Muito se fala no posto que o país assumiu recentemente de maior produtor de soja do mundo. Contudo, você, produtor, já parou para pensar como e quando a soja chegou ao Brasil?
É algo que raramente nos vem à cabeça, não é mesmo?
Uma coisa é certa: os impactos do grão na economia do país vão além dos indicativos econômicos e abrangem também aspectos culturais e sociais na sociedade brasileira.
A soja é composta de diversas vitaminas, além de Ômega 3 e 6; assim, possui alto valor nutricional, figurando como uma das mais importantes culturas atualmente na economia mundial.
Quer saber mais sobre a história desse grão, fundamental para economia do nosso país?
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ToggleQuando a soja chegou ao Brasil: origem e primeiros cultivos
Originária de uma região conhecida como Manchúria, no Nordeste da China, a soja, inicialmente, era utilizada como moeda de troca entre comerciantes no século XVII. Ela migrou do Oriente para o Ocidente através das grandes navegações.
Nos primórdios, era considerado um grão sagrado, e foi resultado do cruzamento natural entre duas espécies de soja selvagem. As primeiras citações do grão de que se tem conhecimento são datadas de 2883 a 2838 a.C.
Assim que chegou à Europa, inicialmente, o grão era apenas um elemento “paisagístico” e permaneceu como tal durante aproximadamente 200 anos. Chegou, inclusive, a “frequentar” jardins botânicos das cortes europeias.
As primeiras tentativas de produção em larga escala da soja na Europa falharam, principalmente devido ao clima da região e também por ausência de conhecimento.
Apenas no fim do século XIX e início do século XX, os EUA conseguiram desenvolver seu cultivo comercial.
Mas e o Brasil? Quando a soja chegou?
A soja chegou ao Brasil por volta do ano de 1882, na Bahia. O grão tornou-se ainda mais popular com a intensificação da migração japonesa, em meados do ano de 1908, que trouxe conhecimento e experiência prática acerca das melhores maneiras de cultivo.
Em 1914, a cultura foi introduzida no estado do Rio Grande do Sul, mais precisamente na região de Santa Rosa. Os primeiros plantios em larga escala começaram a partir de 1924, dez anos depois.
Sua expansão comercial no país só cresceu mesmo a partir da década de 70, quando a indústria de óleo no país começou a sofrer várias ampliações.
Mundialmente, o grão se tornou um item de valor após o final da Primeira Guerra Mundial, em 1919.
Década de 70: a soja já figurava como principal cultura do agronegócio brasileiro
Sim! Na década de 70, o grão já era a principal cultura do agronegócio brasileiro!
Nessa época, houve também um aumento da demanda internacional pelo grão, o que favoreceu o início do trabalho comercial em larga escala.
O Brasil tratou de ampliar os plantios de soja. Além disso, começou rapidamente a desenvolver novas tecnologias de cultivo, inclusive de novas variedades da planta.
A produção já havia passado de 1,5 milhão de toneladas em 1970. E teve um salto fantástico: em 1979, o país já havia produzido mais de 15 milhões de toneladas.
Nas décadas seguintes, em 80 e 90, o cultivo sofreu forte expansão para a região conhecida como Polígono dos Solos Ácidos, que engloba os estados Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e Oeste da Bahia.
Mais tarde, a região se tornou a maior produtora de soja do país, e o estado do Mato Grosso passou a ser o líder nacional.
Mas por que nesta região?
Basicamente, foram dois fatores:
- Na região, predomina o bioma cerrado, que apresenta topografia muito plana e favorável à mecanização (máquinas para realizar a colheita).
- Estudos profundos acerca da fertilização dos solos do cerrado, propiciando tecnologias e ferramentas para aumentar a produção.
Saiba mais: expansão da soja no cerrado brasileiro
Mato Grosso e a expansão do cultivo da soja
Mas como o estado do Mato Grosso tornou-se líder quando o assunto é cultivo de soja?
Além dos fatores citados anteriormente, o Mato Grosso, na época da expansão da soja, dispunha de muita terra barata. Contudo, o solo era pobre. Entram em cena entidades como a Fundação Mato Grosso.
Com investimento forte em pesquisa e desenvolvimento, a fundação foi uma das pioneiras e responsável por tornar possível o cultivo em larga escala de soja no Brasil.
E não apenas isso: o estado passou a investir também em meios de escoar a produção para o resto do país. Para tal, houve investimento forte em rodovias, estradas e rede básica de serviços para dar conta de toda a demanda.
Outro fato interessante acerca do cerrado e a produção de soja foi o interesse na colonização de regiões do cerrado, antes inabitadas. Por apresentar um solo fraco, havia muitos locais despovoados.
Com a expansão da soja, muitos produtores, inclusive da região Sul do Brasil, migraram para o desvalorizado cerrado brasileiro, promovendo a implantação de uma nova cultura na região central do país.
Saiba mais: como é o solo do cerrado brasileiro?
Importância da Embrapa no cultivo da soja no Brasil
É impossível não falar da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) se o assunto é sobre quando a soja chegou no Brasil. Trata-se da empresa que mais investiu para a adaptação da soja no cerrado.
Com pesquisas voltadas também para o desenvolvimento de novas sementes, a Embrapa, até os dias atuais, atua em pesquisas para desenvolver plantas mais resistentes a pragas, mais adaptadas ao clima e híbridos mais produtivos.
A Embrapa soja foi criada em 1975, com parte integrante dedicada apenas ao estudo do grão.
Consolidação do cultivo da soja no Brasil
Alimentação
No país, o consumo da soja para alimentação humana ainda é bastante restrito.
Apenas 3,5% da população, em média, tem o hábito de consumo. Vale salientar que esse consumo está ligado, principalmente, a alimentos derivados da soja.
Pode-se se dizer que ela não faz parte, ainda, do hábito alimentar do brasileiro.
É preciso, talvez, um maior investimento a respeito da conscientização do consumidor sobre a qualidade nutricional do grão.
Saiba mais: alimentos que você consome e que podem ser a base de soja
Economia
Na economia, nem é preciso ir muito longe para enxergar a consolidação do cultivo da soja.
Começamos nosso artigo, inclusive, salientando o fato de que o país é o líder mundial na produção de soja. Os principais estados produtores, além do Mato Grosso, são Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul.
Nos últimos 47 anos, a soja apresentou crescimento surpreendente, elevando sua produtividade em cerca de 262 vezes.
E, como dissemos, a cada ano, novas pesquisas são desenvolvidas para aprimoramento e expansão do cultivo.
Saiba mais: valor da produção da agricultura no país
Isso se deve, principalmente, ao retorno econômico e à versatilidade do grão (uso em diversos setores). Além disso, ela contribui para a questão social, empregando milhares de pessoas ligadas direta ou indiretamente ao seu cultivo.
Atualmente, estima-se que a cadeia produtiva da soja, segundo a APROsoja Brasil, reúna mais de 243 mil produtores, gerando um mercado de 1,4 milhão de empregos.
Esses e outros fatos impulsionam o PIB do país, em conjunto com as demais cadeias do agronegócio.
A soja em números
A safra 2020/2021 foi a maior registrada até agora. Para os anos seguintes, se prevê ainda mais aumento. Vamos ver alguns números da soja pelo mundo?
Obs.: Os dados foram retirados da USDA e da Conab.
Soja no Brasil: para alcançar o posto de maior produtor, o país produziu cerca de 135,409 milhões de toneladas, com uma área plantada de 38,502 milhões de hectares. A produtividade gira em torno de 3.517 kg/ha.
Desse total, 74,1 milhões de toneladas foram exportadas em grão e 16,7 milhões em farelo, gerando uma renda aproximada de US$ 28,561 bilhões.
Mato Grosso, maior produtor de soja: com uma área plantada de aproximadamente 10,294 milhões de hectares, e com produtividade por volta de 3.492 kg/ha, o Mato Grosso contribui com uma produção de 35,947 milhões de toneladas.
Corresponde a 27% de toda a produção nacional.
Produção de soja mundial: no mundo, são produzidas cerca de 362,947 milhões de toneladas de soja, com área plantada de 127,842 milhões de hectares.
E aí, deu para entender quando a soja chegou ao Brasil e por que ela se tornou tão importante?
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