Portal do Distribuidor

Artigos exclusivos para você aprimorar sua produção e faturar mais.

trator pulverizando produtos fitossanitarios

Produtos fitossanitários: importância para a agricultura moderna

Os produtos fitossanitários são substâncias de origem orgânica ou química. O seu uso é bastante comum na agricultura para manter o controle e a prevenção de pragas nas lavouras.

Além disso, contribui para a redução de ações que possam comprometer a produtividade do cultivo e estimula o crescimento das plantas.

Normalmente, as pragas combatidas por produtos fitossanitários podem ser:

  • plantas daninhas;
  • fungos;
  • bactérias;
  • vírus;
  • parasitas (nematoides);
  • insetos; 
  •  ácaros.

Ocasionalmente, a estimativa de danos causados por pragas é de 42% de toda a produção vegetal do mundo.

No entanto, em regiões de clima tropical, os estragos das ações de pragas costumam ser ainda maiores.

A princípio, os produtos fitossanitários podem ser encontrados na tradicional forma de químicos sintéticos ou biológicos.

Com ativos em sua composição, agem de forma predadora, por meio de mecanismos como o parasitismo, a antibiose e a competição entre espécies.

Ademais, induzem a resistência e a proteção cruzada da plantação.

Houve grandes avanços na qualidade e na eficiência no processo de fabricação dos produtos fitossanitários, aliados a aspectos mais técnicos e fundamentais para garantir a durabilidade, a viabilidade e a comercialização do produto.

Em outras palavras, o controle de qualidade se tornou mais rigoroso, fazendo uma análise de boas práticas.

Isso vai desde os setores de controles internos, passando por adequações na formulação, até a distribuição dos insumos ao sistema de aplicação.

Esses produtos são registrados e assegurados por avaliações de órgãos especializados como o MAPA, a ANVISA/MS e o IBAMA/MMA.

Atualmente, os produtos biológicos, em boa parte, à disposição são inseticidas. 

Eles podem ser do tipo microbiológico, que atacam fungos, bactérias, vírus e parasitas, ou fungicidas, bastante usados também no combate de fungos e bactérias.

Há, ainda, os nematicidas microbiológicos e os herbicidas biológicos.

Em suma, no país, temos atualmente cerca de 92 produtos fitossanitários registrados. São eles:

  • 56 microbiológicos;
  • 36 macrobiológicos;
  •  9 fungicidas; 
  • 1 nematicida.

Porém, ainda existem três tipos que não participam dessa classificação oficial entre os tipos: os produtos semioquímicos (feromônios), aleloquímicos e bioquímicos (à base de extratos vegetais).

Embora os produtos biológicos possam ser utilizados pela chamada agricultura orgânica, a sua principal aplicação e seu mercado ainda estão na agricultura convencional.

O destaque são cultivos onde se aplicam as técnicas de Manejo Integrado de Pragas (MIP).

O que são produtos fitossanitários?

Como já foi dito anteriormente, produtos fitossanitários são um conjunto de químicos ou substâncias biológicas desenvolvidas para conter infestações de pragas ou doenças.

Apesar de parecer um ótimo aliado para o homem campo, o manuseio de tais produtos fitossanitários requer uma série de cuidados.

Isso porque, em sua composição, há a concentração de vários elementos considerados prejudiciais à saúde humana.

Nesse sentido, é aconselhável que a manipulação de agroquímicos, como também são chamados, seja feita em espaços especificamente destinados ao seu preparo. 

Além disso, as instruções contidas na bula devem ser seguidas à risca.

Entretanto, antes de comprar qualquer produto fitossanitário, é de extrema importância que se consulte um profissional especialista em agronomia, a fim de fazer uma avaliação precisa sobre as necessidades da lavoura e, assim, evitar que maiores danos possam vir a ocorrer.

Mesmo sob orientação profissional, alguns cuidados devem ser redobrados na hora de adquirir os fitossanitários. Tais como:

  • na compra do produto, a via da receita agronômica deve ser guardada;
  •  exija e guarde a nota fiscal;
  •  verifique a quantidade do produto para evitar excessos. O ideal é comprar somente a quantidade necessária para o tratamento;
  • não aceite embalagens danificadas;
  • confira se as informações do rótulo e a bula estão claras para leitura;
  • informe-se quais são os locais que recolhem as embalagens vazias.

A princípio, o mercado internacional movimenta cerca de US$ 2,3 bilhões por ano.

Já no Brasil, essa movimentação gira em torno de 1,5% no mercado de produtos fitossanitários.

No entanto, a tendência de rápido crescimento já é uma realidade para o setor.

De acordo com estimativas, o mercado de produtos químicos para uso agrícola deve crescer 3% ao ano.

Os insumos de origem biológica, por sua vez, devem crescer de 15% a 20% ao ano.

Por outro lado, a criação da ABC Bio (Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico), em 2007, contribuiu para a aceleração e o desenvolvimento até o cenário atual.

Atualmente, são 63 empresas que trabalham com o registro de produtos químicos e biológicos para uso agrícola no país.

Com isso, o produtor rural tem mais confiança no que está adquirindo e utilizando em sua propriedade.

A previsão do setor, antes da pandemia de Covid-19, era de que, já em 2020, os produtos fitossanitários biológicos representassem 10% dos registros disponíveis no mercado, assim como ocupariam 15% da demanda por insumos no mercado no Brasil.

Só no ano de 2016, foram registrados 277 novos produtos fitossanitários em território brasileiro.

Um verdadeiro recorde para época; desses produtos, 38 eram de origem biológica.

Como resultado, um desempenho de 65% de aumento em relação ao ano de 2015.

Em síntese, esse recorte do desempenho ao longo dos anos demonstra como é grande e importante o investimento em novas tecnologias por parte do setor do agronegócio brasileiro.

Isso tem o intuito de acelerar os processos de produção e de que suas ações sejam cada vez mais eficientes e, acima de tudo, sustentáveis. 

Quais são os principais tipos de produtos fitossanitários no mercado brasileiro?

O uso de produtos fitossanitários já figura no dia a dia das propriedades rurais há mais de quarenta anos.

Apesar de se mostrar um grande aliado da produtividade das lavouras, a sua aplicação deve ser moderada.

Isso porque seu emprego indiscriminado e excessivo pode gerar o surgimento de pragas mais resistentes.

Em outras palavras, os inimigos naturais das pragas são eliminados.

Ainda assim, abre-se espaço para pragas antes sem importância se desenvolverem sem a presença de seus predadores naturais.

Nesse sentido, há um desequilíbrio ao ecossistema e ao funcionamento da lavoura.

Por isso, apesar dos anos, ainda é comum a existência de questionamentos sobre a real eficácia da utilização de produtos fitossanitários na produção de alimentos agrícolas.

Em contrapartida, é inegável a enorme variedade de fitossanitários disponíveis no mercado.

Os principais tipos de formulações no mercado brasileiro vão de controle de pragas e doenças a infestações de plantas daninhas; eles são:

  • Inseticidas: usados para o controle de insetos.
  • Fungicidas: controle as doenças e fungos.
  • Bactericidas: usados no controle de doenças ocasionadas por bactérias.
  • Herbicidas: produto que controla o surgimento e desenvolvimento de ervas e plantas invasoras.
  • Formicidas: produto para combater as ações de formigas na lavoura.
  • Acaricidas: usados para combater o aparecimento de ácaros nas plantações.
  • Moluscicidas: combate lesmas, caracóis e caramujos.
  • Nematicidas: combate vermes.
  • Raticidas: é comum no combate à infestação de ratos e outros roedores.
  • Carrapaticidas: para controlar o aparecimento de carrapatos no rebanho. 

Por serem considerados produtos de baixo impacto toxicológico ou ambiental, a legislação brasileira trata de forma diferenciada a aprovação de registros de insumos destinados à agricultura orgânica.

Tal ação tem a finalidade de acelerar a liberação do registro e a sua comercialização.

Tudo isso, contudo, sem deixar os critérios a respeito da saúde, meio ambiente e eficiência caírem.

Após o recebimento do registro, o produto químico ganha status de fitossanitário.

A Lei 10.831, de 23 de dezembro de 2003, traz em seu artigo 9º:

“Art. 9º Os insumos com uso regulamentado para a agricultura orgânica deverão ser objeto de processo de registro diferenciado, que garanta a simplificação e agilização de sua regularização.”

Sob o mesmo ponto de vista, a lei que regulamenta a produção de produtos orgânicos (10.831/2003) através do decreto de 27 de dezembro de 2007 também contribuiu para a construção do cenário atual.

Logo depois, em 2007, a lei passou por uma pequena alteração por meio do Decreto 6.323, de 27 de dezembro de 2007.

“Art. 24. – O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento deverá estabelecer mecanismos para priorização e simplificação dos registros de insumos aprovados para uso na agricultura orgânica.

Parágrafo único. – No caso de insumos em que o registro envolva a participação de outros órgãos, os mecanismos de que trata o caput deverão ser estabelecidos em conjunto com os demais órgãos federais competentes, considerando os mesmos princípios de priorização e simplificação, desde que isso não importe em risco à saúde ou ao meio ambiente.”

Do mesmo modo, em 2011, por meio da portaria nº 52, os órgãos reforçam a proibição de insumos que tiverem em suas composições substâncias que possam gerar mutações ou câncer.

Após aprovação conjunta da SDA/SDC/ANVISA/IBAMA, os insumos aprovados passaram a receber o título de “produtos fitossanitários com uso aprovado para a agricultura orgânica”.

O objetivo é minimizar o impacto à saúde dos trabalhadores durante os períodos de exposição, que são cada vez mais frequentes.

Inicialmente, o contato constante pode causar alergias e, em casos mais graves, a morte do produtor.

Por isso, é de extrema importância usar equipamentos de proteção individual (EPIs) como luvas, máscaras, viseiras e óculos de proteção.

Além disso, deve-se evitar fazer a pulverização no terreno em horários de pouca ventilação.

Em suma, boa parte dos acidentes envolvendo produtos fitossanitários se dá devido à sua aplicação incorreta e à desconsideração do grau de toxicidade do produto.

No rótulo, aparecem informações e cores que são importantes: vermelho (extremamente tóxico), amarelo (altamente tóxico), azul (perigoso ao meio ambiente) e verde (pouco perigoso ao meio ambiente).

Conclusão

Ao longo deste artigo, não poupamos esforços para te trazer dicas e boas práticas de manejo atualizadas.

Logo, podemos aprender como é importante o uso de produtos fitossanitários na agricultura contemporânea.

Entretanto, a sua aplicação deve ser moderada e sempre sob a supervisão de um profissional especializado.

Proteger sua colheita não precisa ser nada complicado, pois a TerraMagna tem um time repleto de especialistas para te ajudar a ir ao próximo nível.

Venha descobrir o que há de mais recente em inovação e crédito rural.

Fale com nossos especialistas!

Procurando um tema específico?

Pesquisar

Receba nossos conteúdos exclusivos feitos pelos nossos especialistas

A TerraMagna traz crédito inteligente para distribuidores de insumos de maneira simples e rápida.

Contato

Acesse o Fides