Apesar de o tempo não estar favorável na maior parte do Brasil, é importante explicar como funciona o processo de secagem natural de grãos. Basicamente, é manter matéria-prima exposta por longas horas ao sol.
O cenário ideal consiste em condições climáticas de temperatura alta, muito vento e baixa umidade. Por falar nisso, as expectativas para a produção de grão este ano estão altas.
De acordo com dados oficiais da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), ainda ocupamos o quarto lugar como maior produtor mundial de grãos e o segundo maior exportador.
No entanto, quando se trata da soja, estamos em segundo lugar, tanto como produtor quanto como exportador, ocupando 50% do comércio mundial.
Com relação ao café e ao açúcar, batemos recordes de produção, mas nem todos os dados são animadores. Ainda existe o desafio de aumentar a produção de trigo, milho, cevada e pescado.
De qualquer forma, este ano, a previsão é de o Brasil superar a Índia e se tornar o terceiro produtor mundial de grãos.
Por isso, recomendamos que os agricultores aproveitem a boa fase para, inclusive, inovar em suas técnicas de plantação, colheita e até mesmo secagem natural de alimentos, por exemplo, os grãos.
Neste artigo, explicaremos todas as etapas do processo. Boa leitura!
O que é secagem natural de grãos?
O próprio nome permite que o agricultor chegue à conclusão de que a secagem natural está longe de ser uma técnica nova. Trata-se de um processo antiquíssimo para manter os alimentos bem conservados.
Mas a verdade é que, neste aspecto – conservação –, o agricultor tem encontrado inúmeros contratempos.
Produtos contaminados por microrganismos, equipamentos inadequados, falta de conhecimentos técnicos em termos quantitativos e qualitativos são alguns deles.
Como sabem, diversos alimentos e grãos se deterioram muito facilmente. Justamente por esse motivo, foram surgindo técnicas de conservação eficientes.
A secagem, por sinal, é uma das mais utilizadas. Motivos não faltam! Veja a seguir.
Quais as vantagens da secagem natural?
Entre os principais benefícios da secagem, podemos citar aqui:
- alimentos mais bem conservados;
- redução de peso dos alimentos/grãos;
- economia com o custo do transporte e armazenamento, quando comparado aos produtos enlatados ou congelados.
Além disso, a partir da secagem, ao diminuir a quantidade de água, o agricultor reduzirá também o peso e – o melhor – as chances de crescimento microbiano no alimento.
Após a secagem, muitos produtos ainda mantêm intactas suas características físicas e nutritivas. Depois, quando reconstituídos em água, conseguirão retomar o aspecto natural ou sofrer poucas modificações.
Por isso, voltamos a afirmar que esse processo é um dos mais recomendados para conservação de alimentos e grãos para o consumo humano.
Como funciona o processo de secagem dos grãos?
O processo de secagem dos grãos ocorre por frentes de secagem, por causa das diferenças de pressões de vapor dos grãos e do ar.
Os princípios de secagem estão baseados na transferência de calor do ar para o grão, e, ao mesmo tempo, por fluxo de vapor de água do grão para o ar.
Na prática, isso quer dizer que ocorre a transferência da água da superfície dos grãos para atmosfera e a movimentação da água interna para a superfície dos grãos.
Para que a secagem natural ocorra, é realizado o aquecimento do ar de secagem; a movimentação desse ar ocorre quando o agricultor opta pelos secadores.
O objetivo do aquecimento do ar de secagem é aumentar o seu poder secante, complementando a ação de movimentação do ar.
Por fim, primeiro, a movimentação do ar carrega a energia calórica até os grãos, aumentando sua temperatura e, consequentemente, a evaporação da água nos grãos.
Depois, o mesmo ar transporta para fora o vapor de água dos grãos para o ar intergranular.
Por que a secagem natural é importante depois da colheita?
Assim que os grãos são colhidos, precisam ir para os silos, por exemplo, onde ficarão armazenados.
Mas, para manter o grão protegido e suas propriedades, isso só vai acontecer por meio de uma secagem natural muito bem executada.
Já deu para entender que o processo de secagem é um processo indispensável para reduzir o teor de umidade do produto, como o grão, a um bom nível de estocagem para sobreviver a longos períodos.
Não é só a partir de uma boa secagem de grãos que o agricultor poderá reduzir perdas qualitativas e quantitativas que costumam acontecer no campo. Pode ocorrer por causa de um atraso na colheita ou durante o armazenamento incorreto.
Além disso, a secagem natural de grãos pode servir como meio facilitador da colheita com umidade alta. Por sinal, é extremamente vantajoso, permitindo ao produtor:
- planejar que a colheita seja realizada com antecedência;
- colher mais horas por dia e mais dias por safra;
- reduzir a perda de sementes por deiscência/degrane natural.
Apenas breve explicação sobre o que é deiscência: trata-se da abertura da vagem por impacto, compressão ou atrito ocorridos durante a colheita.
Qual a diferença entre secagem natural e artificial?
Relembrando, a secagem natural nada mais é do que deixar o grão exposto por longos períodos ao sol.
Para que o processo dê certo, as condições climáticas precisam estar favoráveis. O que isso quer dizer? Temperatura mais alta, ventos intensos e baixas umidades relativas.
É uma técnica mais demorada se comparada com a desidratação, e, além disso, ainda há chances de favorecer a contaminação por insetos e microrganismos.
Mas, claro, isso só costuma acontecer quando não há cuidados especiais de manipulação e falta de higiene. Portanto, é bom atentar-se às regras, caso queira evitar grandes perdas.
Entre os sistemas indiretos de aquecimento mais utilizados, o agricultor pode optar por utilizar, como fonte de energia:
- sol;
- lenha;
- gás
- óleo;
- vapor;
- energia elétrica.
Uma dica para economizar energia é usar sistemas mistos de aquecimento com energia solar, que podem ser facilmente adaptados a instalações de pequeno porte.
Já a secagem artificial é o processo de retirar toda a umidade do grão ou alimento.
Para isso, é necessário o auxílio de equipamentos e condicionamento do ar de secagem pelo controle da temperatura, umidade relativa e velocidade do ar de secagem.
O processo ocorre da seguinte maneira: o ar quente transporta calor para o grão ou alimento, permitindo a evaporação da água, que, em seguida, é liberada para o ambiente.
Ao contrário do que acontece na secagem natural, na artificial, as condições climáticas não interferem em absolutamente nada, logo favorecem um produto de qualidade superior e menor tempo de processamento.
Por que é recomendado realizar a secagem e o armazenamento de grãos juntos?
Por falar em secagem natural, depois que os grãos estão prontos, precisam ser bem armazenados, a fim de manter a qualidade, e protegidos após a colheita.
A título de curiosidade, de acordo com a Conab, o déficit de armazenagem de grãos no país é de 40 milhões de toneladas por ano, o que é um dado preocupante.
No Brasil, os silos têm capacidade estática para armazenar pouco mais de 146,3 milhões de toneladas de grãos, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Isso é totalmente insuficiente, tendo em vista, por exemplo, que a expectativa para este ano é que a produção de grãos chegue a 312,4 milhões de toneladas.
A Fundação das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação recomenda que os países tenham capacidade para armazenar 120% do que produzem.
Por isso, reforçamos a importância de se preocupar não apenas com a secagem, mas também com o armazenamento de grãos.
Esse cuidado vai minimizar até mesmo os riscos na venda do produto, já que as condições inadequadas podem comprometer os ganhos da safra inteira.
Como falamos, a secagem correta, seja natural ou artificial, minimiza alterações nos grãos enquanto estiverem armazenados.
Entretanto, para que a qualidade seja assegurada, é indispensável manter unidades armazenadoras e alguns cuidados essenciais.
Como pode ser notado, a secagem natural dos graus é uma alternativa mais barata e segura. No entanto, para que tudo saia conforme planejado, o agricultor terá de tomar bons cuidados de armazenamento e manuseio.
TerraMagna e a secagem natural de grãos
A fim de garantir um local seguro para manter os grãos produzidos, o agricultor precisa investir em silos, por exemplo.
Para isso, pode contar com o crédito rápido, fácil e sem burocracia que só a TerraMagna oferece.
Assim, não hesite e converse com um de nossos especialistas
Além disso, caso tenha gostado deste artigo, continue acompanhando o nosso blog e, claro, compartilhe com quem mais possa se interessar pelas novidades do agronegócio. Até a próxima!
