas a esses sensores. Trata-se de um aspecto muito importante a ser considerado.

A resolução espectral se refere à capacidade do sensor de diferenciar objetos, em função do que chamamos de sensibilidade espectral. Quanto maior for o espectro, maiores serão as energias refletidas pelo objeto.

Quando falamos de resolução espacial, estamos nos referindo ao tamanho dos objetos. Essa resolução serve para identificar objetos na superfície, como carros, árvores, entre outros.

A resolução radiométrica verifica a intensidade de energia refletida e emitida por objetos na superfície.

Na resolução temporal, é medida a capacidade de retorno de um satélite a um mesmo local na Terra, obtendo imagens com um maior nível de detalhamento.

Nível de coleta de dados: diferentes tipos e aplicações

Dependendo do nível de onde o sensor remoto é instalado, obtemos diferentes imagens, algumas com mais detalhes e outras com poucos detalhes. 

Essa diferença se dá, primeiramente, pelo tamanho do objeto a ser analisado, além da distância entre a área e o sensor. O nível de coleta de dados é dividido em 3 tipos: nível orbital, nível aéreo e nível solo.

Nível orbital

São sensores ligados a satélites artificiais, que ficam afastados do planeta Terra. Sua principal vantagem é a cobertura de grandes áreas. 

É muito utilizado em aplicações na agricultura, principalmente no Brasil, país de grande extensão territorial. 

Nível aéreo

Aqui, os sensores ficam acoplados em aeronaves e drones. Sua captação é feita em diferentes altitudes:

  • alta (por volta de 20 km);
  • média (de 5 km até 20 km);
  • baixa (menores que 5 km).

Esses diferentes níveis de altitude fornecem um melhor entendimento do comportamento espectral da superfície de interesse. 

Quanto menores são as altitudes, menor é a influência atmosférica e maior é a qualidade dos resultados.

Nível solo

São dados recolhidos em um nível próximo ao solo, por meio de sensores de mão ou de veículos específicos. 

A grande vantagem dessa abordagem é o nível de detalhes obtidos; em contrapartida, só é possível observar pequenas áreas.

Sensoriamento remoto e suas aplicações na agricultura

Agora que entendemos o que é sensoriamento remoto, veremos uma aplicação prática da utilização dessa ferramenta.

Como dito anteriormente, ela é muito aplicada no setor do agronegócio.

Trata-se, na verdade, de uma tecnologia que auxilia o produtor a conhecer características importantes das suas culturas cultivadas, a qualidade do seu solo e os fenômenos que ocorrem na área de cultivo.

Indiretamente, isso possibilita a criação de meios para maximizar a produção, com controle de pragas e outras questões que podem fazer mal à lavoura. 

Entre os principais pontos possíveis que auxiliam a melhora da produção, podemos destacar:

  • previsão de produção agrícola;
  • identificação de erros em processos como irrigação, adubação e preparo do solo;
  • vigor das plantas cultivadas;
  • estimativa da área plantada;
  • identificação de solos ricos e com potencial maior de produção.

Como é feito o sensoriamento remoto na agricultura?

Existem várias maneiras de realizar o sensoriamento remoto no agronegócio. Sensores acoplados a aviões, helicópteros e satélites são bastante comuns.

Atualmente, a tecnologia mais empregada são os drones (aeronaves não tripuladas). Extremamente versáteis, essas pequenas aeronaves possuem ampla disponibilidade, geram menos custos e são de fácil controle.

É fundamental que o produtor invista em conhecimento técnico e boas ferramentas de sensoriamento remoto. Isso ajuda na tomada de decisão acerca da lavoura, sempre em prol de uma produtividade maior.

Exemplo prático: sensoriamento remoto no cultivo da soja

O Brasil é o país que mais exporta soja para o resto do mundo.

Devido a isso, nos últimos anos, diversas tecnologias estão sendo aplicadas a essa cultura, com o objetivo de melhorar ainda mais a produção e, consequentemente, movimentar a economia do país.

Uma dessas tecnologias é justamente o sensoriamento remoto. 

Por intermédio de drones com câmeras espectrais, as imagens são analisadas e servem posteriormente para a geração de um mapa. Este, entre outras finalidades, mostra as áreas que são mais propícias para receber o grão.

Além disso, é possível monitorar o crescimento das plantas, medir a deficiência de nutrientes e ainda identificar sintomas de alguma doença, como a ferrugem da soja

Câmeras termais permitem, ainda, identificar o estresse hídrico do solo, com o monitoramento de plantas em situação de seca. 

Quando o equipamento detecta, por exemplo, temperaturas mais altas, isso significa que a planta não está recebendo água suficiente.

A importância do sensoriamento remoto

Como vimos, essa tecnologia tem diversas aplicações.

Toda a ação de levantar dados, informações e imagens da superfície terrestre nos ajuda a entender melhor o planeta Terra de uma forma geral. Ele revela diversos dados geográficos e até históricos.

Um exemplo muito claro da sua importância é o Google Earth, uma ferramenta que combina diversas imagens de satélites e possui imagens de alta resolução, que podem ser consultadas por toda a população.

A TerraMagna sabe da importância dessa ferramenta para o dia a dia do produtor brasileiro e trabalha com tecnologias exclusivas para a concessão de crédito a distribuidores e também produtores.

Com uma plataforma própria, nossos especialistas avaliam a lavoura do produtor, desde o plantio até a colheita, permitindo, assim, conhecer todas as suas necessidades.

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