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Antracnose (Colletotrichum gloeosporioides) em folhas de abacate no Viet Namoney no Brasil

Antracnose: prevenção evita perdas na produção agrícola

Você sabe como combater a antracnose, que, sob condições favoráveis, é responsável por causar a perda de 100% da produção nas culturas de feijão e soja?

Venha entender o que é antracnose e aprenda como a manifestação da doença acontece nas culturas de feijão, soja, milho, sorgo e manga.

Conheça também dados sobre a importância dos impactos da antracnose em diferentes cultivos e veja quais são as principais medidas para controlar a doença. Aproveite a leitura!

O que é antracnose?

A antracnose é uma doença causada por um fungo do gênero Colletotrichum que afeta diferentes partes da planta e atinge numerosas culturas agrícolas, em especial grãos, fruteiras e hortaliças. 

A manifestação da antracnose ocorre quando estão presentes os elementos do triângulo da doença: patógeno, hospedeiro e ambiente favorável. 

O ambiente favorável para o desenvolvimento do fungo é caracterizado pela presença de umidade e temperatura moderada a alta. 

A ocorrência da doença nas lavouras pode estar ligada à presença do inóculo em restos culturais ou sementes

O principal fator para a disseminação da antracnose são respingos de chuva, mas sua dispersão pode ocorrer por meio de insetos, vento, água de irrigação e ação do homem. 

Vejamos como essa doença se apresenta em diferentes culturas.

Antracnose na soja

A antracnose é uma das principais doenças que acometem a cultura da soja, em especial na região do Cerrado. É causada principalmente pelo fungo Colletotrichum truncatum.

A antracnose na soja manifesta-se por meio de manchas negras nas hastes, pecíolos e racemos florais. Nas nervuras das folhas, surgem lesões negras ou marrons. 

Nas vagens, é possível observar lesões marrons a enegrecidas que podem atingir toda a sua extensão e inviabilizar a produção de grãos. 

As sementes apresentam manchas marrons deprimidas. O acometimento das sementes é maior quando há alto índice de umidade causado pela ocorrência de chuvas na colheita. 

Antracnose no milho

A antracnose no milho é causada pelo fungo Colletotrichum graminicola, e seus sintomas podem incidir no colmo, na espiga, nas raízes, nas folhas e no pendão do milho. 

Nas folhas, ocorrem lesões escuras com forma variável, que podem apresentar irregularidades nas bordas, além do aparecimento de acérvulos que permitem a identificação da doença. 

Os acérvulos são corpos de frutificação do fungo que contêm os esporos responsáveis por sua disseminação.  

Na nervura central da folha, lesões escuras apresentam-se sob forma elíptica e alongada. 

Há a formação de numerosos acérvulos na nervura central, que podem causar a queima da ponta das folhas em formato de V.

Normalmente, o acometimento do colmo pode ser identificado durante a maturação fisiológica do milho, causando a podridão de suas partes interna e externa. 

Em genótipos suscetíveis, o comprometimento do colmo pode causar acamamento e morte da planta. 

Segundo a Embrapa, fatores como adoção do sistema de plantio direto, intensificação da irrigação e adoção da monocultura contribuíram para o aumento da incidência da doença. 

Antracnose no sorgo

A antracnose do sorgo é causada pelo fungo Colletotrichum sublineolum e é considerada a doença mais importante dessa cultura, especialmente em regiões quentes e úmidas.

Segundo a Embrapa, a antracnose pode causar queima foliar, podridão do colmo, queima da panícula e de grãos, sendo a antracnose foliar sua forma mais grave.

Os primeiros sintomas de antracnose nas folhas ocorrem por meio de lesões elípticas a circulares que evoluem de forma a apresentar centros necróticos de cor palha.

Essas lesões podem apresentar margens avermelhadas ou castanhas, dependendo da espécie cultivada. Na região central dessas lesões, há a formação de acérvulos. 

Nos colmos do sorgo, ocorre a formação de cancros sob a forma de áreas claras contornadas por áreas de coloração característica da planta hospedeira. 

O comprometimento da panícula pode ser uma extensão da fase de podridão do colmo. 

Na panícula, ocorre o aparecimento de lesões abaixo da epiderme com aspecto encharcado, que podem assumir coloração entre cinza e avermelhada. 

A antracnose pode acarretar esterilidade parcial das plantas de sorgo e perdas de parte da produção.   

Antracnose no feijão

No feijão, a antracnose é causada pelo fungo Colletotrichum lindemuthianum e é uma de suas doenças mais comuns, sendo prevalente em regiões frias e de altitude elevada. 

Nas folhas, os primeiros sinais de antracnose aparecem nas nervuras da parte inferior da folha sob a forma de manchas alongadas de coloração vermelha a púrpura. 

Com o avanço da doença, as manchas tornam-se marrons e podem ser vistas na parte superior da folha. Cancros podem aparecer nos caules e nos pecíolos do feijão

Nas vagens do feijão, a antracnose aparece sob a forma de manchas deprimidas e arredondadas de contorno escuro. 

As sementes também são atingidas pela doença, apresentando lesões de coloração vermelha ou marrom. 

As sementes contaminadas são um fator importante para a disseminação de antracnose nas lavouras de feijão, por isso o agricultor deve estar atento quanto à sua procedência.

Antracnose na manga

A antracnose é causada na manga pelo fungo Colletotrichum gloeosporioides, que pode introduzir-se no vegetal por meio de suas aberturas naturais ou ferimentos. 

O fungo pode ficar inerte até que ocorram condições favoráveis para o desenvolvimento da doença. É possível que a patologia se manifeste somente na pós-colheita. 

Nas folhas, há o aparecimento de manchas de forma oval ou irregular com coloração marrom. Com o avanço da doença, as folhas podem ficar necrosadas e apresentar rupturas. 

Na área das ráquis da inflorescência, podem aparecer manchas alongadas e secas de coloração marrom. As flores são atingidas, tornando-se negras e secas.

A antracnose em frutos novos pode causar sua queda antes do tempo ou, ainda, pode permanecer em estado de latência até seu amadurecimento.  

Os frutos mais desenvolvidos podem apresentar lesões de cor escura, de aspecto deprimido, sendo em geral circulares. 

Os frutos podem apresentar podridão causada pela antracnose no momento de sua comercialização.  

Importância

A antracnose gera grandes prejuízos aos agricultores por causar a perda de parte da produção agrícola e impactar na qualidade dos produtos, reduzindo seu valor de mercado.

De acordo com pesquisas da Embrapa, a antracnose pode causar as seguintes repercussões nos resultados das lavouras:

Estratégias de manejo

O primeiro passo para prevenir a infecção da lavoura por fungos causadores da antracnose é adquirir sementes sadias e de boa qualidade ou que tenham sido tratadas com fungicidas sistêmicos.

Outra medida importante é a utilização de cultivares resistentes que estão presentes no mercado para culturas como feijão, milho e soja. 

É importante observar o espaçamento adequado do plantio de acordo com a cultura em questão, pois o adensamento provoca um aumento de umidade, beneficiando o fungo. 

A rotação de culturas com plantas não hospedeiras é uma prática recomendada para reduzir a presença do patógeno nas áreas de cultivo. 

É necessário fazer a eliminação de restos culturais, pois estes podem conter o inóculo de fungos do gênero Colletotrichum.

O controle químico é realizado com a aplicação de fungicidas registrados na cultura a ser tratada. 

Recomenda-se a alternância de produtos para evitar o desenvolvimento de patógenos resistentes aos fungicidas. 

Deve-se consultar o Agrofit/Mapa para saber quais são os produtos registrados e sua época de aplicação. Consulte um profissional habilitado para orientá-lo nesse processo. 

No caso do cultivo de frutas, como a manga, é recomendável a realização de podas para a limpeza e aeração do pomar. 

Segundo a Embrapa, o tratamento hidrotérmico utilizado no combate às moscas-das-frutas tem sido adotado com sucesso no combate à antracnose na manga durante a pós-colheita. 

Conclusão 

No presente artigo, vimos o que é a antracnose e conhecemos suas principais manifestações nas culturas de soja, milho, sorgo, feijão e manga.

Vimos também quais são as principais medidas a serem adotadas para impedir a contaminação da cultura pela doença. 

Medidas preventivas são essenciais para evitar a presença do patógeno no campo, sendo o uso de fungicidas a principal estratégia no combate químico da doença.

A antracnose é responsável por causar a redução da qualidade dos cultivos e perdas expressivas da produção, por isso é necessário planejar-se para prevenir seu aparecimento.

O tema é relevante para agricultores e distribuidores de insumos, que devem estar atentos a fatores como sementes, escolha de cultivares resistentes e fungicidas adequados. 

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