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Pragas do milho com doença na folha

Pragas do milho: Tudo que você precisa saber

Pragas. Em um algum momento da vida do agricultor, essa palavra será mencionada. Elas são uma realidade em plantações e lavouras espalhadas pelo globo, inclusive as do milho. Produtor, você conhece as pragas do milho?

Vivemos em um país de clima tropical, com médias anuais de temperatura que ficam acima dos 20 graus Celsius. Isso favorece a umidade e a chuva, prato cheio para o desenvolvimento de bactérias, fungos, insetos e outras pragas no geral.

Quando falamos em pragas do milho, estamos nos referindo a vetores que podem afetar significativamente o potencial produtivo do milho. Eles podem atacar as lavouras de forma parcial ou total.

Em ambos os casos, o prejuízo é imenso.

Dessa forma, é fundamental que o produtor agrícola tenha conhecimento das pragas do milho existentes no país e entenda a melhor forma de combatê-las ou mesmo erradicá-las, mantendo a produção segura.

Para você ter uma ideia, a produção da cultura do milho (Zea mays) vem crescendo a cada ano no país, ficando apenas atrás da soja (o Brasil, em 2020, assumiu o posto de maior exportador do grão).

Daí tiramos a sua importância para nossa economia, não é mesmo?

A TerraMagna traz, neste artigo, as principais pragas do milho, suas formas de controle e dicas gerais para aumentar sua produção.

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Agronegócio de grãos: importância do milho para economia

O Brasil é um dos países que tem como grande destaque o agronegócio. Com extensão territorial vasta, o país, cada vez mais, aumenta seu patamar como uma das maiores potências produtivas mundiais.

O crescimento gira em torno de 5,7% ao ano.

Em relação à cultura do milho, estimativas apontam aumento da produção para a safra 2021/2022 para 118,155 milhões de toneladas, superando o volume da safra anterior, que foi de 91,469 milhões de toneladas.

Todo esse potencial vem melhorando devido a práticas saudáveis do campo, incluindo também o controle de pragas. Em outras palavras, desenvolveu-se uma melhor habilidade de identificação das pragas em seus diversos estágios de desenvolvimento, possibilitando seu maior controle.

Mas afinal, quais são as principais pragas do milho?

Para entendermos melhor as pragas do milho, podemos separá-las pelo que chamamos de incidência na cultura. 

Elas podem ser de 4 formas:

  • pragas subterrâneas;
  • pragas da superfície;
  • pragas da parte aérea;
  • pragas da espiga.

Pragas do Milho – Subterrâneas

Corós

Os corós são larvas que estão presentes nas lavouras de milho, principalmente nos meses de outubro, novembro e dezembro. Sua alimentação é composta de raízes da cultura. Assim, a planta nem se desenvolve, causando falhas nas linhas de plantio.

Existem, atualmente, três tipos principais de corós. São eles:

O coró-das-pastagens ocorre com mais frequência na região Sul do Brasil, com ciclo anual. Os adultos medem cerca de 3 cm de comprimento e têm coloração marrom-escura. Os ovos são postos em ninhos embaixo da terra, com restos vegetais.

As larvas, no início do desenvolvimento, alimentam-se dos restos vegetais. Depois, atacam as raízes, causando morte e redução da produção.

O coró-da-soja vive no solo e possui hábitos noturnos. É um besouro de 2 cm de comprimento e sem chifres. Assim como o coró das pastagens, as larvas também se alimentam das raízes da cultura.

O terceiro, coró-do-trigo, é um besouro de cor marrom avermelhada, que possui pelos amarelos em suas pernas. A eclosão dos ovos ocorre em poucos dias. Geralmente, é influenciado por umidade e temperatura.

O controle do coró é feito da forma tradicional, com inseticidas. Contudo, é importante que o produtor alie outras técnicas, para tornar o processo mais eficiente. Entre elas,
destacam-se:

  • retirada de matéria e restos da cultura após a colheita;
  • eliminação de plantas que possam servir como alimento para as larvas, como as plantas daninhas;
  • preparo antecipado da terra.

Obs.: a rotação de culturas também é eficaz para a redução populacional dos corós.

Saiba mais sobre a rotação de culturas

Larva-arame

A larva-arame é uma praga do milho que ocorre no início do ciclo da planta, atacando as sementes recém-plantadas e também as raízes das plantas novas. Esta última ação, inclusive reduz a sustentação e vigor delas, podendo levar à morte.

São larvas, na verdade, de um besouro. As plantas atacadas ficam também  amareladas. E como se não bastasse, seu ataque deixa a cultura vulnerável a fungos e bactérias.

O controle, pelo fato de o ataque ser subterrâneo, é iniciado pela umidade do solo. Pode ser feito também de forma tradicional, com a aplicação de inseticidas, e também biológica, por meio da inserção, por exemplo de besouros predadores das larvas e bioprodutos.

Pragas do Milho – Superfície

Cigarrinha-do-milho

É impossível falar das pragas do milho sem citar a cigarrinha. É a principal praga do milho.

Trata-se de um inseto de cor branca, que se alimenta da seiva da planta, realizando a postura dos ovos na epiderme da folha.

É um inseto vetor de doenças, causando molicutes, que ocorrem nos estágios iniciais de desenvolvimento da planta. É uma praga que sobrevive apenas nas culturas do milho e costuma migrar de lavouras com plantas adultas para lavouras com plantas mais novas.

Saiba mais sobre a cigarrinha do milho

Para controle da praga, é importante que o produtor evite o plantio da cultura em locais com histórico recente de infecção pelo inseto. Além disso, é importante também a erradicação de plantas daninhas que podem contribuir para o espalhamento da doença.

Sementes com inseticidas também são usadas.

Cigarrinha-vermelha 

Apesar de o nome estar associado à cor vermelha, esse inseto pode apresentar também coloração castanha, preta ou rosada. Faz a postura dos ovos nas folhas velhas e secas, base da planta e também no solo próximo.

Esses ovos podem permanecer inativos durante longos períodos. Quando o solo e o ambiente (principalmente umidade e temperatura elevadas) apresentam condições favoráveis, os ovos eclodem.

Portanto, costumam surgir muito durante o verão.

O ciclo completo, desde o ovo até a fase adulta, dura aproximadamente de 30 a 40 dias.

Para identificar o animal, é relativamente fácil. As ninfas ficam envoltas em uma espuma branca, e é ali que elas sugam a seiva da planta, além das raízes e folhas.

E não apenas isso: durante a prática, injetam toxinas, que provocam a “queima” e posterior seca das folhas.

O controle é feito através do Manejo Integrado de Pragas (MIP). De forma geral, essa prática é uma grande aliada no monitoramento da população. Além de aplicar medidas corretivas, ela impede que a praga chegue a um ponto crítico.

Lagarta-elasmo

Também conhecida como broca-do-colo, seus ovos levam de dois a três dias para eclodirem. As larvas “raspam” o tecido vegetal logo abaixo do solo, induzindo sintomas de secamento e murchamento das folhas.

Para seu controle, utilizam-se a irrigação (elevação da umidade do solo), o tratamento químico (através de inseticidas) e também o tratamento prévio de sementes.

Pragas do Milho – Parte aérea

Lagarta-do-cartucho

É a principal praga aérea do milho. O inseto, na verdade, alimenta-se de diversos tipos de culturas, inclusive do milho.

A lagarta-do-cartucho, como o próprio nome já diz, destrói o cartucho das plantas, perfura as folhas e ataca também as espigas. O ataque costuma ser intenso perto da fase da floração da cultura e também em épocas secas.

Suas formas de controles são diversas:

  • controle químico, que consiste na aplicação de inseticidas;
  • tratamento das sementes;
  • rotação de culturas;
  • armadilhas de feromônios, com atração dos indivíduos adultos.

Pulgão-do-milho

O pulgão-do-milho se tornou, nos últimos anos, uma das principais pragas da cultura do milho. São insetos pequenos, que vivem em colônias, geralmente dentro do cartucho do milho.

Com coloração amarelo-esverdeada e corpo alongado, o inseto se alimenta da seiva das plantas, principalmente das partes mais novas. Dependendo do ataque, o percentual de perdas pode chegar a 60%.

Ele também transmite o vírus do mosaico, contaminando plantas sadias.

O pulgão-do-milho costuma ser controlado de forma biológica, com aplicação de bioprodutos e joaninhas, principais predadores da espécie.

Broca-da-cana

A broca-da-cana não ataca apenas a cultura do milho, estando presente também na cultura do sorgo e da cana-de-açúcar.

Costuma ocorrer o ano todo, principalmente na região Centro-Sul do país.

O controle é feito da forma biológica (parasitas da espécie Cotesia flavipes são utilizados para combater a broca ainda na fase larval); também são feitos controle genético (construção de variedades resistentes ao ataque da broca) e controle químico (aplicação de inseticidas em lagartas recém-eclodidas).

Pragas do Milho – Espiga

Lagarta-da-espiga

Esse tipo de praga está mais concentrado em regiões com alta produção de milho, como o estado do Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do sul. 

Assim que crescem, elas penetram no interior da espiga e destroem todos os grãos em formação. O ciclo total tem duração de 40 a 45 dias.

A melhor forma de controle é o biológico, com o uso de predadores e parasitoides. Estão incluídas a vespa Trichogramma e a tesourinha Doru luteipes

Mosca-da-espiga

Trata-se de uma mosca, com tamanho aproximado de 5 milímetros, que deposita seus ovos nas espigas. As larvas penetram em seu interior, alimentando-se totalmente dele, deixando apenas a membrana externa.

A principal forma de controle consiste em armadilhas nas lavouras para captura do inseto, para impedir a reprodução.

Conclusão de Pragas do milho

Deu para entender melhor sobre as pragas do milho? A identificação rápida e o bom manejo ajudam o produtor a combater esse problema!

Para mais informações sobre o assunto, você pode consultar o manual de pragas do milho.

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