vista panoramica mostrando o zoneamento agricola

Zoneamento agrícola: um grande aliado para a agricultura

O zoneamento agrícola traz para o campo uma forma de projetar sua safra evitando perda de produtividade e amenizando os prejuízos que o produtor pode vir a ter por causa de fenômenos naturais.

Mesmo quando há um bom planejamento, existem riscos. O mau planejamento pode levar uma produção inteira à ruína. Cuidar do patrimônio é essencial quando o assunto é o agronegócio, e ignorar a gestão pode levar o produtor à falência.

Com a modernização do agronegócio, os distribuidores de insumos e produtores rurais se utilizam dessas informações para instruir as propriedades rurais a otimizar os resultados e se tornarem mais competitivas.

O Brasil lidera o setor do agronegócio, se destacando no mundo. E esse zoneamento também auxilia no planejamento da gestão de risco, contribuindo para as tomadas de decisão a fim de proteger a plantação.

A lavoura exige cuidado; são meses de trabalho até a colheita. Já imaginou ter prejuízos ou perder todo o seu recurso aplicado no campo por falta de planejamento ou por causa de um fenômeno natural?

Vamos explicar como o zoneamento auxilia o agricultor na lavoura e mostrar a sua importância para o setor agrícola. Se você quer ter sucesso na sua safra, continue lendo.

O que é o zoneamento agrícola?

É um tipo de zoneamento de nível mais elevado de informação ecológica e de condições socioeconômicas das regiões, delimitando a vocação agrícola das terras.

Ele detecta casos de certas culturas em que a condição de clima e solo são favoráveis, porém não há estrutura para o cultivo ou vice-versa. Seu principal objetivo é amenizar os possíveis danos relacionados a fenômenos climáticos.

Dessa forma, cada região identifica a melhor época de plantio, apontando os tipos de solo, os ciclos de plantas e os sistemas de produção ideais.

Qual é a importância do zoneamento agrícola?

O zoneamento agrícola é muito importante para o produtor, pois, através dele, é possível identificar áreas com alto potencial de produção, com clima e solo adequados à condição de cultivo.

O ZARC, Zoneamento Agrícola de Risco Climático, foi fundado pelo zoneamento agrícola MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).

Em parceria com a Embrapa, analisa os parâmetros de clima, solo e ciclos de cultivares, mensurando os riscos climáticos que envolvem uma lavoura, ocasionando perda na produção.

Toda essa pesquisa é compartilhada nas portarias da secretaria de política agrícola do MAPA, especificando o tipo de cultura, o município mais indicado para plantio e o calendário com as melhores épocas para plantação. Os objetivos do ZARC são:

  • Selecionar a cultura mais adequada ao ambiente;
  • Definir a janela de plantio com maior produtividade e menos risco;
  • Identificar os riscos associados para a cultura;
  • Melhorar os cultivares para o ambiente de cultivo;
  • Planejar um sistema de produção.

Esse instrumento se tornou uma política pública muito utilizada para aplicação do seguro agrícola e crédito rural, com revisões anuais que atualizam risco climático e cultivares.

O produtor que segue o zoneamento agrícola da região e de seu cultivo, além de garantir a seguridade agrícola, também garante o seu acesso aos programas governamentais como  Proagro, Proagro Mais e PSR.

Como é elaborado o zoneamento agrícola

Para a realização da pesquisa, são obtidas informações sobre climatologia estatística e probabilidade de risco. Alguns fatores analisados são: 

  1. Característica agrometeorológica da cultura;
  2. Ciclos de ases e desenvolvimento;
  3. Evapotranspiração;
  4. Sensibilidade a fatores e elementos climáticos;
  5. Eventos extremos.

Obtendo todos esses dados, é realizada uma classificação temporal e espacial da adaptação da cultura ao ambiente, delimitando o tempo/espaço em que os riscos climáticos são amenizados.

O que significa zoneamento agroclimático?

É um tipo de zoneamento agrícola que determina a aptidão climática de áreas para o cultivo de espécies de interesse agrícola, utilizando-se de macroescalas de chuva, radiação solar e temperatura para definir o espaço/tempo até uma cultura.

Assim, o zoneamento agroclimático define as áreas aptas para o plantio, as marginais com deficiência hídrica ou térmica e as áreas inaptas para o plantio.

Já o zoneamento edafoclimático associa as informações climáticas com os dados do solo e mensura a quantidade de água disponível na planta, considerando o balanço hídrico e realizando análise probabilística (de pelo menos 15 anos de dados meteorológicos).

Temos como exemplo as culturas de grãos:

  1. Considera aptas regiões em que 80% dos anos teve pelo menos 60% da evapotranspiração potencial da cultura atendida durante as fases de desenvolvimento mais sensíveis.
  2. Em alguns casos, a condição atende a 70%-60% dos anos.
  3. Considera inaptas todas as condições anteriores atendidas.

Como consultar o zoneamento agrícola?

A consulta de zoneamento agrícola fornece os resultados das pesquisas, sendo publicado no MAPA o zoneamento de cada cultura. Os documentos disponíveis nas portarias possuem:

  • Relação de municípios; 
  • Características de solos aptos para cultivo; 
  • Cultivares indicados; 
  • Calendário para plantação.  

O zoneamento agrícola está sempre em mudanças. Os estudos são repetidos a cada cinco anos, para adicionar melhorias nas metodologias, tecnologias, informações e demandas.

Zoneamento agrícola: portarias

O MAPA publicou novas portarias que aprovam o ZARC ano Safra 2022/2023 para o cultivo de:

  • Algodão herbáceo;
  • Amendoim;
  • Consórcio do milho-braquiária primeira safra; 
  • Primeira safra do milho.

Quem segue o ZARC está menos sujeito a riscos climáticos e será beneficiado pelo Programa de Garantia Agropecuária (PROAGRO) e pelo programa de subvenção ao prêmio do seguro rural, pois muitos agentes só permitem o acesso ao crédito rural para cultivos em áreas sombreadas e para o plantio de cultivares indicados nas portarias de zoneamento.

Os produtores rurais e outros agentes do agronegócio podem acessar as portarias através de tablets e smartphones de forma bem prática. A Embrapa desenvolveu um aplicativo, o ZARC plantio certo, que está disponível para sistemas Android e IOS.

Zoneamento agrícola: Goiás

A primeira solicitação feita foi para o zoneamento agrícola de Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão, referente à cultura do arroz de sequeiro. Depois, Goiás serviu como exemplo para a ampliação do MAPA, no ano de 1995.

Em 1996, o método foi adotado pela primeira vez no Brasil, com a publicação do estudo zoneamento agrícola trigo, e desde então vem sendo atualizado, aumentando os tipos de culturas. 

Hoje, o país tem uma lista com mais de 44 culturas catalogadas, separadas por espécie, e período de plantio, que pode ser anual e permanente.

Existe uma recomendação para o estado goiano, considerando os períodos de chuva e temperatura no zoneamento agrícola estadual de Goiás. São eles:

  • Milho primeira safra: plantio recomendado em outubro e colheita de março a junho.
  • Milho segunda safra: plantio de janeiro à março e colheita de junho a agosto.
  • Soja: plantio de outubro a dezembro e colheita de janeiro a abril.
  • Algodão: plantio recomendado de dezembro a janeiro e colheita de junho a agosto.

O Ministério da Agricultura publicou o zoneamento agrícola 2022/2023 para a soja, com previsões climáticas, possibilitando o planejamento da nova safra.

Atualizações no zoneamento agrícola SC

Santa Catarina e parte do Paraná entram no zoneamento agrícola de risco climático do cultivo do arroz irrigado. Segundo a Embrapa, o estudo disponibilizou as áreas de risco e indicou os períodos com menos risco para a realização da produção do arroz irrigado.

Isso também serve para obter redução de perdas e maior aproveitamento da produção, além de ser utilizado como exemplo para a aprovação de crédito rural.

O estado também foi contemplado pelo zoneamento agrícola milho, para cultivo de primeira safra.

6 exemplos de exigências climáticas por cultura

Listamos abaixo 6 exemplos com as principais culturas produzidas no país, explicando detalhadamente as exigências hídricas, de temperatura e de ciclo vegetativo para cada uma delas. São elas:

Cultivo do algodão

  • Exigência de temperatura de 14-40°C;
  • Exigência hídrica de 700-1300 mm;
  • Ciclo vegetativo de 150-180 dias.

Cultivo do arroz

  • Exigência de temperatura de 18-35°C;
  • Exigência hídrica de 350-700 mm;
  • Ciclo vegetativo de 90-150 dias.

Cultivo da cana-de-açúcar

  • Exigência de temperatura de 15-35°C;
  • Exigência hídrica de 1500-500 mm;
  • Ciclo vegetativo de 450-600 dias.

Cultivo do milho

  • Exigência de temperatura de 15-35°C;
  • Exigência hídrica de 500-800 mm;
  • Ciclo vegetativo de 100-140 dias.

Cultivo da soja

  • Exigência de temperatura de 18-30°C;
  • Exigência hídrica de 450-700 mm;
  • Ciclo vegetativo de 100-230 dias.

Cultivo do trigo

  • Exigência de temperatura de 10-25°C;
  • Exigência hídrica de 450-650 mm;
  • Ciclo vegetativo de 100-250 dias.

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Para que o agricultor obtenha sucesso e atinja a produtividade e o desenvolvimento total da cultura, é preciso atentar aos fatores destacados anteriormente, como o tipo de solo, as condições de plantio e principalmente o clima.

Com todos os desafios que existem na gestão de riscos, entendemos que o zoneamento é de suma importância para dar suporte ao produtor.

Sabemos a importância do crédito para o agronegócio do país. Ele contribui para o desenvolvimento das propriedades rurais e potencializar o crescimento da economia 

brasileira, o que é traduzido em mais insumos agrícolas, tecnologia e máquinas.

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