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cigarra com destaques alaranjados e seus olhos compostos laranja muito grandes

Cigarra: conheça esse inseto que traz prejuízos às lavouras

A cigarra é um inseto do reino Animalia pertencente à família cicadidae. No mundo todo, existem mais de 1500 espécies de cigarra.

Esse inseto é lembrado por seu canto estridente, entoado pelos machos. O som pode chegar a 120 decibéis.

Muitas pessoas dizem que a cigarra canta até morrer. Porém, isso não é verdade. Esse animal vivencia o processo de ecdise, que é a troca de exoesqueleto, uma das etapas de sua metamorfose.

Além de incomodar os ouvidos de quem tem o azar de ter uma cigarra próximo de casa, elas também são um grande incômodo aos produtores e agricultores.

Isso porque as cigarras podem acarretar problemas nas lavouras, gerando perda de produtividade e prejuízos.

Neste artigo, falaremos sobre a cigarra, seu ciclo de vida, problemas que causa à lavoura e à sociedade e métodos de controle desse inseto.

Boa leitura!

Leia também: Insetos e agricultura: descubra a relação entre eles

Ciclo de vida da cigarra

O ciclo produtivo das cigarras passa por 5 fases:

  • Ovo;
  • Ninfa;
  • Muda;
  • Adulto.

Após o período de acasalamento, os machos morrem. As fêmeas depositam seus ovos nas plantas hospedeiras. O número de ovos pode chegar a 100. Após isso, as fêmeas morrem.

Em seguida, os ovos eclodem e os filhotes (ninfas) caem no chão. Elas cavam túneis e começam a viver no subsolo.

É nessa fase que a cigarra vive a maior parte da sua vida. Ela pode viver de 1 a 17 anos no subsolo. Ela se alimenta da seiva das raízes das plantas.

Durante a vivência no subsolo, as cigarras consomem água e sugam o líquido das raízes das plantas, o que pode causar prejuízos às lavouras, devido à quantidade de nutrientes retirados.

Além disso, as cigarras causam ferimentos nas raízes, facilitando a entrada de fungos e bactérias.

Na fase adulta, a cigarra se alimenta de seiva, que é retirada diretamente dos caules.

As cigarras são vistas como pragas para algumas culturas, como café, milho e eucalipto. As ninfas podem infestar as plantações, causando graves problemas.

Quais problemas que a cigarra pode causar?

A cigarra transmite doenças e ainda é considerada uma praga daninha na agricultura, já que se alimenta da seiva das raízes e afeta o aproveitamento da água e dos nutrientes. 

Vejamos abaixo mais detalhes sobre esses problemas que a cigarra pode gerar para a sua lavoura.

Transmite doenças 

Patógenos são organismos que provocam doenças nos hospedeiros. Os tipos mais comuns são bactérias, fungos e vírus.

A Dalbulus maidis, ou cigarrinha-do-milho, é um vetor de patógenos. Ela pode trazer prejuízos de duas formas:

  • Perda da produtividade do milharal;
  • Problemas de saúde; durante o processo de sucção do inseto, ele transmite patógenos causadores de doenças em humanos.

Dentre as doenças, destacamos:

  • Enfezamento vermelho;
  • Enfezamento pálido;
  • Virose da risca.

Em um artigo publicado pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), o pesquisador José Magid Waquil traz mais informações sobre as doenças que a
cigarrinha-do-milho pode causar.

É uma praga daninha 

As pragas prejudicam as plantas, causando danos financeiros aos produtores. No que se refere às lavouras, os prejuízos causados pelas cigarras podem ser enormes.

No caso da cultura do milho, por exemplo, os danos à lavoura são:

  • Enfezamento de milho;
  • Espigas improdutivas;
  • Redução do tamanho da planta;
  • Redução da absorção dos nutrientes pela planta;
  • Multiespigamentos;
  • Diminuição do tamanho das espigas;
  • Grãos com má formação e/ou chochos.

Uma cartilha elaborada pela Embrapa Milho e Sorgo é um material relevante para informar o produtor a respeito do combate à cigarrinha-do-milho. Não deixe de conferir. 

Além dos milheiros, os cafezais também podem sofrer infestações. A cigarra é uma praga que pode acarretar prejuízos enormes às lavouras de café. Entre elas, as principais são:

  • Infestação;
  • Morte das plantas;
  • Diminuição da vida útil da lavoura;
  • Queda da produtividade.

Além disso, esse inseto também ataca o cafeeiro, fazendo a sucção da seiva, ocasionando a perda de líquido, folhas e frutos, o que pode levar à morte das plantas.

Um cafezal infestado pode apresentar de 200 a 400 ninfas.

As pastagens também podem ser afetadas. Deois flavopicta (nome científico), ou cigarrinha-das-pastagens, ataca as plantas gramíneas forrageiras e pode afetar diretamente a produtividade. 

A cigarrinha-das-pastagens age “queimando” o pasto. A sucção da seiva do capim afeta suas folhas, que começam a amarelar, secar e perder seu vigor.

Isso abre espaço para o aparecimento de ervas daninhas, o que pode se tornar um grande problema se não for tratado a tempo.

Ao prejudicar as pastagens, ocorrem danos à alimentação dos rebanhos, como a dificuldade do ganho de peso.

Tipos de cigarras no território brasileiro

Existem mais de 160 espécies de cigarras no Brasil, sendo os cafezais os mais afetados por esse inseto.

Existem três espécies de cigarras que atacam os cafezais do Brasil:  

  • Quesada gigas;
  • Fidicinoides sp.;
  • Carineta sp.

A cigarra-do-cafeeiro, cujo nome científico é Quesada gigas, é o tipo mais comum nas lavouras brasileiras. É uma espécie adaptada ao cerrado brasileiro.

A Quesada gigas tem coloração esverdeada com manchas pretas no tórax e abdômen. 

O macho adulto pode chegar a 70 mm de comprimento e 20 mm de largura. Já a fêmea pode alcançar 69 mm de comprimento e 16,5 mm de largura.

Quando essa espécie não é controlada nos cafezais e outros tipos de culturas agrícolas, os danos são muito severos

A infestação acontece desde a fase ninfa, por meio da sucção da energia das raízes da plantação. 

Esse é o fator crucial que prejudica toda a lavoura, pois a cigarra acaba retirando nutrientes essenciais para o desenvolvimento das plantas. 

Se não for combatida com rapidez, as plantas morrem e, consequentemente, a produtividade diminui. 

Por isso, é importante que o produtor rural tenha atenção caso ocorra uma possível infestação de cigarra. 

Você pode se interessar: Caruncho: como afastar esses insetos da sua lavoura

Como combater as cigarras?

A melhor forma de combater as cigarras é realizando o controle cultural, mecânico, biológico e químico, além do monitoramento constante da lavoura.

A seguir, veja mais sobre essas técnicas para aplicar no campo.

Monitoramento

O monitoramento de pragas é uma ação preventiva. O produtor deve observar constantemente sua produção agrícola para identificar precocemente a infestação de cigarras. Caso identifique logo no início, evitará a proliferação da praga.

As tecnologias e os recursos da agricultura digital podem ser uma grande aliada para monitorar e acompanhar o surgimento da cigarra e de outros insetos.

Controle cultural

O controle cultural é um dos procedimentos mais comuns para eliminar, reduzir ou dificultar as pragas em lavouras.

Ele consiste em eliminar a plantação infestada. É uma estratégia para tornar o local inviável para a praga. 

No caso de lavouras com infestação de cigarras, a adoção do controle cultural faz com que elas morram por inanição.

Controle mecânico

O controle mecânico consiste em retirar manualmente os ovos, ninfas e cigarras das plantas.

Esse método pode ser dificultoso, pois os animais podem se locomover e a captura pode ser muito trabalhosa devido à dispersão dos animais.

Além disso, é preciso que o produtor conte com mão de obra especializada para a execução do controle mecânico.

Controle biológico

No controle biológico, ocorre a utilização de fungos para combater as cigarras.

Os mais comuns são:

  • Massospora cicadina;
  • Massospora spp.;
  • Metarhizium anisopliae;
  • Heterorhabditis spp.;
  • Steinernema spp.

O uso do controle biológico para eliminar a cigarra ocasiona condição desfavorável para a sobrevivência dela.

Controle químico

O controle químico é considerado o método mais eficiente e eficaz para matar cigarras. A ação consiste em usar substâncias químicas (inseticidas) para combater ninfas e cigarras. 

Uso de inseticidas deve ser orientado por um profissional, e os produtos devem ser registrados na ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Além disso, é preciso ter cuidado com pessoas e o ambiente que terão contato com o inseticida, pois são produtos tóxicos que podem colocar em risco os seres humanos e a natureza.

A seguir, saiba quais são os principais cuidados na hora de manusear e aplicar o controle químico para combater as cigarras. 

Cuidados ao aplicar o controle químico para combater a infestação da cigarra

Homem com equipamentos de proteção com um bico pulverizador com inseticida para cigarra, grilo, besouro e outras pragas.

Como já falamos, o controle químico é a maneira mais eficaz para combater as pragas. No caso das cigarras, para combater esse inseto, o defensivo químico utilizado deve ser o inseticida

O inseticida atua diretamente no organismo do inseto, sendo a melhor forma de combater as cigarras na lavoura. 

E o modo de ação dos inseticidas é o grande diferencial desse produto químico. Entre eles, podemos citar:

  • Carbamato: um princípio que age sobre o sistema nervoso dos insetos;
  • Organofosforado: também atuam no sistema nervoso, descontrolando os impulsos e causando convulsões.

É dessa forma que as cigarras são combatidas. Porém, por serem produtos químicos altamente perigosos, é preciso tomar cuidados redobrados no momento de aplicar essas substâncias. 

Sempre priorize a segurança e a saúde do trabalhador, fornecendo EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), como:

  • Luvas;
  • Botas;
  • Óculos de proteção;
  • Aventais;
  • Jalecos.

Assim, a aplicação será realizada de forma eficaz, segura e sem prejuízos à saúde humana.

Outro ponto importante é o treinamento. É essencial que os aplicadores de produtos químicos sejam capacitados para realizar essa atividade. 

Em caso de problemas, o profissional saberá tomar as melhores decisões, sem colocar a vida em risco. 

Saiba mais: Inseticida: como funciona e quais cuidados precisam ser tomados

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