Trator aplicando defensivos agricolas em lavoura

Defensivos agrícolas: o que são, seus fundamentos e como usar

O Brasil lidera o setor do agronegócio, se destacando no mundo. Isso gera um grande consumo de defensivos agrícolas, causando uma dependência que só cresce nos últimos anos.

Esse assunto divide opiniões: de um lado, existem grupos que afirmam que o Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos; algumas pesquisas mostram que, em 2017, foram gastos cerca de US$ 10 bilhões.


Entretanto, esse é um dos principais fatores que salvou as pessoas da fome no mundo.

Leia o artigo até o final e saiba mais sobre os fundamentos, a origem e como usar os defensivos agrícolas da melhor maneira, sem danificar a saúde e o meio ambiente.

Afinal, o Brasil é o país que mais consome agrotóxico?

Os defensivos agrícolas, que são popularmente conhecidos no Brasil como agrotóxicos, são objeto de uma grande discordância entre grupos contra e a favor.

A legislação brasileira tem escolhido a flexibilização sobre os produtos químicos. 

Em outros estudos, foram levantados dados aplicando diretrizes que dividem os gastos pela área cultivada, ou seja, a quantidade de investimento em agrotóxico por hectare plantado. 

Nesse estudo, é evidenciado o quanto cada país gasta com defensivos agrícolas usando o volume da produção agrícola como referência. Para isso, dividem-se os gastos totais por tonelada de alimentos produzidos. 

O Brasil ocupa a 13ª posição nessa lista (US$ 9 por toneladas). Os dados brutos do levantamento podem ser conferidos no site da Consultoria Phillips Mcdougall.

Com base nos critérios de consumo de defensivos em cargo de trabalho da produção agrícola, o Brasil aparece em 58º lugar.

Os dados constam no sistema FAOSTAT, um banco de dados da FAO com estatísticas de 245 países desde 1961 sobre alimentos e agricultura. No ranking, depois do Brasil estão Alemanha, França e Espanha.

A tecnologia utilizada para o controle de pragas e doenças nas lavouras em todo o mundo é conhecida como pesticida (ou praguicida). O Brasil é o único país que deu o nome para o “agrotóxico”.

O termo surgiu em 1977, no livro do pesquisador Adilson Paschoal, em que aparece “agrotóxicos: problemas e soluções”.

Esse termo é considerado negativo pelo setor agrícola. Existe um projeto de lei (6299/2002) aguardando apreciação pelo Senado Federal, cujo objetivo é mudar o nome oficial de “agrotóxico” para “pesticida”.

O termo “agrotóxico” possui uma origem grega: ágros significa “campo”, e toxicon significa “veneno”. Na época, o termo como pesticida eram bastante usados só no meio acadêmico e científico, enquanto no uso popular no campo “veneno” era a palavra mais usada.

No mundo todo o termo pesticida é o mais usado que vem do latim: pestis (a doença), cida (o que mata) os termos também não são adequados para a língua portuguesa. 

Na verdade, não é a doença que mata. O que se mata são os agentes causadores das doenças: os patógenos.

Defensivo agrícola: é um termo ideológico?

Um estudo realizado por uma equipe da Pós-Graduação na Universidade de Caxias do Sul descobriu que o termo “defensivo agrícola” possui um viés ideológico com o propósito de substituir “agrotóxico”.

Os estudiosos concluíram que a razão para o uso do termo “pesticida” não se deve a dúvidas sobre a expressão apropriada; consequentemente, ainda é confusa para os agricultores, distribuidores de insumos e a sociedade em geral.

Atenção com os defensivos agrícolas

Entretanto, é necessário atenção ao controle químico na plantação nacional, já que aumentou o consumo desse tipo de insumo. Surgem problemas ambientais e a contaminação de alimentos, por falta de conhecimento, mau uso da tecnologia e polarização.

Como efeito, temos uma sociedade pressionando a redução do impacto ambiental nas atividades agrícolas. Esse movimento traz questionamentos sobre o uso de defensivos

agrícolas naturais, fundamentais para a produção saudável de alimentos. 

Em contrapartida, também observamos o crescimento de processos naturais no mundo. No Brasil, são facilmente identificados em pequenas e médias propriedades agrícolas e em agricultura familiar.

Agricultura sustentável e defensivos agrícolas naturais

Hoje em dia, já se nota essa expansão em grandes propriedades, com iniciativas de fundações ou organizações não governamentais de agriculturas sustentáveis.

Com sistemas agrícolas alternativos ganhando impulso, ampliam-se setores empresariais, instituições públicas de pesquisa e, consequentemente, o mercado de defensivos agrícolas naturais, principalmente capitaneado pelo monitoramento biológico.

Este cresce cerca de 16% ao ano em esfera mundial. Nacionalmente, já representa de 3% a 5% das vendas dos pesticidas químicos. Os defensivos agrícolas naturais são os produtos originários de partes ou compostos de plantas, microrganismos, animais e minerais. 

A quinta edição do Congresso Brasileiro de Defensivos Agrícolas Naturais (COBRADAN), organizado pela Embrapa Meio Ambiente – que abordou o tema “O papel dos defensivos naturais na agricultura do século XXI” –, resultou na edição de um livro sobre o assunto, composto de capítulos escritos pelos palestrantes.

Isso contribui para o avanço e o entendimento sobre os defensivos agrícolas naturais, auxiliando os pesquisadores e as indústrias de insumos, bem como também técnicos e produtores que buscam uma agricultura mais sustentável.

O que são defensivos agrícolas?

Os agentes defensivos são produtos químicos, físicos ou biológicos utilizados na agricultura para controlar os organismos vivos considerados prejudiciais às culturas. Eles as defendem de insetos, pestes, fungos, ervas daninhas e doenças. 

Eles também são identificados como pesticidas e fitossanitários. Destes, “agrotóxicos” é o termo atualmente usado pela lei brasileira. A utilização permite a sustentabilidade da produtividade agrícola. 

Qual é a importância dos defensivos agrícolas na agricultura?

O grande volume populacional gera altas demandas na produção agrícola, principalmente de alimentos; a fome foi reduzida drasticamente com esse recurso.

A tecnologia acaba avançando com essa demanda, alcançando altos índices de produtividade para abastecer toda a necessidade existente no mundo; de igual modo, o nível de toxidade se reduziu de forma exponencial, se comparado com o passado. 

Para termos produtos de qualidade, eles não dividem espaço com larvas, fungos e bactérias nessa indústria.

Então, é muito importante haver uma proteção da lavoura, por meio de um agente que garanta sua produtividade e esse papel na agricultura.

Atualmente o maior desafio é aumentar a produção sem expandir a área plantada, com objetivo da população ter em casa alimentos sustentáveis.

Porém, em condições climáticas que favorecem pragas, isso pode acarretar danos que diminuem a lucratividade e causam até mesmo a perda da produção na lavoura. 

Existem casos em que os prejuízos vão além do produtor, chegando ao consumidor.

Quais são os defensivos agrícolas?

Existem vários modos de classificação, podendo ser de acordo com o tipo de praga, mecanismo de ação, toxicologia animal e periculosidade ambiental.

Fungicidas

Impede, monitora e recupera a ação de fungos. É um produto com grande demanda por existirem muitas culturas diferentes plantadas em território brasileiros e em razão das diferentes condições de clima que ajudam no aparecimento desses microrganismos.

São produtos com substâncias disponíveis no mercado, pertencentes à classe das carboxamidas, estrobilurinas e triazóis.

As carboxamidas e as estrobilurinas agem no sistema de respiração celular do fungo; já os triazóis operam no bloqueio da síntese do ergosterol, componente da membrana celular dos fungos.

Inseticidas

Previnem e controlam insetos e pragas. Seu principal modo de ação é por contato.

Evitam danos muito intensos, destruindo tecido vegetal em alta velocidade e em todas as fases de desenvolvimento das culturas, com queda vertiginosa da produção em condições de controle ineficientes.

Herbicida

O herbicida age na secagem de culturas para colheita ou formação de palhada e no controle das pragas, possuindo criteriosa ação em plantas.

Bactericida

Tem uma composição antibacteriana, para matar bactérias atuando no ambiente contaminado, impedindo que os microrganismos possam desempenhar atividades vitais básicas; assim, qualquer sinal de propagação por bactérias é extinto no local em questão.

Acaricidas

Combate os ácaros que vivem do consumo de plantas, introduzem doenças e acabam com lavouras, atacando e reduzindo sua produção. Há acaricidas de vários tipos e com os mais diferentes princípios ativos, cada um indicado para determinado tipo de ácaro.

Como usar corretamente os defensivos agrícolas: evitando danos à saúde e ao meio ambiente

Como já vimos, a falta de monitoramento na aplicação de defensivos agrícolas pode causar danos ao meio ambiente e à nossa saúde; por isso, listamos alguns pontos a serem observados durante seu uso.

  • Segurança

Atentar-se ao uso correto de EPIs, como viseira, respirador, touca árabe, jaleco, avental, luvas e calça, garantindo a segurança do trabalhador e também cumprindo as dosagens e prazos impostos pelo engenheiro-agrônomo para aplicação e consumo desses produtos.

  • Escolha do produto

Isso depende de cada planta, da classificação do defensivo agrícola e das suas necessidades. 

  • Elaborar um planejamento

O planejamento deve ser realizado a cada safra. Assim, podemos identificar as pragas presentes na lavoura e escolher o melhor defensivo para atuar sobre a planta, obtendo maior eficiência e custo-benefício na produção.

  • Atentar-se à pulverização

Alguns detalhes podem fazer diferença, como:

  1.  regular o calibre do pulverizador seguindo instruções de uso do fabricante;
  2.  avaliar as condições meteorológicas para evitar evaporação do produto;
  3. treinar operador para executar o trabalho com boas práticas de uso;
  4. Não utilizar água de lagos e riachos, que podem ter componentes que reajam com o defensivo, prejudicando a pulverização.

Vantagens dos defensivos agrícolas naturais

A vantagem dos defensivos agrícolas naturais está diretamente relacionada ao manejo eficaz e econômico, suprindo a necessidade da sustentabilidade ambiental em propriedades rurais.

Com um bom planejamento, eles podem ser grandes aliados a longo prazo, para a redução de custos, pois seu fácil acesso traz benefício ao produtor.

Além disso, tem baixa toxicidade ao homem e a natureza, combatendo com eficácia insetos e microrganismos nocivos.

Na cartilha de defensivos naturais, disponibilizada pelo governo, encontramos receitas de biofertilizantes que, além de alimentar as plantas com seus nutrientes, as protegem contra pragas e doenças por possuírem também os microrganismos vivos, além de nutrir o solo. 

Esses itens são produzidos de forma natural, a partir da degradação de diversas fontes de matéria orgânica em condições aeróbias e anaeróbias, para os diferentes tipos de pragas.

TerraMagna: garanta a segurança da sua lavoura

Neste artigo, você aprendeu a finalidade e os diferentes tipos de defensivos agrícolas, além de entender como fazer o uso aplicando boas práticas.

Os pesticidas, ou praguicidas, são fundamentais para o controle de pragas; através deles, conquistamos muitos benefícios, inclusive para controlar a fome mundial.

A cada ano, surgem novos pesticidas, fertilizantes e sementes melhoradas geneticamente, com níveis de toxicidade cada vez mais reduzidos.

Todos esses mecanismos no processo aumentam a produtividade no mesmo espaço de terra. 

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