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zoom na folha mostrando dano da ferrugem da soja

Ferrugem da soja: descubra como evitar a doença na sua lavoura

A ferrugem da soja pode trazer sérios danos à plantação, o que preocupa o produtor rural. O primeiro caso da doença no Brasil foi registrado em 2001, no Paraná.

O cultivo da soja no país começou em meados de 1882, e desde o aparecimento desse fungo são realizadas pesquisas e monitoramentos para controle.

Os primeiros estudos sobre a cultura foram realizados pela Escola de Agronomia da Bahia, por intermédio do professor Gustavo Dutra.

Hoje, somos o maior produtor de soja do mundo; o grão serve como base para alimentar os animais consumidos na alimentação humana.

A expectativa para este ano é de que a produção da soja atinja 150,36 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 21% em comparação com a safra de 2021/2022.

A região que mais produz soja no Brasil é o Mato Grosso, com uma produção de 58 milhões de toneladas. A saca da soja já está sendo cotada a R$ 178,72 reais neste início de ano.

Como vimos, uma lavoura de soja saudável pode ser muito lucrativa. Se você quer fazer o manejo correto e aprender a controlar a ferrugem da soja para evitar que ela prejudique a sua plantação, continue lendo.

Qual é a fórmula da ferrugem?

A ferrugem é um tipo de doença causada por fungos que atacam as plantas. Existem várias espécies de fungos que causam ferrugem em diferentes tipos de plantas, como ferrugem da soja, ferrugem do trigo, ferrugem do milho, entre outras.

Os fungos que causam a ferrugem produzem esporos, que são as unidades de reprodução do fungo. 

A ferrugem é mais comum em plantas cultivadas em regiões de clima quente e úmido, podendo causar perdas significativas na produção de grãos em plantações comerciais se não for controlada. 

Como identificar a ferrugem na soja?

Para identificar a ferrugem da soja, é necessário realizar precocemente o monitoramento da doença. Geralmente, o procedimento é realizado com o auxílio de uma lupa, para análise foliar de frente e verso da planta.

As análises devem ser iniciadas ainda no período vegetativo, a fim de que seja possível tomar decisões assertivas para o controle. 

As primeiras folhas do terço médio tendem a ser as mais afetadas, pelo acúmulo de umidade existente no local.

Caso seja detectado algum fungo na plantação, o produtor deve procurar o suporte de um engenheiro-agrônomo ou clínica fitopatológica para confirmar o diagnóstico com o objetivo de, então, seguir com o tratamento. 

A doença é severa e pode prejudicar 90% da capacidade de produção da cultura sem o controle adequado. Os danos causados pela ferrugem asiática giram em torno de US$ 2,8 bilhões por safra.

O que a ferrugem causa na soja?

A maior incidência de ferrugem asiática pode ser observada quando as plantas atingem o fechamento dossel da lavoura. Nesse período, as folhas de uma planta encontram a outra, facilitando a proliferação da doença.

Nesse contexto, há uma concentração maior de umidade e sombreamento entre elas, dificultando a penetração de luz direta do sol e favorecendo a sobrevivência do fungo.

Qual é o ciclo da ferrugem da soja?

O ciclo da ferrugem da soja se inicia com a reprodução do fungo. Depois disso, o esporo se espalha nas outras plantas por meio do vento.

Para que haja infecção na cultura, a planta deve estar com disponibilidade de água na folha por um período de 6 horas em temperatura ambiente.

O fungo penetra na cutícula das folhas, aparecendo os primeiros sintomas em poucos dias. Seu ciclo de vida pode variar entre 6 e 9 dias.

Qual é o fungo causador da ferrugem asiática da soja?

A doença da ferrugem asiática da soja, também conhecida como ferrugem da soja (Phakopsora pachyrhizi), é causada por um fungo.

Esse fungo pode ser encontrado em todas as regiões que produzem soja no país. Seus esporos são facilmente desmembrados e se disseminam através das correntes aéreas, ou seja, pelo vento.

O fungo Phakopsora pachyrhizi apareceu pela primeira vez na Ásia e se espalhou para outros países.

Como vimos acima, a primeira aparição do fungo na América do Sul foi em 2001. Além do Brasil, no mesmo período foram identificados casos da doença também no Paraguai.

Quais os principais sintomas da ferrugem asiática?

O aparecimento dos sintomas da ferrugem da soja acontece na floração da planta, logo no início da sua produtividade. Elas aparecem como pontinhos mais escuros, em tons esverdeados a cinza-esverdeados sobre as folhas.

Depois, aumentam com o fechamento da entrelinha, favorecendo a proliferação da doença na extensão do campo. Nessa fase, é possível identificar lesões nas folhas como feridas e bolhas.

A doença pode ficar ainda mais crítica se atingir a fase de enchimento das sementes; ela ocasiona a desfolha precoce da planta, prejudicando, consequentemente, o grão, que não consegue crescer. 

Como tratar ferrugem na soja?

Existem algumas práticas da ferrugem da soja que podem ajudar o produtor 

a controlar o surgimento da doença em sua lavoura, como: 

  • Praticar corretamente o vazio sanitário;
  • Realizar a semeadura no período indicado no calendário de plantio;
  • Utilizar cultivares resistentes;
  • Adequar a nutrição da planta;
  • Utilizar fungicidas de forma responsável, respeitando dosagens e aplicações;
  • Reutilizar fungicidas para aumentar o controle como reforço.

Qual é o melhor fungicida para ferrugem da soja?

O fungicida para ferrugem da soja é um controle químico utilizado estrategicamente na lavoura, de forma preventiva ou logo no início dos sintomas, sendo a melhor solução para o combate à doença.

Para utilizar o fungicida de forma preventiva, é preciso atentar ao aparecimento do fungo na região, à fase em que a planta está e também ao clima.

A doença ataca as folhas das plantas e pode levar à perda de produtividade. A aplicação do fungicida deve ser feita de maneira adequada para garantir a eficácia do tratamento.

Antes de aplicar o fungicida, é importante observar os sinais da doença que incluem manchas marrons nas folhas, murchamento e queda das folhas e deformação dos grãos. 

Existem vários tipos de fungicidas disponíveis no mercado para o controle da ferrugem da soja. Alguns são mais eficazes em determinados estágios da doença, enquanto outros são mais eficazes em condições climáticas específicas. 

É importante ler as instruções de uso e seguir as recomendações de aplicação de acordo com as condições específicas da sua área de cultivo.

A aplicação do fungicida deve ser feita de maneira uniforme, cobrindo completamente as folhas e os caules da planta.

É importante usar equipamentos de proteção pessoal, como luvas, óculos e máscara, ao manusear e aplicar o fungicida.

Além disso, é importante armazenar o fungicida de maneira adequada e seguir as recomendações de segurança do fabricante.

Como aplicar fungicida na soja para evitar ferrugem na plantação?

Para aplicar um fungicida na plantação de soja para evitar a ferrugem, você deve observar os seguintes passos:

  1. Selecione um fungicida adequado para o controle da ferrugem da soja. Existem muitos fungicidas disponíveis no mercado, mas é importante escolher um que seja eficaz contra a ferrugem e permitido para uso em soja.
  2. Prepare o equipamento de aplicação. Certifique-se de que o equipamento está limpo e em bom estado de funcionamento.
  3. Misture o fungicida de acordo com as instruções do fabricante. Assegure-se de seguir as recomendações de diluição e uso corretamente para garantir a eficácia do tratamento.
  4. Aplique o fungicida na plantação de soja. Certifique-se de cobrir todas as plantas uniformemente.
  5. Siga as recomendações de segurança ao manusear e armazenar o fungicida. Certifique-se de usar equipamento de proteção pessoal, como luvas e máscaras, e armazene o fungicida em um local seguro e longe do alcance de crianças e animais.
  6. Faça aplicações repetidas de acordo com as recomendações do fabricante. É importante continuar a aplicar o fungicida de acordo com o cronograma recomendado para manter o controle da ferrugem.

Ferrugem da soja Embrapa

Segundo a Embrapa, os fungicidas pertencem a três grupos distintos; são eles:

  • Inibidor de desmetilação (triazóis); 
  • Inibidor da quinona externa (estrobilurinas);
  • Inibidor da succinato desidrogenase (carboxamidas).

Em 2007, segundo pesquisas, o fungo Phakopsora pachyrhizi tinha menor sensibilidade aos inibidores triazóis.

Em 2013, observou-se uma leve resistência do fungo nas estrobilurinas. Desde então, surgiram as misturas de fungicidas estrobilurinas e carboxamidas.

No ano de 2016, também foi identificada a redução de eficiência em alguns inibidores de carboxamidas, em regiões específicas.

O fungo tem mutações que causam resistência a três grupos de fungicida se comparado com o início da doença no país, porém são um álibi fundamental no controle da doença.

Hoje, é recomendado que a realização da rotação de fungicidas para evitar que o fungo crie resistência sobre o produto e retorne a comprometer a produtividade da plantação.

Qual é a importância do consórcio antiferrugem?

O consórcio antiferrugem foi criado em 2004; ele dispõe de uma rede cooperativa de pesquisas para a realização de testes de fungicidas. Através das pesquisas, são traçadas as melhores opções de manejo para os produtores.

Atualmente, o consórcio é parceiro de 100 laboratórios capacitados na identificação do fungo. 

Também tem a colaboração de representantes de diversos segmentos como as fundações, as universidades, os institutos de pesquisa, as entidades representantes de fabricantes de insumos e cooperativas de produtores.

O produtor pode acessar o consórcio antiferrugem através do site ou pelo aplicativo, que está disponível nas versões Android e iOS.

Dessa forma, o produtor consegue ter informações atualizadas sobre os primeiros casos de cada região onde há foco da disseminação do fungo.

TerraMagna: investimento em insumos de qualidade e manejo da lavoura

Perpetuar a safra de soja produtiva e sustentável é um desafio em meio a tantas pragas que podem atacar a cultura.

Assim, o investimento em insumos de qualidade para o manejo de doenças e pragas é essencial para obter excelentes retornos.

Para falar a verdade, trata-se de investimento com retorno garantido: prevenindo doenças, você evita a perda da produtividade e, consequentemente, eleva exponencialmente o faturamento do seu cliente no final da safra.

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