A safrinha de milho demonstra o quanto o agricultor brasileiro empreende no campo. Geralmente o cultivo é feito após a colheita da soja entre janeiro e abril, chamado de plantação de sequeiro, por ser em período de menor incidências de chuvas.
Como aponta o 9º Levantamento da Safra de Grãos divulgado pela Conab ( Companhia Nacional de Abastecimento), a segunda safra do grão tende a registrar um crescimento de 45% se comparada com o ciclo anterior, saindo de 60,7 milhões de toneladas para 88 milhões de toneladas. Ainda de acordo com especialista da Conab, é preciso que se leve em conta que neste momento 25% do milho safrinha ainda pode sofrer influências do clima o que pode afetar o resultado final.
Como vem se confirmando, e caso nenhuma intempérie ocorra, as estimativas da Conab, para a safrinha vai se confirmado com um aumento de 36,3% da produtividade do milho ao longo da segunda safra. Esse desempenho positivo da safrinha de milho é importante pois com a demanda aquecida, ocorre após o produtor ter enfrentado condições climáticas adversas durante a safra principal.
Para que essa produtividade se mantenha, o produtor precisa observar a demanda de nutrientes pelo milho safrinha em função da época de semeadura é de redobrar os cuidados com a adubação. De acordo com estudo de pesquisadores da Embrapa, e evolução da safrinha de milho ocorreu no país devido há uma série de fatores. Entre eles o aprimoramento de tecnologias e o desenvolvimento de novas cultivares, os programas de pesquisa para o monitoramento de pragas ,doenças , o manejo do solo e aos ajustes de adubação, levando sempre em conta a grande probabilidade de ocorrência de déficit hídrico.
E a safrinha de milho deste ano, vai chegar ao mercado em um momento em que o grão tem demanda aquecida, por conta das questões de abastecimento global, que envolvem a guerra no leste europeu. A Ucrânia tem encontrado dificuldade para escoar a sua produção de grãos. Outro fator positivo para o produtor de milho, foi o recente avanço na pauta comercial entre China e o Brasil. O anúncio no final de maio, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento(MAPA) e a Administração Geral de Aduanas da China, durante a VI reunião plenária da COSBAN (Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Cooperação e Concertação) mostra avanços para exportação do grão. A repercussão da assinatura do protocolo fitossanitário, que abre caminho para embarques de milho brasileiro para China, foi publicada no site da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) como um passo importante para novos mercados para o milho brasileiro.