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Plantas jovem crescendo na luz solar

Plantas: conheça os tipos relevantes para a agricultura

A domesticação de plantas tornou possível a criação da agricultura, que foi primordial para o estabelecimento das primeiras civilizações humanas. 

Neste artigo, vamos abordar as plantas no contexto da agricultura. Você conhecerá as partes dos vegetais e os nutrientes necessários para o seu desenvolvimento.

Também saberá quais são os principais produtos agrícolas brasileiros e sua relevância no processo de geração de riquezas no país.  

Por fim, vamos conhecer outros tipos de plantas importantes para a agricultura, como as plantas de cobertura e as plantas atrativas para inimigos naturais de pragas. Boa leitura!     

As plantas e a agricultura

As plantas são seres vivos que pertencem ao reino Plantae. São seres autotróficos, ou seja, produzem o próprio alimento por meio do processo de fotossíntese. 

São compostas das seguintes partes: 

  • Raiz: estrutura que garante a absorção de água, sais minerais e matéria orgânica pela planta. Também está implicada na respiração, reserva energética e na fixação da planta ao substrato. 
  • Caule: responsável pelo transporte de substâncias para diferentes partes da planta, além de promover a sua sustentação.
  • Folha: responsável pela realização da fotossíntese e pelos processos de transpiração e respiração. 
  • Sementes: estão presentes no grupo das gimnospermas e angiospermas. As sementes contêm o código genético do vegetal e são responsáveis pelo desenvolvimento de um novo indivíduo. 
  • Flores e frutos: estão presentes no grupo das angiospermas. A flor é o órgão reprodutor da planta. Os frutos são o resultado do desenvolvimento do ovário da flor. 

Foi o processo de domesticação de plantas que tornou possível aos seres humanos cultivar espécies vegetais destinadas à sua alimentação. 

Esse processo teve início no período Neolítico, há cerca de 10.000 anos, e resultou em mudanças recíprocas entre seres humanos e espécies vegetais. 

A domesticação de plantas promove transformações genéticas, morfológicas e comportamentais.

Os vegetais selecionados possuíam características que favoreciam o cultivo, como: sementes que germinam ao mesmo tempo e não se desprendem com facilidade; perda da toxicidade; frutos maiores e numerosos; maturação uniforme e caules resistentes.  

Os seres humanos deram preferência a plantas de germinação e colheita fácil e que apresentavam sincronicidade em seus processos de floração e maturação. 

Dessa forma, foi possível estabelecer um ritmo de cultivo que permitiu a criação da agricultura, o que foi fundamental para o desenvolvimento das civilizações.

Nutrição de plantas

Para o desenvolvimentos das plantas, é imprescindível a presença de elementos minerais que são absorvidos na forma de íons inorgânicos presentes no solo através de suas raízes. 

Os nutrientes são divididos em macronutrientes e micronutrientes. Também existem os elementos minerais essenciais e os benéficos.   

Os macronutrientes são aqueles demandados em quantidades maiores pelas plantas. Já os micronutrientes são necessários em quantidades menores. 

Os nutrientes essenciais são aqueles indispensáveis para o crescimento da planta e não podem ser substituídos por outro elemento mineral. 

Na sua ausência, o vegetal não é capaz de completar seu ciclo de vida, pois estão diretamente implicados no metabolismo da planta. 

Os elementos minerais benéficos são aqueles que não são fundamentais para que a planta complete seu ciclo de vida, mas podem contribuir para o seu desenvolvimento. 

Dessa forma, temos a seguinte organização dos elementos minerais:

  • Macronutrientes essenciais: nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre.  
  • Micronutrientes essenciais: boro, cloro, cobre, ferro, manganês, molibdênio e zinco.
  • Elementos minerais benéficos: silício, sódio, cobalto e selênio.

A deficiência de nutrientes minerais pode acarretar sintomas como mudanças na coloração das plantas e redução de seu crescimento. 

Com base na análise do solo, pode ser necessário realizar a adubação para garantir que as plantas tenham acesso aos nutrientes que garantam o seu desenvolvimento. 

Principais plantas cultivadas na agricultura brasileira

De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), estima-se que a participação do agronegócio no PIB brasileiro fique em 26,24% em 2022.

Com base em dados reunidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), podemos identificar as principais culturas brasileiras. 

Temos como parâmetro o Valor Bruto da Produção (VBP) em bilhões conforme calculado em abril de 2022, levando-se em conta a produção dos quatro trimestres anteriores. 

O principal produto agrícola brasileiro é a soja, que obteve um VBP de R$ 351,99 bilhões. Em seguida, temos o milho, com um VBP de R$ 163,84 bilhões.

Em terceiro lugar, temos a cana-de-açúcar, que foi responsável por um VBP de
R$ 118,90 bilhões. 

Em quarto e quinto lugares, situam-se o café, com VBP de R$ 66,78 bilhões, e o algodão, com VBP de R$ 42,07 bilhões.

Do sexto ao décimo lugares, temos: laranja (R$ 19,17 bi); tomate (R$ 17,82 bi); arroz
(R$ 16,65 bi); feijão (R$ 15,68 bi) e banana (R$ 15,60 bi). 

A agricultura brasileira é tida como um setor competitivo, sendo responsável, segundo a Embrapa, pela produção de alimentos, fibras, bioenergia e por uma grande geração de empregos. 

Outras plantas relevantes na agricultura

Nos tópicos a seguir, abordaremos outros tipos de plantas importantes no contexto da agricultura, como as usadas como cobertura vegetal e as temidas plantas daninhas. 

Além disso, veremos como certas plantas podem ser usadas como atrativas de inimigos naturais de pragas. 

Plantas de cobertura

Em conjunto com as plantas que são parte da agricultura como cultura principal, as plantas de cobertura desempenham um papel importante na manutenção de um agrossistema sadio. 

As plantas de cobertura atuam na cobertura da superfície de áreas de lavoura, com o objetivo de melhorar as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo. 

Fazem parte do sistema de plantio direto, sendo aproveitadas para a produção de palhada. Também têm usos na produção de sementes e grãos, na silagem e no pastoreio. 

De acordo com a Esalq/USP, o emprego de plantas de cobertura pode aumentar a produtividade de culturas comerciais em rotação em até 20%.  

As plantas de cobertura previnem a erosão, contribuem para o controle de plantas daninhas e aumentam a presença de matéria orgânica e de macro e micronutrientes no solo. 

Além disso, o emprego de leguminosas como plantas de cobertura tem a vantagem de contribuir para a fixação de nitrogênio. 

Algumas possibilidades para a utilização de plantas de cobertura são:

  • Braquiárias: podem ser usadas na rotação de culturas, em sistemas integrados, em consórcio com culturas comerciais e na formação de pastagens em áreas de reforma de canaviais. 
  • Feijão-guandu: é recomendado para a recuperação de solos.
  • Crotalária juncea: pode ser usada como adubo verde, como cultura de cobertura em sistemas conservacionistas e na rotação culturas no período de primavera-verão. 
  • Milheto: é muito utilizado em sistemas de plantio direto como planta de cobertura no Cerrado. 
  • Sorgo: o sorgo-forrageiro é uma alternativa como planta de cobertura na entressafra. 
  • Nabo-forrageiro: é utilizado principalmente como adubo verde. Pode ser empregado na rotação e sucessão de culturas no período de inverno, além de ser uma opção para sistemas integrados. 
  • Ervilhaca: pode ser plantada no fim do inverno para cobertura do solo, além de promover um aporte de nitrogênio para a cultura seguinte. 

Daninhas

Vimos que as culturas comerciais têm um papel fundamental para a economia brasileira, enquanto as plantas de cobertura contribuem para a melhora das propriedades do solo.

Já as plantas daninhas merecem ser vistas com cuidado pelo agricultor, uma vez que é necessário mantê-las sob controle para o sucesso da produção agrícola. 

As plantas daninhas prejudicam a lavoura por promoverem uma competição de recursos com os cultivos principais, disputando nutrientes, luz e água. 

Podem atuar como hospedeiras de pragas e patógenos causadores de doenças, causar dificuldades na colheita e gerar diminuição da qualidade e do rendimento dos produtos. 

De acordo com a Embrapa, caso não seja realizado nenhum tipo de controle, as perdas causadas por plantas daninhas podem ser superiores a 90%

Além disso, uma terra infestada por plantas daninhas pode ter seu valor comercial reduzido. 

Algumas das principais plantas daninhas são:

  • Buva: é facilmente dispersada pelo vento e pode atacar culturas como algodão, arroz, feijão, soja e cana-de-açúcar.
  • Capim-amargoso: Pode ser propagada pelo vento e rebrota facilmente após cortada. Pode afetar culturas como algodão, cana-de-açúcar, milho e soja. 
  • Caruru: sua propagação ocorre através de sementes e pode afetar lavouras perenes como café, cana-de-açúcar e pomares. 
  • Apaga-fogo: sua propagação acontece por meio do enraizamento de nós em contato com o solo. Pode afetar culturas como algodão, cana-de-açúcar, soja, milho e arroz. 
  • Tiririca: a propagação da tiririca pode ocorrer por meio de sementes, tubérculos, rizomas e bulbos, afetando a maioria das culturas agrícolas. 
  • Corda-de-viola: a propagação ocorre por meio de sementes e pode atingir culturas como cana-de-açúcar, milho, soja, arroz e trigo. 

Plantas atrativas para inimigos naturais

Existem plantas que podem ser empregadas na agricultura como forma de atrair e manter na lavoura a presença de inimigos de pragas agrícolas, como forma de controle biológico.

Segundo a Embrapa, essas plantas podem oferecer abrigo, locais para acasalamento e postura de ovos, além de servirem como alternativas de alimento.

Assim, tais plantas dão condição para a sobrevivência desses inimigos naturais e podem estimular sua permanência mesmo quando a praga não está presente no campo.

Como exemplo, temos o coentro, que, conforme pesquisas da Embrapa, se demonstrou capaz de favorecer a população de joaninhas predadoras quando em consórcio com a couve. 

Já a crotalária juncea, além de ser hospedeira de algumas espécies de joaninhas, pode favorecer a presença do predador Doru luteipes, conhecido como tesourinha. 

Esse inseto é responsável por predar ovos da lagarta-do-cartucho do milho. 

Plantas atrativas de inimigos naturais podem ser usadas em consórcio, na rotação de culturas, como plantas de cobertura, em sistemas agroflorestais e corredores ecológicos.

Conclusão

No presente artigo, abordamos as plantas no contexto da agricultura. Vimos que o processo de domesticação de plantas foi fundamental para a fixação das primeiras civilizações. 

Passamos por aspectos biológicos das plantas, como a função de cada uma de suas partes e os nutrientes necessários para seu adequado desenvolvimento.

Conhecemos os principais produtos agrícolas brasileiros e pudemos perceber que o setor agrícola tem uma relevância inegável para a economia do país.  

Também examinamos outras plantas de interesse para a agricultura, como as plantas de cobertura, as plantas que atuam no controle de pragas e as indesejáveis plantas daninhas.

Conhecer de perto as plantas é um requisito primordial para todos os profissionais do campo, como produtores rurais e distribuidores de insumos. 

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