Agroquímicos pertencem a agroquímica, que é o estudo da química, especialmente química orgânica e bioquímica, no que diz respeito à produção agrícola.
A partir dele, é possível desenvolver os agroquímicos amplamente utilizados nas lavouras.
Para quem não sabe, os agroquímicos são indispensáveis para a agricultura e, claro, como dá a entender, resultam em conhecimento científico adquirido há anos para trazer ao mercado substâncias que podem até otimizar o cultivo das plantações.
Por serem tão importantes, é sobre eles que trataremos neste artigo; acompanhe até o fim. Boa leitura!
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ToggleO que são agroquímicos?
Basicamente, os agroquímicos costumam ser conhecidos também como produtos fitossanitários, agrotóxicos ou defensivos agrícolas.
Mas não importa qual seja de fato o seu nome, pois a definição será sempre a mesma.
Essas substâncias, como mencionamos acima, são amplamente utilizadas pelo setor agrícola para proteger as plantações contra o ataque de pragas e, principalmente, evitar doenças.
De forma geral, podem ser aplicadas de diferentes formas; a mais comum ainda é com o auxílio de tanques de agroquímicos.
Quais são os 5 agroquímicos utilizados na agricultura?
Os agroquímicos são classificados de acordo com as pragas ou doenças que combatem. Confira a seguir.
Inseticidas (insetos)
Os inseticidas, ou defensivos agrícolas, são utilizados no combate, no controle e na prevenção de insetos e pragas, maiores responsáveis por gerar perdas significativas no campo.
Isso porque, além de reduzirem a produtividade, dependendo da intensidade da infestação e dos danos causados, os insetos podem matar a lavoura. Sem dúvidas, não é isso que o agricultor deseja.
Apenas para ter uma ideia, os defensivos químicos movimentaram R$ 52 bilhões na safra 2020/21, com aumento de 15% em relação ao ciclo anterior, de acordo com dados fornecidos pela Sociedade Nacional de Agricultura (SNA).
Fungicidas (fungos)
Os fungicidas são substâncias químicas utilizadas para o controle de doenças causadas por fungos nas lavouras, como o próprio nome sugere.
A aplicação dos produtos pode acontecer em todas as fases do desenvolvimento dos vegetais, ou seja, desde o período de crescimento da planta até a estocagem.
Herbicidas (plantas daninhas)
Os herbicidas também compõem o conjunto de agroquímicos e, resumidamente, são aplicados nas lavouras para o controle de ervas classificadas como daninhas.
Além disso, os herbicidas ainda podem ser classificados como um tipo de pesticida. Para o agricultor, entre suas principais vantagens estão: rapidez de ação, menor custo, efeito residual e não revolvimento do solo.
Apenas a título de curiosidade, atualmente, o 2,4-D é um dos defensivos agrícolas mais utilizados no agronegócio devido ao seu baixo custo e à ótima performance.
Só na plantação de soja, por exemplo, a falta de controle adequado para as plantas daninhas causa prejuízos de mais de 60%.
Acaricidas (ácaros)
O acaricida é uma excelente substância para o combate dos ácaros que se alimentam das plantas. Caso o agricultor não tome uma medida imediata, eles podem causar doenças e destruir as plantações.
Hoje em dia, já existem diversos acaricidas que atuam no controle de variadas espécies de ácaros e, por isso, cada um leva em sua fórmula um princípio ativo específico.
Mas atenção: é extremamente importante que as recomendações de dosagens e formas de aplicação adequadas sejam seguidas à risca.
Afinal, seu uso indiscriminado pode aumentar a resistência dos ácaros aos ingredientes ativos e, claro, diminuir a eficácia do produto.
Nematicidas (nematoides)
Um dos últimos agroquímicos são os nematicidas químicos, produtos aplicados no solo para o manejo correto dos nematoides. Basicamente, podem ser classificados de acordo com sua movimentação: fumigantes e não fumigantes.
Os produtos fumigantes costumam ser muito tóxicos e, além disso, ainda são difíceis de usar em grandes áreas/culturas.
Os não fumigantes são produtos de menor espectro de ação contra os organismos presentes nos solos e, o melhor de tudo, bastante eficientes mesmo em dosagens mais baixas.
De qualquer forma, é importante que o agricultor esteja ciente de que o uso de nematicidas pode não reverter os danos causados pelo nematoides. Isso acontece principalmente quando a exposição ao produto for curta ou em baixa concentração.
Qual é a importância dos agroquímicos para o agronegócio?
Desde o século XIX, os agroquímicos são amplamente utilizados na forma de produtos inorgânicos. O sulfato de cobre, por exemplo, principal componente da calda bordalesa, é um deles.
Mas com o crescimento constante da população, devido ao aumento da expectativa de vida, a dúvida “como alimentar a todos?”, claro, começou a se fazer presente.
Por curiosidade, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a produção mundial de alimentos precisa aumentar 60% para que todos tenham alimento em suas mesas, proporcionando maior segurança alimentar.
Diante, então, desse dilema, uma das principais alternativas era expandir as áreas de cultivo ou aumentar consideravelmente a produção nas áreas já cultivadas.
Num primeiro momento, expandir novas áreas poderia causar sérios prejuízos ambientais, principalmente com relação ao desmatamento. A melhor solução, portanto, seria aumentar a produção de alimentos nas áreas existentes.
Mas para aumentar a produtividade, é preciso tentar reduzir ao máximo as perdas causadas por pragas, doenças ou fatores climáticos e, sobretudo, assegurar um ambiente adequado para o bom desenvolvimento dos cultivos agrícolas.
Hoje, segundo relatório divulgado pela FAO, as pragas que atacam as lavouras custam mais de US$ 220 bilhões por ano à economia global.
Além disso, as perdas da produção agrícola podem chegar até 40% por ano no mundo. A disseminação de cerca de 50% de todas as doenças das plantações é causada pelo comércio internacional e por viagens.
Assim, a melhor estratégia para reduzir os danos causados pelas pragas nos cultivos agrícolas é o uso de agroquímicos.
Mas a importância dos agroquímicos ainda pode se estender para o PIB Nacional, já que ele depende do agronegócio também. Sua principal base está no cultivo e venda de commodities como soja, milho, laranja e café, por exemplo.
Por falar nisso, o PIB do agronegócio brasileiro alcançou recordes sucessivos em 2020 e em 2021. Esses foram os melhores anos da história para o setor.
Em 2022, o PIB iniciou o ano com queda de 0,8% no primeiro trimestre, justificada pela intensa elevação dos custos com fertilizantes, defensivos, combustíveis, sementes e outros.
Então, podemos afirmar que todas as culturas são bastante dependentes dos agroquímicos, principalmente por causa das grandes áreas de cultivo que, querendo ou não, dificultam a aplicação de outras técnicas de manejo.
A tecnologia usada no desenvolvimento dos agroquímicos é extremamente eficiente, o que proporciona ótimos resultados de produção.
Mesmo assim, o uso intenso ou equivocado dessas substâncias traz prejuízos irreversíveis para o meio ambiente de modo geral.
Quais os principais danos causados pelos agroquímicos?
Apesar de os agroquímicos também serem importantes para a agricultura, o seu uso indiscriminado por trazer prejuízos incalculáveis ao meio ambiente e para quem o maneja.
Por isso, todo cuidado é pouco! Entre os principais danos que essas substâncias podem trazer estão:
- contaminação do solo e da água;
- morte das plantas e de animais (não só os que estão diretamente ligados à agricultura);
- empobrecimento e diminuição da umidade em solos arenosos;
- intoxicação e morte de produtores agrícolas.
Manejo Integrado como substituto para os agroquímicos
Apesar de os agroquímicos serem, sim, importantes para o sucesso das lavouras, existem alternativas que o agricultor pode considerar. Uma das principais é o Manejo Integrado de Pragas (MIP).
O MIP consiste num conjunto de técnicas que podem servir como suporte na hora de decidir quais são as melhores medidas para lidar com as adversidades do campo.
Essas técnicas são baseadas na ciência e, portanto, são altamente eficazes no combate às pragas nas lavouras.
O MIP, para que se tenha ideia, não só preserva como também aumenta os fatores de mortalidade natural. Por isso, consegue manter a população da praga em níveis incapazes de causar danos econômicos.
Mas para que essa técnica seja mais bem compreendida, é importante conhecer alguns conceitos relacionados. Confira!
Dano econômico (DE)
O dano econômico é a quantidade mínima de danos causados pela praga e que defende o uso de determinada tática de manejo.
Nível de dano econômico (NDE)
O nível de dano econômico é a menor densidade populacional da praga que causa prejuízos econômicos.
Nível de controle (NC)
O nível de controle diz respeito à menor densidade populacional da praga; certas táticas de manejo precisam ser aplicadas para evitar que o NDE seja alcançado.
Nível de equilíbrio (NE)
Por último, temos o nível de equilíbrio, que representa a densidade populacional média de uma população de inseto, por um longo período, que não é afetada por intervenções de controle de pragas temporárias.
Agora deu para entender por que o MIP emprega diversas técnicas que têm como objetivo manter as pragas sempre abaixo do nível de dano econômico.
Tais medidas são aplicadas quando a densidade populacional da praga atinge o NC. Então, enquanto a população de pragas for mantida abaixo do NC, ela está em nível de equilíbrio (NE).
De qualquer forma, é importante ressaltar que dentro do MIP são empregados
defensivos biológicos, químicos e outras tecnologias que, além de controlar pragas e doenças, ajudam o agricultor a aumentar a produtividade.
Como pode ser percebido, os agroquímicos representam um marco importante para a agricultura, colaborando com fornecimento de alimentos, aumento na produtividade e movimentação da economia.
Mas, apesar de todos os avanços, seu uso deve ser moderado e bem-avaliado para não causar danos ao meio ambiente, aos animais e ao homem.
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