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Formiga sauva em meio ao solo

Formiga saúva: por que ela pode acabar com a sua lavoura

A formiga saúva é considerada uma das maiores inimigas do agronegócio brasileiro, por causa da enorme capacidade de desfolha. 

Ela pode aparecer no meio de culturas arbóreas – coqueiros, mangueiras e mogno africano – e, também, em pastagens. Por essas características, essas formigas são consideradas insetos polífagos. 

Normalmente, os agricultores costumam notá-las pelas trilhas que elas criam para levar as folhas cortadas das plantas até os ninhos. Por isso, costumam ser conhecidas como formigas cortadeiras também. 

Quer entender tudo sobre a formiga saúva? Então, continue lendo este artigo até o final. Boa leitura!

O que é formiga saúva?

A formiga saúva pode ser conhecida também como saúva-cabeça-de-vidro, limão e limão-sulina (Atta spp.).

As formigas-cortadeiras do gênero Atta (saúvas) são insetos americanos, por isso não são encontradas na Europa, na Ásia, na África e na Oceania.

Na América, podem ser achadas desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina. Desse modo, todos os países americanos presentes nessa região têm saúvas, menos o Chile, algumas ilhas das Antilhas e o Canadá. 

Aqui no Brasil, as saúvas estão por todo o território, mas as mais comuns são as dos gêneros Atta e Acromyrmex, que provocam bastante confusão. 

Essa confusão, inclusive, gera impactos nos custos de produção, devido aos gastos direcionados para o seu controle.

Quais são os principais danos causados à agricultura? 

O principal impacto causado pela formiga saúva ao agronegócio, sem dúvidas, está relacionado à capacidade de redução da área foliar das plantas.

Estas são responsáveis pela produção de fotoassimilados e, consequentemente, acabam reduzindo a produtividade das lavouras. 

Além disso, até mesmo o trânsito das máquinas é impactado por causa da extensão dos sauveiros. 

Normalmente, os prejuízos acontecem por problemas mecânicos causados quando as máquinas ou os implementos ficam presos nos sauveiros maiores. 

Mas, de modo geral, os danos podem ser medidos conforme a extensão territorial dos ninhos subterrâneos. 

Portanto, quanto maior for a colônia de insetos, maior será a demanda por material vegetal para o desenvolvimento de fungos simbiontes Agaricales, a maior fonte de alimento das saúvas. 

Para que se tenha uma ideia, as perdas causadas pelas cortadeiras, de acordo com dados da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura, mantenedora do projeto Oliva SP, já foram atendidos casos de produtores que plantaram dois mil pés de oliveiras e tiveram 60% de suas plantas perdidas, prejuízo causado pelas formigas-cortadeiras. 

Como identificar as espécies de formiga saúva?

Basicamente, a identificação da formiga saúva é baseada em sua forma:

  • mede de 12 a 15 mm de comprimento;
  • apresentam três pares de espinhos no dorso;
  • os ninhos chegam a atingir profundidades de mais de 5 m;
  • os ninhos se caracterizam externamente pelo monte de terra solta.

Como o agricultor pode controlar a formiga saúva? 

Uma das formas mais eficazes de combater a formiga saúva é aplicando produtos químicos na forma de iscas granuladas. 

Contudo, o manejo adequado dos plantios deve ser realizado em conjunto com o monitoramento para o sucesso do controle das formigas. 

Por isso, é tão importante que o agricultor saiba fazer o reconhecimento correto da espécie de formiga que atacou sua lavoura, bem como das características do solo, da vegetação e do clima, por exemplo. 

Esses cuidados serão fundamentais para amenizar os impactos negativos causados pelas saúvas.

Quais são as principais espécies de saúvas?

O Brasil é um dos países mais ricos em biodiversidades. Não à toa, os agricultores podem encontrar várias espécies de saúvas por aqui. 

Entre as principais espécies estão:

Saúva-mata-pasto

A formiga saúva-mata-pasto, Atta bisphaerica, é comumente encontrada nas regiões Sul e Sudeste. Esse nome foi dado porque ela ataca exclusivamente as gramíneas, sendo comum em regiões onde existem mais pastos. 

Além disso, a mata-pasto possui uma característica bem específica: a estrutura da sua cabeça tem dois lóbulos bem definidos. Por isso, a cabeça parece estar dividida.  

Saúva-parda

A saúva-parda, Atta capiguara, está restrita aos estados do Sudeste, da Amazônia e do Pará. 

O seu alimento favorito são as gramíneas, mas também pode ser encontrada em outras culturas agrícolas. 

Essa espécie apresenta uma coloração avermelhada, um pouco opaca, além de corpo piloso. 

Saúva-cabeça-de-vidro

A saúva-cabeça-de-vidro, Atta laevigata, é uma das espécies mais prevalentes e, por isso, encontra-se em diversos locais brasileiros. 

Além disso, pode ser achada em outros países da América do Sul, como Bolívia, Colômbia, Guiana Francesa, Paraguai, Suriname e Venezuela.

É considerada uma saúva endêmica em várias regiões. Ataca as plantas dicotiledôneas e monocotiledôneas.

Sua principal característica é a cabeça grande e muito brilhante, com aspecto semelhante ao de vidro. Por isso, o nome saúva-cabeça-de-vidro. 

Os soldados da espécie são grandes e têm o corpo brilhante. 

Saúva-limão

Por último, está a saúva-limão, Atta sexdens rubropilosa, que ataca apenas as dicotiledôneas. Seu corpo é de aspecto vermelho opaco e muito piloso.

O nome se deve ao forte cheiro de limão que essa espécie exala ao ser esmagada.

Como a formiga saúva se reproduz?

A fêmea da formiga saúva alada sai do ninho onde nasceu para acasalar-se, em fenômeno conhecido como revoada ou voo nupcial. Cada fêmea pode acasalar com até oito machos. 

Nesse período, o sauveiro chega a libertar anualmente um grande número de içás e bitus, em média 2.900 içás e 14.250 bitus, em A. sexdens rubropilosa. No entanto, pode ocorrer grande variação intercolonial. 

No Sudeste do Brasil, o voo nupcial costuma acontecer entre outubro e dezembro, nos dias mais claros, quentes e úmidos. 

O macho não sobrevive muito tempo.  Logo após a cópula, com apenas uma fêmea, ele morre. 

A fêmea, assim inseminada, irá em busca de um local adequado para dar início a um novo sauveiro. Além disso, ainda corta suas asas com a ajuda das pernas e da mandíbula e faz um buraco no solo. 

Como são os sauveiros?

O sauveiro, como o próprio nome sugere, é o formigueiro da saúva. Basicamente, ele é constituído por dezenas a centenas de câmaras subterrâneas interligadas entre si e com a superfície do solo por meio de galerias. 

Os agricultores podem reconhecer um sauveiro ao encontrarem um monte de terra solta, localizada na superfície do solo. Afinal, ele é formado pelo acúmulo de terra que as formigas retiram das câmaras ou panelas, como também são conhecidas.  

Sobre o monte de terra solta e fora dele, existem buracos (olheiros) por onde as saúvas em atividades podem ser vistas.  

O número e o formato dos montes de terra solta e o formato dos olheiros, que se abrem na superfície do solo ou aparentam um funil, também facilitam a identificação.

Como um sauveiro é composto?

Nos sauveiros, vivem indivíduos morfologicamente diferentes. O tamanho deles está relacionado à sua função na colônia e, também, à idade. Esse último fator diz respeito às operárias.

Curiosidade: você sabia que a formiga saúva é seletiva?

As formigas saúvas não atacam todos os tipos de plantações; ao contrário do que se imagina, elas são seletivas. Por isso, algumas espécies de vegetais não sofrem ataques.

Elas dão preferência ao corte de plantas exóticas, e algumas explicações para sua seletividade, segundo o catálogo do Programa de Sanidade em Agricultura Familiar, são:

  1. presença ou ausência de compostos secundários, que são substâncias químicas presentes na planta que servem para protegê-la da herbivoria. Essas substâncias são tóxicas às formigas e/ou ao seu fungo simbiôntico;
  2. presença dos compostos secundários que reduzem a digestibilidade do material vegetal pelas formigas e/ou pelo fungo;
  3. presença de nutrientes nas folhas, tais como proteínas, carboidratos, lipídios e esteroides, que suprem as necessidades nutricionais do fungo e das formigas;
  4. propriedades mecânicas ou físicas das plantas, como espessura das folhas, densidade dos pelos (tricomas), seiva grossa como o látex e dureza, que interferem, sobretudo, no corte das folhas novas em relação às velhas. 
  5. teor de umidade, ou seja, a quantidade de água nos vegetais.

Além disso, no Brasil, são encontradas nove espécies de saúvas. 

Como você pode ter notado, a formiga saúva é considerada o terror das lavouras. O controle e o manejo adequados dependem de que o agricultor esteja sempre preparado para agir da maneira correta. 

Não é possível acabar com elas, mas, claro, é possível controlá-las. Você que é agricultor já encontrou esse problema na sua plantação? 

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