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Agricultor pulverizando na plantacao fazendo o controle biologico

Controle biológico: entenda qual é a sua importância para a agricultura

O controle biológico é uma das formas mais eficientes de controlar e combater as pragas agrícolas e os insetos transmissores de doenças. 

À medida que a agricultura avança, impulsionada pela tecnologia, os produtores rurais saem ganhando. Mas de nada adianta uma tecnologia de ponta, por exemplo, sem o controle de pragas adequado.

Por sinal, é uma das etapas que mais cresce de forma eficiente no meio agrícola. Na década de 60, foram introduzidos os defensivos agrícolas para contribuir com esse controle. 

Além disso, ainda foi importante para estimular a produtividade, tendo em vista a alta na demanda mundial por alimentos. 

Para que se tenha uma ideia, a FAO chegou a refazer suas contas e concluiu que será necessário um aumento de 60% na produção agrícola – tanto na produção de alimentos para consumo humano quanto para biocombustíveis – para suprir a necessidade de 9 bilhões de pessoas em 2050. 

Em sua previsão anterior, 2009, era previsto que a produção global deveria crescer 70%, usando como parâmetro a produção de 2005 e 2007. 

Assim, diversos pesquisadores têm explorado novas alternativas para reduzir o uso de agroquímicos. Isso, a longo prazo, diminuirá a contaminação do solo, da água e do próprio ser humano. 

Continue lendo este artigo para entender tudo sobre controle biológico. Boa leitura! 

O que é controle biológico, afinal? 

O controle biológico tem como principal objetivo controlar as pragas agrícolas e os insetos transmissores de doenças, utilizando inimigos naturais. 

Estes podem ser: outros insetos benéficos, predadores, parasitoides e alguns microrganismos como fungos, vírus e bactérias. 

Nenhuma das técnicas aplicadas deve deixar resíduos nos alimentos; além disso, o controle deve ser inofensivo ao meio ambiente e à saúde do homem. 

Dessa maneira, pesquisas agropecuárias podem contribuir para a redução significativa de pesticidas químicos, normalmente usados no manejo integrado de pragas. 

Tudo isso irá colaborar com: 

  • a qualidade dos produtos agrícolas;
  • a redução da poluição ambiental;
  • a preservação dos recursos naturais;
  • a sustentabilidade dos agrossistemas. 

Como é feito no Brasil?

O Brasil, apesar de ser um dos líderes mundiais no setor do agronegócio, ainda é grande dependente de insumos importados, inclusive de agrotóxicos sintéticos. Isso faz com que sejamos considerados líderes também nesse quesito. 

De acordo com dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Brasil é responsável por ⅕ do consumo mundial de agrotóxicos, usando 19% dos agrotóxicos produzidos no mundo.

Hoje em dia, são usados no mundo 2,5 milhões de toneladas de agrotóxico. Por aqui, o consumo anual é superior a 300 mil toneladas. 

Só nos últimos 40 anos, o aumento no consumo de agrotóxicos foi de 700%, e na área agrícola, 78% no mesmo período.  

Em dez anos, nunca se usou tanto agrotóxico nas lavouras quanto agora. Essa afirmação é do IBGE. 

A utilização de produtos químicos para o controle de pragas, doenças e ervas daninhas mais do que dobrou. 

Além disso, outra informação preocupante é que cerca de 30% dos agrotóxicos foram classificados como muito perigosos, ainda de acordo com o IBGE. 

O uso intenso de agrotóxicos na agricultura, infelizmente, pode:

  • contaminar alimentos, solos, água e animais; 
  • intoxicar os agricultores; 
  • causar resistência de pragas a princípios ativos; 
  • intensificar o surgimento de doenças iatrogênicas; 
  • causar desequilíbrio biológico, alterando a ciclagem de nutrientes e da matéria orgânica
  • eliminar organismos benéficos;
  • reduzir a biodiversidade.

Como forma de diminuir esses impactos negativos, que preocupam os mais diversos segmentos da sociedade, é necessário buscar incessantemente alternativas que atendam às restrições ambientais e exigências dos consumidores. 

O controle biológico, presente no manejo integrado de pragas, é uma das melhores opções para suprir essa necessidade por soluções mais amigas do meio ambiente. 

O controle biológico natural em todos os ecossistemas mundiais está previsto em 85,5 milhões de km². 

Por outro lado, o controle clássico, que usa inimigos naturais exóticos para o controle de pragas, está em 3,5 milhões de km² (o que corresponde a 10% da terra cultivada). 

E o controle biológico aumentativo, por sua vez, que envolve a liberação de inimigos naturais produzidos em larga escala (nativos ou exóticos), está sendo aplicado em 0,16 milhão de km2 (0,4% da terra cultivada).

Em 2010, o mercado de produtos para controle biológico movimentou US$ 70 milhões, equivalente a 2% da venda do mercado de agrotóxicos sintéticos. 

A área tratada com agentes de controle biológico no Brasil é inferior a 8 milhões de hectares/ano. 

Embora elevada em termos absolutos, a aplicação percentual ainda é baixa nas culturas em que já existem alternativas biológicas disponíveis. 

Obs.: os dados informados neste tópico estão disponíveis na página da Embrapa e podem ser visualizados aqui.

Qual é o perfil da indústria de agentes de controle biológico? 

Na grande maioria dos casos, o perfil das indústrias de agentes de controle biológico abrange as pequenas e médias empresas, e pouquíssimas têm mais de 10 anos de história.  

De qualquer maneira, empresas maiores e mais tradicionais, inclusive líderes no mercado de agrotóxicos sintéticos, já estão adquirindo ou reativando divisões relacionadas ao desenvolvimento de biopesticidas. 

Tudo isso, claro, visando perspectivas de negócios no mercado brasileiro. 

Como está o mercado para o controle biológico?

As expectativas estão altas para que novas pesquisas de controle biológico sejam realizadas. Afinal, abrem portas para novas oportunidades de inovação e competitividade na agricultura brasileira.

Mas, claro, esse não é o único benefício. Também atende às principais perspectivas ambientais e a um uso mais sustentável dos serviços ambientais. 

Nos próximos 10 anos, é esperado que o mercado duplique ou até triplique mundialmente. Além disso, diversas demandas para aperfeiçoar os processos ligados ao controle biológico também aumentaram.

Principais vantagens que o controle biológico pode proporcionar ao agricultor

De acordo com as premissas pré-estabelecidas do manejo integrado de pragas (MIP), o controle biológico é uma boa alternativa, já que existe grande incidência de insetos resistentes a inseticidas químicos no mundo. 

O uso excessivo de agroquímicos pode estar contribuindo para esse fenômeno. Normalmente, não é aplicada a dose certa ou no momento adequado. Por isso, o controle biológico vem como uma boa alternativa de manejo. 

O uso de inimigos naturais colabora para que os insetos-não-praga não sejam afetados pelos inseticidas. Além disso, ainda auxilia na construção de um ambiente favorável para o bom desenvolvimento das plantas. 

Por último, o controle biológico melhora a lucratividade também. O custo mais alto dos defensivos agrícolas, pode fazer com que o produtor não tenha lucros, já que precisará arcar com outras despesas durante a safra. 

Tipos e formas do controle biológico

Existem alguns tipos e formas de controle biológico que podem ser considerados pelos agricultores. Confira as principais a seguir. 

  1. Controle natural

O controle natural é realizado com os inimigos de insetos e pragas já existentes no ambiente. O principal objetivo do agricultor é manter esses inimigos naturais, sempre manejando o ambiente, sem aplicar produtos químicos seletivos a eles.

Enquanto a praga não estiver na cultura, as plantas hospedeiras do predador devem ser mantidas para que se alimentem de presas alternativas. 

É importante manter plantas hospedeiras do predador, para que se alimentem de presas alternativas quando a praga não estiver presente na cultura. 

  1. Controle clássico

O controle clássico apresenta resultados a longo prazo. Por isso, costuma ser aplicado em culturas perenes ou semiperenes. 

O objetivo visa ao manejo de pragas exóticas, por isso é necessário importar e colonizar os inimigos naturais para obter resultados mais efetivos. 

Algumas liberações são realizadas em pequenas quantidades por algumas vezes no local de incidência da praga. 

  1. Controle artificial

No controle artificial, os inimigos naturais são desenvolvidos em laboratórios e em grandes quantidades. Depois, são liberados no local infestado pelas pragas.

Normalmente, por serem produzidos em grande escala, as liberações são grandes. Assim, o controle é mais rápido. 

Hoje, é considerado um dos métodos de controle biológico mais utilizados, sendo popularmente conhecido como “inseticidas biológicos”.

Como você pode ter notado, o controle biológico é, sem dúvidas, um dos melhores métodos para realizar o controle de pragas e doenças de forma efetiva e, principalmente, sem agredir o meio ambiente. 

Mas seu uso está longe de estar dentro do esperado pelos especialistas, o que coloca o mundo em estado de alerta para tentar, dentro do possível, acelerar novas pesquisas e tentar trazer ao mercado inovações importantes. 

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