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Inoculação: o segredo para ter safras fortes e saudáveis

A inoculação é uma prática que auxilia na potencialização de sementes e no aumento da produtividade nas safras. 

E o sonho de qualquer produtor é ter sementes fortes e rentáveis, não é mesmo? Essa prática contém microrganismos — como bactérias e fungos — e visa beneficiar as plantas. 

O uso de inoculantes é comum na cultura da soja no Brasil, mas essa não é a única cultura que pode obter vantagens com a prática!

A aplicação de insumos inoculantes pode suprir total ou parcialmente as necessidades de nitrogênio das culturas. Saiba mais sobre essa técnica aqui!

O que é inoculação?

A inoculação é a aplicação de insumos biológicos que visam suprir as necessidades de nitrogênio das culturas, sendo o nitrogênio um dos macronutrientes fundamentais para o desenvolvimento das plantas.

Grande parte do nitrogênio fixado em ambientes terrestres é resultado da interação entre bactérias e plantas. Essas bactérias formam nódulos nas raízes da planta, uma relação essencial para o seu crescimento e desenvolvimento.

Em seguida, elas assimilam o nitrogênio atmosférico e o transformam de maneira que as plantas podem absorver.

Os benefícios agrícolas são alcançados quando são usadas estirpes recomendadas, obtidas das bactérias mais eficientes na fixação de nitrogênio para cada cultura.

Exemplos de inoculantes

No setor agrícola brasileiro, cerca de 80% dos inoculantes é à base de Bradyrhizobium sp. e 10% à base de Azospirillum sp.

Menos de 10% corresponde a todas as outras espécies e cepas disponíveis, como Sinorhizobium sp., Mesorhizobium sp. Rhizobium sp. e Nitrospirillum amazonense.

Esses microrganismos são encontrados na natureza, mas os inoculantes comerciais devem ser registrados no Ministério da Agricultura, e sua produção segue normas e protocolos.

Quais são os benefícios proporcionados pela inoculação?

A inoculação proporciona diversos benefícios para as plantas; entre eles, destacam-se:

  • melhoria na resistência aos problemas ambientais;
  • maior eficiência na absorção de água e de outros nutrientes;
  • redução do custo de produção;
  • menor necessidade de uso de adubação nitrogenada.

Na soja, em que o nitrogênio é o nutriente mais exigido em maior quantidade, as bactérias são capazes de suprir toda a necessidade pela fixação biológica desse elemento (FBN).

Vale destacar que bons rendimentos só são alcançados quando as boas práticas de inoculação são seguidas.

Assim, não é necessária nenhuma complementação com fertilizante nitrogenado, em qualquer estágio de desenvolvimento da cultura.

Em contrapartida, na cultura do milho, a inoculação com Azosipirillum brasiliensis não é capaz de suprir toda a necessidade de nitrogênio da cultura.

Nesse caso, o agricultor deve fazer adubação nitrogenada na semeadura e também de cobertura para garantir o sucesso do cultivo.

Que microrganismos podem ser usados como inoculantes?

Há uma vasta seleção dos microrganismos que podem ser usados como inoculante; normalmente, ela é feita em laboratórios de institutos de pesquisa e universidades.

Especialistas estudam e selecionam diversas espécies de bactérias que são fixadoras de nitrogênio e podem ser usadas para produzir inoculantes para plantas de importância agrícola e florestal.

Com base nesses estudos, são elaborados relatórios técnicos para a recomendação e o registro das cepas junto ao Ministério da Agricultura (Mapa).

Todos os testes necessários para averiguar a eficiência dos inoculantes constam em Instruções Normativas do Mapa.

Para que uma empresa possa produzir um inoculante comercial, ele deve obter uma cepa registrada e recomendada por esses órgãos responsáveis.

No Brasil, há uma lista de microrganismos e cepas registrados no Mapa e autorizados a produzir inoculantes para cada cultura.

Essa lista é parte da Instrução Normativa SDA nº 13 (2011), atualizada periodicamente de acordo com os avanços da pesquisa científica e registro de novos microrganismos. 

As 9 espécies autorizadas para uso como inoculantes são:

  • para soja: Bradyrhizobium japonicum e B. elkanii;
  • para grão-de-bico: Mesorhizobium ciceri;
  • para lentilha e ervilha: Rhizobium leguminosarum bv viciae;
  • para feijão comum (Phaseolus vulgaris): Rhizobium tropici;
  • para feijão-de-corda, feijão-miúdo e caupi (Vigna unguiculata): Bradyrhizobium sp.;
  • para amendoim-forrageiro (Arachis pintoi): Bradyrhizobium japonicum;
  • para guandu (Cajanus cajan): Bradyrhizobium sp.;
  • para acácia (Acaciella angustissima, Acacia auriculiformis): Mesorhizobium amorphae;
  • para milho (Zea mays), Trigo (Triticum spp.) e arroz (Oriza sativa): Azospirillum brasiliense.

Quais são os principais tipos de inoculação?

Cada tipo de inoculador pode ser usado em diferentes inoculações; no fim, cada uma tem um objetivo! A seguir, listam-se alguns dos principais tipos de inoculação:

Inoculação bacteriana

A utilização de inoculação de bactérias é a mais comum na agricultura. Ela atua estimulando o crescimento das plantas pela combinação de diversos mecanismos de atuação. 

Isso impacta o desenvolvimento das plantas e, consequentemente, traz mais rentabilidade ao produtor. Algumas opções de bactérias usadas nesse processo são:

  • Bradyrhizobium japonicum e Bradyrhizobium elkanii: atuam nas raízes da soja, formando os nódulos, em cujo interior ocorre o processo de fixação biológica do nitrogênio (FBN). Uma opção para uso é em soja e feijão-caupi.
  • Azospirillum brasilense: tem a capacidade de realizar a fixação biológica do nitrogênio quando associada a gramíneas (baixa quantidade). 

Inoculação de fungos

Além de bactérias, o uso de alguns fungos na inoculação tem trazido inúmeros benefícios para os produtores rurais.

Sua utilização pode beneficiar o aumento da eficiência de aquisição de nutrientes e água, maior desenvolvimento, aumento da produção e maior tolerância a estresses abióticos.

Como os inoculantes são aplicados?

Os inoculantes comerciais podem ser aplicados na forma líquida, em gel ou sólidos. Na forma líquida, eles podem ser aplicados via semente ou toletes para produção de mudas e via sulco de semeadura.

Já o inoculante sólido só pode ser aplicado via semente; em cada cultura, a aplicação vai variar. 

Por exemplo, em leguminosas e no milho, o inoculante é aplicado nas sementes;
em cana-de-açúcar, a aplicação é feita nos toletes, para produção de cana-planta e, em seguida, pode ser aplicado na cana-soca.

Os inoculantes são microrganismos vivos, e, por isso, deve-se evitar a exposição direta aos defensivos utilizados no tratamento de sementes que podem matar as bactérias.

É indicado fazer a aplicação dos defensivos e esperar secar, para só então fazer a aplicação do inoculante.

Outra opção é realizar o tratamento de sementes com defensivos e fazer a inoculação no sulco (em dose maior); desse modo, evita-se o contato das bactérias com os agroquímicos.

Nesse caso, para soja, recomenda-se usar 2,5 vezes a dose do inoculante que seria usada nas sementes e diluída em pelo menos 50 L de água/ha.

Algumas empresas já comercializam os inoculantes com longevidade, permitindo que a inoculação seja feita até 60 dias antes da semeadura.

A maioria dos estudos aponta que o maior sucesso é obtido quando a semeadura é feita no mesmo dia da inoculação.

Coinoculação de sementes

Esse é um tema importante, e há muitos estudos sobre os efeitos da inoculação de sementes de soja e feijão com mais de uma bactéria, a chamada coinoculação.

Pesquisas conduzidas pelas Embrapa Soja e pela Emater Paraná indicam que essa prática pode aumentar ainda mais a produtividade pela interação entre as bactérias inoculadas.

Por outro lado, a inoculação apenas com Bradyrhyzobium spp. aumentou a produtividade de soja em 8,4%; a coinoculação com Azospirillum brasiliensis é capaz de aumentar para 16,1%.

O mesmo ocorreu em feijão, em que o incremento na produtividade chegou a 20%. Esse resultado está relacionado a uma nodulação precoce e ao efeito hormonal causado por A. brasiliensis, que aumenta a emissão de raízes secundárias da planta.

Por consequência, com mais raízes secundárias, há mais sítios para a entrada do Bradyrhyzobium.

Passos para ter uma boa prática de inoculação

Para ter uma boa eficiência na inoculação, é preciso que todos os cuidados recomendados sejam seguidos.

Existem boas práticas de inoculação para evitar desastres e garantir a produtividade:

Primeiro, é necessário sempre utilizar produtos registrados no Mapa, que estejam dentro do prazo de validade, transportados e conservados de maneira adequada.

Isso porque os inoculantes são produtos que contêm microrganismos vivos e não resistem a altas temperaturas.

Assim, a inoculação precisa ser feita em um local protegido do sol, de preferência com a semeadura logo após a inoculação.

Se a semente for tratada anteriormente com fungicidas e micronutrientes, esses cuidados são ainda mais importantes e devem ser redobrados. 

A inoculação das sementes deve ser feita conforme todas as orientações técnicas do fabricante.

Os micronutrientes molibdênio e cobalto são muito importantes para a FBN, mas não podem ficar em contato prolongado com as bactérias nas sementes.

Para ter melhor aderência do inoculante turfoso, por exemplo, é indicado que as sementes sejam umedecidas com água açucarada a 10%.

O inoculante precisa ser uniformemente espalhado pela superfície da semente para que se obtenha o benefício máximo da fixação biológica do nitrogênio em todas as plantas.

Invista no insumo mais importante de todos!

A inoculação é um processo produtivo e essencial na cadeia produtiva, e os inoculantes são insumos fundamentais nesse processo.

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