As regras para uso de drone na agricultura, de maneira geral, determinam a distância mínima de 20 metros de algumas áreas específicas para permissão de voo, assim como restrição do tipo de produto, tendo como exceção os produtos biológicos para agricultura orgânica, sem restrição à saúde humana.
Além dessas exigências, é preciso ter cuidados relacionados com o treinamento de quem vai utilizar o drone para o mapeamento da região.
Mesmo com todos esses detalhes, o uso de drones vem revolucionando a agricultura e, por isso, é um investimento que vale a pena em diversos momentos.
Quer conhecer as regras e exigências para o uso de drones na agricultura? Acompanhe!
Índice de conteúdo
ToggleO uso de drones na agricultura
Muita gente conhece os drones apenas para monitoramento de câmeras ou para filmagens. Sem dúvidas, o aparelho facilitou muito essas áreas.
Mas o que muita gente não sabe é que os drones podem ser utilizados para diversas funções nos mais diferentes mercados, inclusive no agronegócio.
O uso de drones na agricultura vem sendo cada vez mais comum por possibilitar uma facilidade maior no manuseio de alguns insumos e principalmente para monitoramento e mapeamento de terras.
O que antes precisava ser feito manualmente ou com grandes máquinas (geralmente com valor elevado) agora está sendo feito com pequenos dispositivos, muito mais ágeis, de valor menor e com melhor custo-benefício.
Por isso, o uso de drones na agricultura é cada vez mais incentivado e faz cada vez mais sentido dentro de grandes produções.
Esse uso foi regulamentado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em 2021, e o número de drones registrados na ANAC para o agronegócio também está crescendo.
O mercado de drones, percebendo esse benefício para um dos setores mais lucrativos em todo o mundo, lança a cada ano drones melhores e mais tecnológicos para atender a uma produção agrícola cada vez maior.
Até agora, deu para notar que os drones conseguem trazer grandes soluções para os produtores, certo? Contudo, utilizá-los na agricultura exige uma série de cuidados com exigências e regras.
Essas regras existem tanto para garantir a segurança alimentar e física quanto para acompanhar as exigências de padronização para uso de drones no Brasil.
Como os drones podem ser utilizados
O uso de drones na agricultura pode contribuir para o tratamento da produção e para um melhor controle sobre ela.
De maneira geral, os drones trouxeram facilidades de manuseio de insumos e também maior rapidez no monitoramento. Assim, os dois principais tipos de utilização de drones na agricultura são pulverização e monitoramento/mapeamento.
Drones na pulverização
O uso mais comum dos drones na agricultura é a atividade de pulverização. Por serem aéreos, menores e mais ágeis, conseguem pulverizar uma região muito maior em menos tempo.
O que antes era feito por máquinas pulverizadoras de grande tamanho e de forma muito mais lenta, consegue ser feito pelos drones com uma agilidade maior.
Para passar as máquinas pulverizadoras, era preciso “organizar” a produção em determinado espaço, considerando a passagem das máquinas, por exemplo.
Com o uso dos drones, esse espaço de maquinário se reduz, podendo aumentar a quantidade de produção e culturas de larga escala, como soja e milho.
Os drones pulverizadores carregam um “galão” com o composto químico que será pulverizado e despejam o líquido a partir de mangueiras acopladas.
É um tipo de drone construído especialmente para a agricultura e, por isso, conta com os mecanismos corretos para cumprir essa função.
Em média, um drone pode fazer a pulverização de 12 hectares por hora de trabalho.
Drones para monitoramento e mapeamento
Além do uso para melhoria da produção em si, com a pulverização, o uso de drones para monitoramento e mapeamento também é muito comum na agricultura, principalmente em grandes produções.
O monitoramento por imagem via satélite já é muito comum, mas o uso de drones consegue fornecer dados e imagens ainda mais precisos.
A partir dos drones de monitoramento por imagem, o produtor consegue ter informações como área total plantada, saúde da plantação, locais que exigem manutenção e outros problemas que podem surgir na qualidade.
Além das imagens em si, com a ajuda de softwares especializados, o produtor tem acesso a dados bastante específicos sobre sua plantação, principalmente voltados à produtividade e qualidade.
O mapeamento funciona da mesma maneira: os drones percorrem a propriedade e, com ajuda de softwares, conseguem determinar áreas, elevações, distâncias e muitos outros dados.
Com todos esses mecanismos, fica muito mais fácil para o produtor conseguir acompanhar o desenvolvimento e a qualidade da sua produção.
As regras para o uso de drone na agricultura
Apesar de muita gente achar que o drone é um instrumento simples de ser utilizado, é preciso ter um conhecimento sobre ele para poder operá-lo com segurança e eficiência.
Por isso, uma das principais exigências para uso de drone na agricultura é a obrigatoriedade de ter operadores devidamente registrados no Sistema Integrado de Produtos e Estabelecimentos Agropecuários (Sipeagro).
Para fazer esse registro, é preciso ter em mãos os seguintes documentos:
- documento de comprovação de posse da área rural, no caso de agricultores e empresas rurais que vão operar uma aeronave remotamente pilotada (ARP);
- registro do responsável técnico pelo operador de ARP;
- documento que comprove situação regular da ARP (drone) na ANAC.
Assim, é possível ter um controle dos profissionais responsáveis pelo uso de drones, além de garantir mais eficiência a partir do conhecimento específico e especializado na operação desse tipo de mecanismo.
Além disso, quando um produtor dispõe de um operador de drones de qualidade, evita danos no instrumento e consegue aproveitar muito melhor sua eficiência.
Quando se utilizam os drones para aplicação de insumos (como a pulverização), é imprescindível que o operador seja treinado. Isso porque essa tarefa exige cuidados que vão além de saber “pilotar” o drone, como veremos.
Regras para operadores de drones
Os profissionais responsáveis pelos drones precisam manter atualizados dados e informações sobre os voos das ARPs, pois precisam declarar diferentes informações aos órgãos competentes.
Entre as funções dos operadores de drones neste processo, temos:
- apresentar relatórios mensais ao Sipeagro;
- informar alterações de dados cadastrais, caso existam, em no máximo um mês;
- manter informações e dados de voos à disposição para fiscalização;
- atender às exigências documentais do Sipeagro.
Regras para aplicação de defensivos com drones
Como vimos, um dos principais usos de drones na agricultura é a pulverização. Porém, essa atividade requer cuidados redobrados quando feita com drones, pois é imprescindível ter um cuidado químico, ambiental e de segurança alimentar nesse processo.
Por isso, existem regras para uso de drone na agricultura específicas para aplicação de defensivos pulverizados com drones.
Uma das principais regras é a proibição de aplicar, por drones, defensivos, adjuvantes, fertilizantes, inoculantes, corretivos e sementes caso seja aplicado em áreas a menos de 20 metros de qualquer região de vida animal ou de pessoas.
Ou seja, povoações, cidades, bairros, vilas, moradias isoladas (mesmo as que estavam localizadas no meio da área rural) e também locais com agrupamentos de animais.
Além disso, essa regra também vale para áreas de preservação permanente e mananciais utilizados para captação de água.
Produtos registrados como defensivos orgânicos ou de agentes biológicos não precisam seguir essas regras para uso de drone na agricultura.
Também é obrigatório o uso de EPI (Equipamento de Proteção Individual) quando estiver na região no momento da aplicação.
Outra informação é que é necessário armazenar todos os dados do voo, como local, horários, o produto utilizado, dose, altura do voo, tamanho da área e mapa do local.
Como começar a utilizar drones na sua plantação
Sabendo as regras para o uso de drone na agricultura, é possível notar todo o potencial que essa tecnologia trouxe para o campo.
Por isso, é visto como um investimento pelos produtores. A partir da agilidade adquirida por meio do trabalho com os drones, é possível buscar medidas para aumentar a produtividade e a qualidade.
Por isso, o produtor que deseja aproveitar os benefícios dos drones para a produção precisa entender isso como um investimento e pesquisar bem o tipo de drone que melhor atende suas necessidades.
É preciso considerar para que será utilizado, qual distância consegue percorrer por dia, a distância de sinal e se há integração com algum tipo de software de monitoramento ou mapeamento.
Essas escolhas dependem de cada caso e deve ser avaliado pelo produtor, pois nem sempre ele precisa das funções de monitoramento, por exemplo, ou já conta com máquinas pulverizadoras que atendem às suas necessidades.
Além da escolha dos drones, é imprescindível entender bem sobre a regulamentação acerca das exigências de segurança para o uso de drones. Existem cursos e formações específicas para agricultores que desejam se inteirar mais sobre isso.
Da mesma maneira, é preciso fazer a formação para operar o drone. Além de ser uma regra para o uso, profissionais qualificados conseguem aproveitar muito mais as potencialidades do instrumento para melhorar ainda mais o custo-benefício.
Investimento em equipamento e conhecimento – tudo dentro das regras para uso de drone na agricultura
Deu para notar que as regras para o uso de drone na agricultura vão ao encontro do foco em segurança e sustentabilidade a longo prazo tanto para o produtor quanto para a região.
Assim, apesar de ser acompanhado de exigências e regras, o uso de drone na agricultura traz muitos benefícios para qualquer produtor, não é mesmo?
Claro, nem sempre esse instrumento tem um valor acessível, ainda mais se contar com funções específicas para seu negócio.
Na hora de buscar um fornecedor de tecnologia para o campo, é muito importante entender as regras do uso de drone na agricultura a fim de fazer o investimento mais adequado.
A agilidade trazida pelo instrumento é essencial para aumentar a produtividade e a qualidade a partir de um controle muito maior da produção.